FOLHAPRESS - Artistas lamentaram a morte do escritor Luis Fernando Verissimo. O escritor morreu na madrugada deste sábado, aos 88 anos, em Porto Alegre, em decorrência de complicações de uma pneumonia, segundo o hospital Moinhos de Vento, onde estava internado.
A cartunista Laerte chamou Veríssimo de "amigo e mestre". Já Angeli também escreveu em suas redes. "Todo amor para Lúcia, Fernanda, Mariana, Pedro e família. Imensurável é o pai."
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Cronista da vida simples
O dramaturgo Walcyr Carrasco também se manifestou. "Perdemos um dos grandes da nossa literatura. Luís Fernando Veríssimo foi o cronista da vida simples, das emoções humanas mais verdadeiras, do cotidiano que só ele sabia transformar em obra. Um gigante que fez da simplicidade a sua genialidade. Descanse em paz!"
A escritora Martha Medeiros postou que "o sábado inicia com o reverso do humor. Luís Fernando Veríssimo, que tantas alegrias nos deu através de personagens como Ed Mort, o Analista de Bagé, a Velhinha de Taubaté, Dora Avante e tantos outros, infelizmente nos deixa". Ela segue dizendo: "por mais que a gente pense que está preparado, a morte é sempre um baque, uma violência. Obrigada, mestre, por todas as linhas, reflexões, epifanias, risadas, por toda a sua absoluta e inquestionável genialidade".
O governador gaúcho Eduardo Leite (PSD) publicou a mensagem: "que o legado de Luis Fernando Verissimo siga nos inspirando, lembrando que cada pensamento pode refletir esperança e luz. Sentiremos muito a sua falta!".
A ex-deputada Manuela d'Ávila postou que "agosto termina levando nosso gênio da escrita, da crônica e da charge, Luís Fernando Veríssimo".
A política gaúcha contou sobre a primeira vez que encontrou com o escritor, ainda na adolescência. "Ele parecia a pessoa mais tímida do mundo. Respondia pequenas frases entrecortadas com sorrisos. Hoje, quando o Brasil se despede de um dos seus maiores escritores, abraço Lúcia, de seus filhos e netos. Que o tempo conforte a saudade. Meus mais profundos sentimentos."
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O que fez Verissimo a se afastar da escrita?
Em reclusão havia anos, Verissimo vinha lidando com as consequências de um acidente vascular cerebral que sofreu em 2021, quando deixou de escrever suas crônicas. Ele deixa a mulher, três filhos e dois netos.
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Foram mais de 50 anos de textos escritos para jornais e revistas, quase 40 anos de livros publicados - nos dois casos quase sempre entre os mais lidos e queridos do país - sem jamais abandonar sua posição nítida no campo da esquerda reformista.