
Or�ado em R$ 11 milh�es, o projeto tem financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Desenvolvido em parceria com a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), a planta de pol�meros poder� produzir o praziquantel para uso pedi�trico – esse trabalho tenta resolver a baixa ades�o das crian�as ao tratamento devido ao sabor amargo do medicamento e tamb�m � sua baixa solubilidade. De acordo com o professor Jos� Carlos Pinto, coordenador do laborat�rio da Coppe/UFRJ, as pesquisas j� se encontram em est�gio avan�ado e o praziquantel poder� ir para o mercado em 2015.
“O projeto est� em uma fase avan�ada. Fizemos testes bem-sucedidos in vivo em animais de pequeno porte e agora entraremos na fase de testes em animais superiores para, posteriormente, come�armos a comprova��o da efic�cia do tratamento em seres humanos. A previs�o � que o medicamento esteja pronto (para comercializa��o) a partir de 2015”, afirma.
O vanguardismo brasileiro poder� render frutos para outros pa�ses que t�m de conviver com a esquistossomose. O f�rmaco neste novo est�gio (uma nanoc�psula que se abre somente ao encontrar o local exato de a��o, j� na corrente sangu�nea) poder� ser comercializado para outras na��es. “Isto � uma quest�o de estrat�gia da Fiocruz/Farmanguinhos (parceira da Coppe no projeto), mas minha resposta seria que sim. At� porque esta � uma doen�a negligenciada, pois acomete pa�ses pobres e pesquisas s�o geralmente muito caras", destaca.
O professor tamb�m comentou sobre o �xito da planta piloto de pol�meros e sua import�ncia, por se tratar de um centro de excel�ncia cient�fica e tecnol�gica. “Este � o primeiro local do Brasil e, arrisco-me a dizer, um dos poucos no mundo que permitem a produ��o de material nanoencapsulado em grandes quantidades (at� 200 kg/dia) e servir� de plataforma para o desenvolvimento de medicamentos e produtos. � um ambiente pr�prio e adequado para este tipo de atividade”, acrescenta o professor Jos� Carlos. A t�cnica aplicada no praziquantel � o primeiro projeto do laborat�rio. Vale lembrar que na escala de unidades um nan�metro equivale a uma milion�sima parte de um metro.
Outras pesquisas
A planta piloto de pol�meros tem outros projetos em andamento, como o que permitir� que protetores solares mais avan�ados sejam comercializados: nesse caso, as nanopart�culas aprisionam o filtro solar encapsulado, fazendo com que ele aja por mais tempo na pele.
A equipe da Coppe trabalha tamb�m no projeto de produzir micropart�culas de pol�mero para tratar c�ncer por meio da t�cnica de emboliza��o, que consiste na obstru��o proposital de uma veia ou art�ria espec�fica por interm�dio de agentes emb�licos. A patente para essa tecnologia j� foi requerida e equipe de pesquisadores v�m obtendo resultados positivos.