Silas Scalioni e Shirley Pacelli

Os mineiros Alexandre Nevese Emmerson Maur�lio, que ilustram esta capa, t�m um acervo composto por cerca de 150 computadores do per�odo de 1979 a 1992. “Muitas m�quinas a gente comprou, outras nos foram doadas, mas estamos sempre atentos para n�o perder uma boa oportunidade de adquirir coisas novas. Ou bem velhas”, brincam.
J� o paulista Alceu Massini, colecionador de aparelhos de TV, conserva modelos anteriores � chegada da televis�o no Brasil e sonha transformar sua cole��o em museu. Desejo que move tamb�m o sul-matogrossense Cleidson Lima, louco por modelos antigos de videogame. Entre os itens raros de sua cole��o est� o primeiro videogame dom�stico do mundo: o Magnavox Odyssey, lan�ado em 1972, nos Estados Unidos.
E o que dizer do Hallicrafters S-38B, de 1947, r�dio todo feito de ferro que fez sucesso no p�s-guerra e que, al�m de receptor AM, servia como transmissor? O modelo � um dos maiores orgulhos de Marcos Silva, que se diz um apaixonado pelo r�dio desde pequeno, quando ouvia transmiss�es com a fam�lia na fazenda onde vivia no interior paulista.
Para colecionadores e entusiastas, certos aparelhos s�o verdadeiros tesouros, bastante dif�ceis de encontrar. Consert�-los, restaur�-los, brincar com v�lvulas e componentes inventados nos tempos de nossos av�s, tudo � motivo de divertimento e assunto com amigos e curiosos. Ocasionalmente, tais aparelhos s�o objeto de exposi��es.
Televisores, r�dios, computadores, videogames, sempre haver� algu�m disposto a pagar bem por raridades eletr�nicas. � quando o hobby vira neg�cio. Mas, para isso, os equipamentos precisam estar em boas condi��es.
“Restaurar uma antiguidade do tipo, al�m de aumentar o prazer de guardar mais uma pe�a rara em casa, valoriza bastante o eletr�nico, pois sempre haver� um colecionador louco para adquirir tais aparelhos”, afirma Marcos Ant�nio Romualdo, diretor da Eletr�nica Romualdo, empresa paulista especializada na recupera��o de aparelhos antigos.
Na era da obsolesc�ncia programada, quando um lan�amento j� fica “velho” seis meses depois, a tend�ncia � encher gavetas ou descartar de forma errada equipamentos fora de uso. Mas existem solu��es bem mais criativas e que podem ajudar na inclus�o digital.
