golpes virutais
Os golpes virtuais cresceram 65% com brasileiros passando mais tempo na internet, conforme dados do Anu�rio Brasileiro de Seguran�a P�blica 2023, que registrou 200 mil casos de estelionato por meio eletr�nico no ano passado. Ao menos tr�s brasileiros foram v�timas de golpe a cada minuto em 2022, ano em que o Brasil apresentou aumento de 37,9% nos casos de estelionato. O maior salto foi entre os golpes por meio eletr�nico: mais de 200 mil registros de v�timas no pa�s, o que representa salto de 65,2% ante o ano anterior.
Al�m da preven��o, a verifica��o de identidade � crucial para proteger a privacidade e a seguran�a dos dados pessoais dos usu�rios, que podem ser comprometidos em caso de vazamentos ou ataques cibern�ticos. Nesse sentido, a autentica��o digital, por exemplo, � a forma mais democr�tica de certifica��o da identidade da popula��o, permitindo acesso r�pido a milhares de institui��es, servi�os e produtos.
Levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informa��o (Cetic.br) mostra cont�nuo aumento no n�mero de usu�rios de internet no Brasil nos �ltimos anos, passando de 74% da popula��o, em 2019, para 81%, em 2021. O estudo tamb�m revela que, em 2019, 39% dos usu�rios de internet realizaram compras de produtos ou servi�os on-line, e, em 2021, esse percentual aumentou para 46%, representando 68,3 milh�es de pessoas. Isso cria um cen�rio prop�cio para criminosos que podem aplicar milhares de golpes em um �nico dia, apresentando um desafio log�stico significativo para as atividades de investiga��o e preven��o criminal das autoridades.
Entre 2018 e 2023, mais de 640 milh�es de transa��es foram autenticadas no Brasil, por meio das solu��es de identidade digital da Unico. Esses dados incluem processos como abertura de contas digitais em bancos, solicita��o de cr�dito, autentica��o de transa��es financeiras, pagamento de compras em lojas f�sicas, entre outros, realizados por mais de 125 milh�es de usu�rios �nicos (CPF) no mesmo per�odo.
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De acordo com a executiva, as empresas v�m buscando uma forma de validar a identidade do indiv�duo sem ser por esses dados considerados "fracos", que em geral podem ser vazados facilmente e usados por pessoas maliciosas. "Por isso, a biometria facial se mostra atualmente como um dos mecanismos mais seguros para a prote��o da identidade das pessoas e checagem de informa��es se aquele determinado indiv�duo � mesmo quem diz ser. Para exemplificar, no Brasil, h� a Serpro (empresa de processamento de dados da Receita Federal), que � disponibilizada para que empresas privadas fa�am a valida��o biom�trica de identidades de forma pr�tica, segura e com alta confiabilidade", frisa.
Como cada pessoa tem as suas caracter�sticas �nicas, a biometria facial permite a autenticidade de forma r�pida e pr�tica nos mais diversos segmentos, desde o entretenimento at� a seguran�a. O Instituto Nacional de Padr�es e Tecnologia dos Estados Unidos indicou que, entre 2014 e 2018, a exatid�o da biometria passou de 96% para 99,8%, de acordo com Gabriela Dias. Ela ressalta que existem cerca de 80 pontos da face utilizados para medir vari�veis, como comprimento, largura do nariz, dist�ncia precisa entre os olhos, espessura do l�bio, marcas e cicatrizes.
Celular roubado
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O professor da USP destaca ainda que nem todos os golpes s�o feitos a partir do roubo ou furto do aparelho. Por exemplo, um entregador de aplicativo de compras ou de comida pode "pedir para tirar uma foto para poder comprovar que fez a entrega, mas, na verdade, estava pedindo empr�stimo no nome do cliente usando a sua biometria." Isso seria poss�vel, por exemplo, se ele tivesse obtido os dados da compra e do pedido, incluindo nome, endere�o e CPF, al�m de poder ter obtido outros dados pessoais por meio de uma engenharia social simples. Al�m dos dispositivos m�veis, existem outras brechas de seguran�a que fazem parte do nosso dia a dia, como sensores e dispositivos IoT (Internet das Coisas), que s�o "menos padronizados e, assim, mais suscet�veis a ataques de hackers."
De acordo com Simplicio, � fundamental para empresas, hoje, terem um plano para reagir aos cada vez mais comuns ataques de ransomware. Ele recomenda "aten��o aos links e anexos recebidos por e-mail ou mensagens, para identificar poss�veis golpes". Infelizmente, mesmo um backup atualizado n�o � uma garantia de que a empresa sair� ilesa de um ataque desse tipo: primeiramente, s�o necess�rios cuidados para que os arquivos do pr�prio backup n�o sejam afetados pelo ataque; ainda que isso seja feito a contento, ransomwares modernos costumam tamb�m roubar dados, exigindo pagamento para n�o vaz�-los na internet ou para concorrentes. Ele destaca que existem sistemas inteligentes que detectam quando um dispositivo est� enviando muitos dados e normalmente n�o deveria fazer isso, o que � um potencial indicativo de que uma tentativa de ataque encontra-se em andamento. E, recentemente, h� amea�as de seguran�a geradas a partir de modelos de intelig�ncia artificial, como o ChatGPT, que podem ser usadas para simular mensagens que pare�am verdadeiras.
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