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Estado de Minas HEIN??

A mulher que 'conversou' com os convidados do pr�prio vel�rio

Nova tecnologia permitiu que Marina Smith respondesse a perguntas por v�deo


17/08/2022 17:11 - atualizado 18/08/2022 12:48


Televisão mostra imagem de idosa em uma poltrona. Ao lado, homem segura microfone e gesticula
Convidados puderam fazer perguntas a Marina (foto: Marina H. Smith Foundation)

A ativista Marina Smith, que trabalhava com educa��o sobre o Holocausto, morreu em junho aos 87 anos. Alguns dias depois, no entanto, sua fam�lia e amigos puderam v�-la respondendo a perguntas sobre sua vida - em seu pr�prio vel�rio - gra�as a uma tecnologia criada por seu filho.

Stephen Smith disse que a ferramenta de v�deo da sua empresa, a StoryFile, permitiu que sua m�e estivesse "presente, de certa forma" durante a cerim�nia.

Ele explica que a tecnologia permite uma conversa por v�deo com uma pessoa que j� morreu - e ela "responde como se estivesse l�".

Smith afirma que a tecnologia trouxe � conversa os aspectos da vida de sua m�e que eram mais importantes para ela e para as pessoas que mais a amavam. E as palavras utilizadas eram falas de sua m�e de fato, n�o um texto criado por intelig�ncia artificial.

Mas como isso funciona?

Para fazer o v�deo, a pessoa deve fazer uma grava��o antes de morrer, respondendo a in�meras perguntas sobre sua vida.

Mais tarde, ap�s a morte, um sistema de intelig�ncia artificial seleciona os clipes apropriados para reproduzir em resposta a perguntas de pessoas que assistem ao v�deo, e a pessoa parece ouvir e responder - em algo que a empresa chamou de "v�deo conversacional".

Rollo Carpenter, que criou o chatbot CleverBot - e n�o tem conex�o com a empresa de Smith - afirma que o sistema de conversa em v�deo funciona de forma diferente, sem tentar construir suas pr�prias respostas ou usar intelig�ncia artificial para criar respostas novas.

"� apenas selecionar a partir de um conjunto pr�-gravado de sequ�ncias que podem ser reproduzidas", diz ele.

Intera��o de celebridades

Marina Smith foi uma das cofundadoras do Centro Nacional do Holocausto em Nottinghamshire, no Reino Unido, onde ela coordenava um programa de educa��o sobre o Holocausto. Em 2005, ela foi premiada com uma ordem de cavalaria dada pela realeza brit�nica pelo seu trabalho.

Os fundadores da StoryFile tiveram a ideia do v�deo conversacional enquanto trabalhavam na cria��o de hologramas interativos de sobreviventes do Holocausto para a funda��o USC Shoah.

A empresa v� uma ampla gama de poss�veis aplica��es comerciais para a tecnologia, desde atendimento ao cliente at� vendas.

A companhia tamb�m encorajou algumas celebridades a documentar suas carreiras usando a tecnologia, incluindo o ator William Shatner, conhecido por seu papel como capit�o Kirk na s�rie Star Trek (Jornada nas Estrelas). � poss�vel interagir com o v�deo no site da empresa.


Um homem branco careca de óculos e barba branca rente olha em frente
Stephen Smith desenvolveu a tecnologia usada no vel�rio de sua m�e (foto: Storyfile)

'Vers�o virtual de mim'

Olhando para o futuro, Smith prev� um mundo em que as pessoas documentem suas vidas continuamente, sugerindo que os usu�rios possam "falar com o seu eu de 18 anos, quando tiverem 50, ou apresentar seus filhos ao seu eu de 16 anos".

A ideia de que no futuro a intelig�ncia artificial poderia ser usada para criar vers�es virtuais de pessoas mortas � algo que j� existe h� algum tempo. O tema foi tratado, por exemplo, em um epis�dio da s�rie Black Mirror.

Mas Smith explica que n�o � isso que sua tecnologia faz e rejeita a ideia. "Tudo sobre n�s � absolutamente �nico. N�o h� como voc� criar uma vers�o de mim."

Carpenter concorda, dizendo que usar a tecnologia de intelig�ncia artificial atual para criar uma pessoa "gerada por computador" arriscaria "colocar palavras na boca da pessoa falecida".

O resultado poderia ser ainda pior se outras pessoas acreditassem que o falecido de fato falou aquelas palavras enquanto estava vivo.

Os limites dos chatbots - rob�s com intelig�ncia artificial que imitam conversas - foram demonstrados pelo BlenderBot 3, o conversador da Meta, a empresa que controla o Facebook. O programa foi criticado por fazer coment�rios ofensivos e dizer coisas pouco lisonjeiras sobre o cofundador da empresa, Mark Zuckerberg.

A Meta disse que o rob� � um prot�tipo criado para fins de pesquisa. A empresa afirmou tamb�m que os usu�rios foram alertados que o programa poderia dizer coisas que idealmente n�o deveria.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62579891

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