Invas�o de dados � mas comum do que se imagina. Aprenda a diminuir riscos

Silas Scalioni

Para Eduardo D’Antona, diretor da Bitdefender no Brasil, o mundo digital � como um espelho do mundo real. Por isso, essa quest�o de espionagem digital envolvendo o governo norte-americano � simplesmente uma repeti��o de outros meios de vigia ilegal que ocorrem pelo mundo afora. “Mais de 30% das linhas telef�nicas brasileiras eram grampeadas em outros tempos da nossa hist�ria. Muitas ainda s�o at� hoje, para atender interesses dos mais diversos. E, se isso ocorre sem uma autoriza��o judicial, trata-se de um fato ilegal. O mesmo acontece com a internet e o computador: estamos sendo vigiados o tempo todo. E muitas vezes, tamb�m de forma ilegal. Cabe, ent�o, � Justi�a provar e tomar as medidas cab�veis. Fora isso, n�o temos muito o que fazer”, afirma.

S� que ele n�o enxerga essa vigia como uma grave amea�a � seguran�a e � privacidade do usu�rio, desde que ele saiba como usar a rede. “Quando algu�m entra num portal de not�cias e acessa uma mat�ria falando sobre uma viagem, por exemplo, � Gr�cia, pode ter certeza que esse portal sabe que a pessoa visitou a p�gina e poder� posteriormente ‘vender’ informa��es sobre ela para uma ag�ncia de turismo que oferece pacotes para a Gr�cia. Ou seja, desde que entramos na rede existem milhares de olhos sobre a gente”, diz. A quest�o � n�o deixar que isso se transforme num tormento e numa preocupa��o excessiva e tentar se precaver ao m�ximo para que o uso da internet n�o se torne um problema.

Segundo ele, quanto a essa quest�o de espionagem, as empresas der seguran�a computacional n�o t�m o que fazer. Todas elas desenvolvem produtos para impedir invas�es do computador e infec��es por v�rus e outras formas de ataque. “Mas n�o contra sistemas que utilizam v�rios roteadores, banco de dados, nuvens, enfim, a espionagem nos end points. Nosso papel, nesse caso, � avisar aos clientes caso seja detectada alguma coisa estranha”, informa.

O diretor da Bitdefender revela que, independentemente dessas quest�es relativas � espionagem, a verdade � que a cada dia cresce de forma exponencial o n�mero de usu�rios – que as empresas de seguran�a denominam de inconscientes – ,que se tornam v�timas mais f�ceis dos cibercriminosos. “S�o geralmente novos usu�rios, com pouca informa��o sobre o uso da internet, e que acessam tudo sem qualquer crit�rio. Ao agir assim, com certeza se tornam alvos f�ceis de algum golpe.”


CUIDADO NUNCA � DEMAIS
Diminua os riscos ao navegar nas redes ou utilizar um servi�o na “nuvem”
» Utilize sempre um endere�o de e-mail confi�vel para receber suas notifica��es de redes sociais

» Criar um post “apenas para amigos” ou mesmo “privado” n�o garante que o conte�do n�o ser� visto por outros. � melhor compartilhar tais itens pessoalmente ou por meio de comunica��o direta

» Se voc� armazenar arquivos na nuvem para uso pessoal, considere criptograf�-los

» Crie senhas fortes, sem palavras f�ceis, dados pessoais ou que siga uma ordem regular do teclado. Uma senha segura deve conter uma combina��o de letras, n�meros e caracteres especiais

» Ative a navega��o segura (HTTPS) para encriptar a sua navega��o no Facebook, evitando que algu�m possa entrar na sua conta quando navega por uma rede wi-fi insegura

» Ativando notifica��es de login, o Facebook vai avisar sempre que a sua conta for acessada por um dispositivo novo

» Selecione aprova��es de login para solicitar um c�digo de acesso sempre que se acessar sua conta a partir de um dispositivo novo

» Verifique as suas sess�es ativas nas configura��es de seguran�a da sua conta do Facebook para saber a partir de onde foram feitos os logins

Fonte: Kasperk, empresa de seguran�a digital