O modelo da Virada Cultural, que vem sendo atualizado edição após edição desde 2013, se mantém na décima versão do evento, que ocupa o Centro de Belo Horizonte a partir das 18h de hoje. Os números superlativos – 300 atrações em seis palcos durante 24 horas – não permitem que se veja tudo. Aqui, algumas sugestões para hoje. Virando a noite ou não, tem opção para todo tipo de gosto.

Ainda que seja a Praça da Estação, o chamado Palco Sesc, o espaço que concentra as maiores atrações, o Parque Municipal é o coração do evento. Serão dois palcos e quatro espaços dentro da área verde mais popular de Belo Horizonte. Uma boa opção para quem está a fim de uma Virada tranquila.

O Palco Gramado, próximo ao Palácio das Artes, vai reunir diferentes estilos e gerações de artistas locais. O violeiro Wilson Dias se apresenta a partir das 20h20, antes dos Baluartes do Samba (21h40), combo que reúne veteranos do gênero de Minas Gerais, a Velha Guarda do Coletivo Mestre Conga e sambistas cariocas – Negro Wando (Estácio), Sobrinho (Mocidade de Padre Miguel) e Moisés Santiago (Salgueiro).

Destaque da cena autoral mineira, Makely Ka se apresenta às 2h de domingo (24/8), no Parque Municipal

Rosa Antuña/divulgação

Em frente ao Teatro Francisco Nunes, no chamado Palco BH + Feliz, a novíssima geração faz a programação do Festival Fragaí. A partir das 21h, jovens nomes se revezam por ali em shows curtos. Entre eles estão os gêmeos Clara Bicho e Gabriel Campos, que tocam indie pop, e Dani Moreira (21h35). O vocalista da banda Chico e o Mar vai apresentar seu trabalho solo, centrado no violão. Já no início da madrugada, a atração é Fernando Motta (1h20), que lançou recentemente o álbum “Movimento algum”.

Soul e cinema

Vale a pena conferir outros espaços do parque. A Velha Guarda do Soul de BH, que é bem conhecida de quem frequenta o Centro da cidade, abre os trabalhos, a partir das 18h, no Espaço dos Trenzinhos. Bem mais tarde, a partir das 2h, o local receberá o show de Makely Ka. Já o Espaço Lagoa vai ter mostra de filmes durante toda a noite, até as 3h.

Não longe dali, a Rua Guaicurus recebe uma pá de artistas que prezam pela diversidade. A agenda vai desde os ritmos latinos (para dançar a dois) de Marcelo Veronez e seu Conjunto, a partir das 20h, passando por show de drag (e karaokê) com o Cabaré Bella à la Carte (23h30), até o show “Forró do Desejo”, da banda Truck do Desejo (0h50).

Deixando a Guaicurus, a ideia é chegar à Praça da Estação. Lá, Tim Maia será homenageado pelo trio Fat Family (20h20), seguido pelo Baile da Dri (22h) e a dupla sertaneja Israel & Rodolffo. O Palco Sesc vai ferver na madrugada, com os shows, em sequência, do grupo de pagode Akatu, com Djonga como convidado (1h50), e do trapper Sidoka (3h50), que estreia na Virada.

Para quem quiser dar um tempo entre a noite e a madrugada, há outros palcos na região da Praça da Estação. A Praça Rui Barbosa terá o Palco Festas, com a balada começando às 19h com Pivetz Sounds, funk, vogue e eletrônica. Atenção: a Masterplano, festa que sempre tem edição na Virada, rola neste espaço a partir das 4h10. Antes, à 1h40, tem Baile Room, comandada por Djs Kingdom, Kramer e D.A.N.V.

 

MC Saci leva seu funk para o Viaduto Santa Tereza, às 23h deste sábado (23/8)

Divulgação

Já o Viaduto Santa Tereza terá dois espaços. O principal, na Rua Aarão Reis, é o Palco Viaduto Xeque Mate. Rap, trap e funk dominam a programação. Hoje, os destaques vão para Mac Júlia (22h15), a Dona Onça, que lançou há pouco o single “Beijo na boca” em homenagem ao funk mineiro, e o MC Saci (23h), carioca que se mudou para BH para se dedicar ao gênero.

VIRADA CULTURAL

Deste sábado (23/8), a partir das 18h, até domingo (24/8) à noite. Locais: Parque Municipal, Praça da Estação, Viaduto Santa Tereza, Praça Raul Soares, Praça Fuad Noman (Edifício Sulacap), ruas da Bahia, Sapucaí e Guaicurus. Entrada franca. Confira a programação completa. 

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