
A rede social, que at� 2016 n�o temia este tipo de opera��o, tornou-se uma m�quina poderosa, com milhares de funcion�rios de seguran�a em busca de amea�as.
As opera��es de comportamento enganoso coordenado (coordinated inauthentic behavior, CIB) se multiplicaram h� cinco anos, quando uma campanha russa desenvolvida para manipular os eleitores americanos revelou o potencial da plataforma para atores sem escr�pulos.
Desde ent�o, este gigante da tecnologia investiu muito em recursos humanos e sistemas automatizados. Tamb�m estabeleceu alian�as com seus vizinhos californianos e as autoridades. Isso foi suficiente para obrigar os grupos respons�veis por essas opera��es a adaptarem suas t�ticas.
"Eles buscam permanecer indetect�veis aos radares", disse o diretor de regulamentos de seguran�a do Facebook, Nathaniel Gleicher, em coletiva de imprensa sobre um relat�rio apresentado por sua equipe nesta quarta-feira.
Ao se tornarem mais discretos, os atores maliciosos tamb�m possuem um impacto mais limitado.
O Facebook destaca ainda que as campanhas de influ�ncia confundem os limites entre manipula��o e liberdade de express�o.
"Ultrapassam os limites do comportamento aceit�vel on-line", afirmou Gleicher.
A rede social estima que os grupos especializados nessas manobras continuar�o aproveitando crises e momentos de incerteza, como a pandemia, ou as elei��es, para ampliarem as divis�es.
"N�s detectamos e eliminamos campanhas de influ�ncia que tentaram recrutar pessoas para publicar conte�do falsamente aut�ntico, sem que essas pessoas soubessem", diz o relat�rio.
"Tamb�m vimos vozes genu�nas, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, promovendo informa��o falsa amplificada por opera��es de v�rios pa�ses, como R�ssia e Ir�", completa o informe.
A R�ssia esteve por tr�s de 27 das 150 campanhas encontradas, orquestradas em cerca de 50 pa�ses. O Ir� ocupa o segundo lugar, com 23 opera��es.
Os Estados Unidos s�o o pa�s que mais serviu como alvo, seja por grupos sofisticados financiados por Estados, por adeptos das teorias da conspira��o, ou por l�deres pol�ticos marginais.