
Segundo informa��es divulgadas pela imprensa internacional, a partir de nomes como The Guardian e The New York Times, a consultoria coletou as informa��es por um aplicativo chamado ‘thisisyourdigitallife’ (essa � a sua vida digital”, em tradu��o livre). O aplicativo pagava pequenas quantias a milhares de pessoas que fizessem um teste de personalidade e concordassem em ter suas informa��es coletadas para “uso acad�mico”. O ‘thisisyourdigitallife’ foi desenvolvido por um pesquisador da Universidade de Cambridge, no Reino Unido e a universidade alega n�o ter liga��es com a empresa de consultoria. Por�m, al�m de coletar as informa��es de usu�rios que permitiram a pr�tica, o aplicativo tamb�m registrava dados de todos os amigos que ele tem no Facebook. Dessa maneira, diversas pessoas tiveram suas informa��es repassadas sem autoriza��o ao ‘thisisyourdigitallife’. Na �poca, os termos de uso do Facebook permitiam que terceiros coletassem informa��es de amigos no Facebook, mas proibia que os dados fossem vendidos ou usados para publicidade.
Queda na bolsa de valores
Apenas nesta segunda, 19, o valor do Facebook na bolsa de valores de tecnologia dos EUA caiu em US$ 35 bilh�es. Os �ndices foram t�o cr�ticos que bolsas como a S&P 500 e a Nasdaq sofreram seu pior dia em mais de cinco semanas. O S&P caiu 1,42%, o Dow Jones, 1,35% e a Nasdaq recuou 1,84%. As a��es do Facebook ca�ram em 6%. Isso representa a maior queda percentual no valor de mercado do Facebook em quatro anos – foi de US$ 537 bilh�es para US$ 500 bilh�es. Outras empresas do ramo de tecnologia tamb�m tiveram redu��es significativas em reflexo � queda do Facebook. A Alphabet, que controla o Google, caiu em 3% e empresas como a Apple, a Netflix e a Amazon registraram perdas de at� 1,5%.
Implica��es
Como noticiado pelo Estado de Minas em dezembro, as informa��es recolhidas por empresas na internet t�m grande valor de mercado e s�o consideradas o “petr�leo da internet”. Com essa base de dados � poss�vel desenvolver algoritmos poderosos que direcionam a publicidade, mensagens, not�cias e, at� mesmo, informa��es pol�ticas que se ‘adequam’ ao perfil de cada usu�rio. Foi com esse tipo de pensamento que a Cambridge Analytica moldou a campanha de Donald Trump nas redes sociais, analisando cerca de 270 mil perfis individuais e os de seus amigos no Facebook, resultando em, ao menos, 50 milh�es de pessoas. As informa��es analisadas serviram de base para que mensagens espec�ficas fossem expostas a pessoas com personalidades e opini�es pol�ticas igualmente espec�ficas.
Revoltados com o esc�ndalo, usu�rios come�aram a campanha ‘#deletefacebook’. Para se ter uma ideia do impacto, ao menos 6 milh�es de pessoas foram alcan�adas pelo movimento. Confira alguns:
Did you #DeleteFacebook ???
%u2014 Karen Brown (@SnarkyGinger1) 20 de mar�o de 2018
I did!
done #deletefacebook pic.twitter.com/M5xaluyjxJ
%u2014 Benjamin Hale (@B_Halstrom) 20 de mar�o de 2018
Facebook is using us. #deletefacebook %u2013 https://t.co/dvBbJqoeSp via @TechCrunch #Facebook #CambridgeAnalytics pic.twitter.com/PYAmshVECZ
%u2014 hamiga (@hamiga) 20 de mar�o de 2018
Ta pesada a hashtag #DeleteFacebook. Vazamento de dados pra campanhas pol�ticas? Uh!
%u2014 Nat�lia Souza (@NataliaOsouza) 20 de mar�o de 2018
Just deleted @facebook. Feels good. #DeleteFacebook
%u2014 nimmons (@nimmons) 20 de mar�o de 2018
*Estagi�rio sob supervis�o do editor Benny Cohen