
Segundo pesquisa divulgada nesta ter�a-feira (18/5) pelo Facebook IQ, o percentual dos que dizem receber informa��es sobre a COVID-19 pelos aplicativos do Facebook (que incluem Messenger, Instagram e Whatsapp) � de 66%, o que representa aumento de 14 pontos percentuais em rela��o ao registrado em maio de 2020.
De acordo com a pesquisa, as redes sociais s�o a segunda maior fonte de informa��es sobre a pandemia, perdendo apenas para a TV aberta, mencionada por 67% do p�blico. O percentual representa uma queda de 3 pontos percentuais em compara��o com o verificado em maio do ano passado. Perderam ainda mais espa�o na prefer�ncia dos consumidores de informa��o os portais de not�cias, apontados por 52% dos entrevistados, uma queda de 19 pontos percentuais na compara��o com o ano passado.
Para o l�der de Insights do Facebook IQ, Fabr�cio Fudissaku, os dados mostram uma mudan�a de comportamento da popula��o, que est� procurando menos ativamente informa��es e adotando uma postura mais passiva. O percentual de pessoas que dizem acompanhar "muito de perto" as informa��es sobre a COVID-19 caiu 21 pontos percentuais, ficando, agora, em 73%.
"Quando voc� busca no site ou no portal, � uma busca ativa. Ou seja, eu estou interessado em um tema e vou atr�s dessa informa��o, ao contr�rio dos outros meios. Isso explica um pouco essa queda. H� uma satura��o, e as pessoas est�o deixando de fazer uma busca proativa", explica Fudissaku.
Renda preocupa
A pesquisa mostra tamb�m uma grande preocupa��o com a situa��o econ�mica na pandemia. Mais da metade dos entrevistados (55%) est�o economizando por temer que a situa��o financeira deve ser pior ao fim da pandemia, enquanto 49% t�m medo de perder o emprego. Dois ter�os (68%) relataram ter tido preju�zo econ�mico devido �s repercuss�es da doen�a – no estudo do ano passado, o percentual era de 51%.
Sobre as prioridades no momento, 22% v�o aumentar os gastos com produtos de higiene pessoal, 21%, v�o gastar mais com alimentos frescos e 19% preveem empenhar mais dinheiro com servi�os financeiros. Entre os consultados, 33% disseram que pretendem gastar menos com roupas, 32% que v�o diminuir o consumo de sapatos, mesmo percentual dos que pensa, em reduzir despesas com m�veis e itens para caso, e 31% que pretendem gastar menos com aparelhos eletr�nicos.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, ponderou que a redu��o da inten��o de compra de aparelhos eletroeletr�nicos est� relacionada n�o s� a redu��o da renda, mas tamb�m a investimentos feitos ao longo do �ltimo ano. "A demanda por de aparelhos eletr�nicos subiu bastante no ano passado, porque as fam�lias estavam se adequando [ao per�odo de isolamento]. Voc� n�o vai ficar comprando o tempo todo esses equipamentos que s�o dispendiosos", analisou.
O lazer e o entretenimento devem perder espa�o, segundo a pesquisa, com a situa��o causada pela pandemia, especialmente entre as fam�lias mais pobres. Disseram que deixar�o de gastar com games 43% dos entrevistados, percentual que sobe para 55% entre as fam�lias das classes D e E.
Viagens s�o tamb�m despesas que devem ser riscadas do or�amento de 41% dos brasileiros (52% entre as classes D e E).
Consumo pela internet
Segundo a pesquisa, a pandemia trouxe ainda mudan�a de h�bitos de consumo. Entre os entrevistados, 58% disseram que usam aplicativos de entrega de comida ao menos uma vez por semana e 44% que aderiram a aplicativos de transporte ao menos uma vez por semana.
H� uma tend�ncia de crescimento das compras pela internet. Quase dois ter�os (65%) disseram que v�o comprar mais por aplicativos ap�s o fim da pandemia.
O valor do frete foi o fator mais mencionado entre os elementos levados em considera��o para a compra online, com 77% de cita��es. Em seguida, v�m o pre�o do produto, lembrado por 69%, a seguran�a (66%), a qualidade do produto (65%) e a rapidez na entrega (55%).
A pesquisa ouviu, em abril deste ano, 600 usu�rios de internet com mais de 16 anos em todas as regi�es do pa�s.