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Estado de Minas MAT�RIA-PRIMA COMPETITIVA

Ufla pesquisa uso do cavaco de madeira na fabrica��o de embalagens

Embalagens e telhas feitas a partir do cavaco da madeira v�o garantir um planeta mais sustent�vel, al�m de aumentar a durabilidade dos produtos


postado em 08/09/2015 12:55 / atualizado em 08/09/2015 13:15

A partir das nanofibras secas de celulose é possível desenvolver fitas, filmes e outros formatos
A partir das nanofibras secas de celulose � poss�vel desenvolver fitas, filmes e outros formatos

Na corrida por um planeta mais sustent�vel, a substitui��o de mat�rias-primas f�sseis por outras renov�veis � uma importante barreira a ser superada pelo homem. A depend�ncia do petr�leo e de outros produtos com quantidade limitada na natureza tem sido respons�vel por pautar rela��es pol�ticas, econ�micas e sociais, do Brasil ao Oriente M�dio. Em importante contribui��o para um novo modelo, pesquisa desenvolvida no Departamento de Ci�ncias Florestais da Universidade Federal de Lavras (Ufla) permite o uso do cavaco da madeira na fabrica��o de embalagens, hoje feitas principalmente de pl�stico.

O estudo, desenvolvido sob coordena��o do professor Gustavo Henrique Denzin Tonoli, permite o uso da celulose e de seus derivados para a fabrica��o de itens para o agroneg�cio e a constru��o civil. Al�m de se tratar de material renov�vel, a celulose � mais resistente que outros concorrentes usados em produtos similares. Isso aumenta a durabilidade dos produtos.

O primeiro passo para se obter o produto se d� na separa��o da celulose da madeira. Em vez de a madeira ser mo�da, s�o usados processos qu�micos para se atingir um produto rico em celulose. Essa fibra passa por um equipamento onde ganha aspecto de gel. Trata-se de um processo de desfibrila��o mec�nica, onde as fibras da madeira ou de outros res�duos s�o for�adas a passar entre dois discos girat�rios, que as esmagam, fazendo com que as nanofibrilas de celulose se separem, por cisalhamento (fen�meno de deforma��o de um corpo com manuten��o do volume), da parede celular das fibras.


Com amostra do material, Gustavo Tonoli vê como vantagem a independência em relação ao petróleo(foto: Arquivo Pessoal )
Com amostra do material, Gustavo Tonoli v� como vantagem a independ�ncia em rela��o ao petr�leo (foto: Arquivo Pessoal )

Segundo o professor, � um artigo com grande �rea superficial, o que facilita a rea��o qu�mica para a produ��o dos materiais. Ao misturar fibras a constituintes polim�ricos ou inorg�nicos, procura-se obter materiais mais resistentes, dur�veis e com maior absor��o de impacto – e mais sustent�veis.

“A partir do material obtido, � poss�vel desenvolver fitas, filmes e outros formatos”, explica o professor. Nova dissolu��o do material permite que o gel seja moldado em garfos, pratos e outros produtos. O composto pode ser usado no desenvolvimento de embalagens mais resistentes e telhas de fibrocimento, usadas, respectivamente, no agroneg�cio e na constru��o civil. Outros ramos que podem ser beneficiados s�o os de roupas de fibras naturais e pl�sticos biodegrad�veis. O grupo de pesquisa j� desenvolveu o filme polim�rico transparente, refor�ado por nanofibras celul�sicas de juta, para gerar embalagens biodegrad�veis.

A principal vantagem � a possibilidade de substituir parte do material f�ssil usado em tais cadeias. “Permite que sejamos mais sustent�veis”, diz o professor sobre os resultados da pesquisa. “� uma vantagem. N�o � preciso depender dos milh�es de anos que a natureza leva para produzir petr�leo”, diz. Ele ressalta a dificuldade para processamento do pl�stico no meio ambiente, enquanto o material de celulose � biodegrad�vel, o que facilita sua decomposi��o. � poss�vel adicionar propriedades bactericidas aos filmes, se forem inclu�dos �leos essenciais na mistura de nanofibras.

REDU��O DE CUSTO

O custo mais alto em rela��o �s pr�ticas atuais ainda � um entrave para a imediata ado��o do m�todo. O pesquisador considera esse um segundo passo do estudo no desenvolvimento do projeto. O aumento de escala, diz Tonoli, deve permitir essa diminui��o do custo. Com isso, seria poss�vel que empresas adotassem o processo em substitui��o ao uso de derivados de petr�leo e outras mat�rias-primas.

De olho na tem�tica sustent�vel, a Ufla tem desenvolvido estudos a partir da celulose. Al�m de Tonoli, participam de estudos outros tr�s professores: Lourival Mendes, Juliano Oliveira e Alessandra de Souza Fonseca. A tese de doutorado de Tonoli apresentava uma fibra capaz de substituir o amianto na fabrica��o de fibrocimento. Como o uso do amianto � vetado em alguns estados e pode ser banido em todo o pa�s, a fibra do eucalipto pode servir para substitu�-lo na constru��o civil.

O resultado � que a fibra de eucalipto garante produ��o mais competitiva, dada a possibilidade de se economizar 50% no refino da polpa da celulose. O estudo recebeu o pr�mio Excel�ncia em Constru��o Sustent�vel da Associa��o Nacional Tecnologia do Ambiente Constru�do (Antac) em parceria com a Holcim.

 


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