Para criar um app �til � preciso que o desenvolvedor se ponha no lugar do usu�rio

As pessoas ligadas �s �reas de tecnologia est�o come�ado a se interessar pelo segmento de aplicativos cada vez mais precocemente. A estudante do Col�gio Cotemig Izabella de Avelar Pessoa deseja realmente trabalhar com isso. Pesquisou na internet e, contando com orienta��o dos professores, desenvolveu um aplicativo quando tinha apenas 15 anos. Hoje, com 16, criou outros tr�s e segue buscando novos conhecimentos para se aperfei�oar. “Quando se fala em tecnologia, deve-se estar ciente de que � um aprendizado eterno. Cada dia surge algo novo e voc� deve estar disposto a estar sempre se aprimorando, sempre estudando, aprendendo e compartilhando conhecimento”, acredita. Tr�s de seus aplicativos – Carefish, Tudo sobre Crep�sculo e Todos contra a dengue – foram publicados na loja da Microsoft. “Participei do curso da MS, realizado no in�cio do ano no col�gio, e isso facilitou a publica��o.”

Fazendo o terceiro per�odo do curso de sistemas de informa��o, o universit�rio Rafael Rodrigues Moura tamb�m j� trabalha com o desenvolvimento de aplicativos. A experi�ncia obtida com a pr�tica e os conhecimentos transmitidos durante o curso foram, segundo ele, essenciais para seu ingresso no mercado. “A forma��o na faculdade est� me ajudando a ingressar na �rea a partir dos cursos nos quais realmente colocamos a m�o na massa”, afirma. Ele tamb�m j� teve tr�s trabalhos aprovados pela loja de aplicativos da Microsoft: um para cota��o de moeda, que j� teve mais de 700 downloads (n�mero consider�vel para a plataforma), um que aborda game da s�ria Assassin’s creed e outro que pode ser considerado uma enciclop�dia sobre a saga Star wars.

Para o tamb�m estudante de sistemas de informa��o Guilherme Rodrigues Vasconcelos, com os aplicativos uma ideia simples pode rapidamente se tornar um grande sucesso. De acordo com ele, as tecnologias devem surgir pensando-se no cotidiano e na vida das pessoas. O universit�rio j� desenvolveu cinco aplicativos (Calculadora sa�de, Turismo SP, Turista RJ, Turista BH e JNNews Feed), todos para a plataforma Windows 8, da Microsoft. “Por meio de um workshop na faculdade, obtive um conhecimento pr�vio para come�ar a desenvolv�-los e as ferramentas para fazer isso”, revela.

Acesse os aplicativos mineiros
Spongiam
StudyingPad
Carefish
Tudo sobre Crep�sculo
Todos contra a dengue
Calculadora sa�de
Turismo SP
Turista RJ
Turista BH
JNNews Feed

Como publicar o seu app

Depois de idealizar um aplicativo, para todo desenvolvedor surge a quest�o da sua visibilidade. “O processo para publicar um app em uma loja virtual � bem simples”, revela o estudante de engenharia de controle e automa��o da UFMG Roberto Vidal Coutinho Lopes, que com ajuda do pai, M�rio Coutinho Lopes Santos, desenvolveu o aplicativo Spongiam, que permite ao usu�rio salvar suas leituras com data e hora mantendo-as em um �nico lugar organizadas em categorias e, ainda, que o usu�rio possa fazer a leitura mais tarde (mesmo off-line) em qualquer ambiente e com detector autom�tico de idiomas.

Segundo ele, na maioria dos casos para publicar um app � preciso pagar uma taxa �nica ou anual para poder se cadastrar como desenvolvedor na plataforma escolhida. Em seguida, temos de fornecer algumas informa��es do aplicativo, como quest�es visuais e descritivas”, informa ele, ressaltando que todo o processo de cadastramento do Spongiam foi feito na Google Play, uma vez que o aplicativo foi inicialmente desenvolvido para Android.

“Mas j� estou preparando meu app para a plataforma iOS. S�o necess�rias algumas adapta��es e compatibiliza��es com as ferramentas Apple para disponibiliz�-lo na Apple Store. Mas o processo de registro � praticamente o mesmo”, afirma ele, revelando que, depois de concordar com a pol�tica de privacidade da loja virtual em quest�o, o app � publicado e em poucos minutos e j� fica dispon�vel para qualquer usu�rio, em qualquer parte do mundo, baix�-lo.

 
Limita��o dos dispositivos

Pensar em quem vai usar a ferramenta, se colocar na situa��o dele e, diante disso, criar programas que realmente sejam �teis ao usu�rio. Este � o conselho b�sico que Jos� L�cio Balbi de Mello, diretor da Ledcorp – empresa especializada em tecnologia para mobilidade e intelig�ncia corporativa –, d� a quem pretende se tornar um desenvolvedor de aplicativos. E precisa entender, na hora de criar um app, que os recursos de um dispositivo m�vel s�o mais limitados. “N�o adianta fazer um produto que at� possa ser interessante, mas que para acess�-lo vai ser preciso gastar uma grande quantidade do pacote de seus dados. Ou que vai levar quase toda a carga da sua bateria. Rede 3G e bateria s�o apenas dois aspectos que limitam a performance de um dispositivo m�vel, mas h� v�rios outros. Tem de levar em conta toda a quest�o da usabilidade para ter sucesso”, explica.

Para ele, o mercado de aplicativos est� em franca expans�o, com grande diversidade de categorias dispon�veis, como programas para sa�de, entretenimento, turismo, corporativo etc. Segundo ele, o desenvolvimento de apps personalizados para empresas exige ainda mais conhecimento t�cnico. “O profissional precisa compreender como o aplicativo pode se tornar mais �til e atraente e associar outras tecnologias, como a geolocaliza��o, as redes sociais e a intera��o de ler e inserir coment�rios ou informa��es”, afirma o diretor, destacando seus produtos Sales Force, que transforma um tablet ou celular em um escrit�rio de vendas, e o Tracking, que localiza e acompanha o deslocamento das equipes de venda, como dois exemplos pr�ticos e bastante �teis de aplicativos idealizados para o mundo corporativo.