PADRE EUSTÁQUIO

Igreja Padre Eustáquio, em BH, apresenta escultura em homenagem ao beato

Relíquia já pode ser vista no templo do Bairro Padre Eustáquio, que terá a tradicional festa litúrgica no sábado (30)

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Nesta sexta-feira (29), véspera da Festa Litúrgica do Beato Padre Eustáquio, há uma surpresa feita de arte e fé para quem chega ao Santuário Arquidiocesano da Saúde e da Paz, mais conhecido por Igreja Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte (MG). Do lado direito, perto da porta principal do templo, onde ficava o túmulo do religioso holandês, está agora uma imagem representativa da morte dele ocorrida em 30 de agosto de 1943, na capital mineira.

A escultura dá brilho especial às homenagens pelo centenário da chegada de Padre Eustáquio (1889-1943) ao Brasil, onde ficou por 18 anos, dos quais um ano e quatro meses em BH. No sábado (30), mais de 25 mil pessoas deverão passar pelo santuário que abriga memorial e museu dedicados ao “Missionário da Saúde de Paz”, como ficou conhecido em todo o país. Às 9h, foi dada a bênção pelo reitor do santuário, padre Edmar de Oliveira, explicando que "este é um lugar de peregrinação". De Roma, veio o postulador geral da Causa, padre Andrzej Lukawski.

Em madeira de cedro, policromada, em tamanho natural e medindo 1,80 metro, a escultura foi feita pelo artista sacro de São João del-Rei (MG) na Região do Campo das Vertentes, Osni Paiva – ele assina obras dos beatos mineiros Padre Víctor, de Três Pontas (MG) e Nhá Chica, de Baependi (MG). "Não se trata da representação do luto, mas, sim, de esperança, de que a vida permanece", diz o vice-postulador da Causa de Canonização do Beato Padre Eustáquio, padre Marcus Vinicius Maciel, também da Congregação dos Sagrados Corações.

Para compor sua sacralidade, a imagem do beato, que está deitado, se encontra com o hábito original da Congregação dos Sagrados Corações, um crucifixo e jm terço. O esquife (altar-urna), abrigado a peça, foi confeccionado pelo Ateliê Estrela Guia, também de São João del-Rei. Em estilo barroco, rememora a arquitetura sacra das igrejas mineiras do século 18. 

O conjunto foi encomendado pela Causa de Canonização em comemoração aos 100 anos da chegada do Beato Padre Eustáquio ao Brasil. “Com essa representação, a ideia é mostrar aos devotos que a vida de um santo não termina com a morte e que agora ele continua intercedendo por nós junto de Deus”, reiterou padre Vinícius.

Sobrinho do beato, Will van den Boomen, residente na Holanda, disse que a imagem dá a impressão de que o beato "está dormindo".

EMOÇÃO

Na caravana que teve à frente o Padre Rodrigo Teodoro, vieram moradores de Romaria (MG), na Região do Alto Paranaíba, onde viveu padre Eustáquio. " Estou muito feliz...estamos mais perto do Padre Eustáquio", disse Zuely das Graças Nicolau Santos, ao lado de Maria de Fátima Bernardino, Maria José Guimarães e Neila de Fátima. De BH, a designer Angélica Maria Vas, voluntária no santuário, falou da importância da iniciativa, que foi fruto de doações, para a comunidade. "Com certeza, estamos mais próximos do beato", afirmou.

ENCONTRO

Como parte da programação comemorativa do centenário da chegada do Beato Padre Eustáquio ao Brasil, haverá, em ambiente multidisciplinar, o Simpósio Internacional Saúde e Paz, realizado de segunda a quinta-feira (1 a 4/9), na PUC Minas Coração Eucarístico. Estão previstas atividades também no Teatro Padre Eustáquio (no Santuário Arquidiocesano da Saúde e da Paz). 

Em conferências, mesas redondas e debates, serão propostas questões como: “A espiritualidade é aliada da ciência?” “É possível se beneficiar da fé para potencializar os resultados da medicina? A inspiração vem “do campo no qual a espiritualidade e a ciência se encontram na promoção da saúde humana integral e da paz”, segundo os organizadores do evento, que reunirá pesquisadores da área da saúde e teólogos. Como tema do encontro, a habitual saudação “saúde e paz” usada por Padre Eustáquio.

Antes de chegar a BH e se estabelecer no bairro que mais tarde viria a receber seu nome, o religioso holandês percorreu o interior mineiro e de algumas cidades brasileiras, onde colheu e catalogou informações preciosas sobre medicina popular. Agora, o potencial curativo do conhecimento adquirido pelo sacerdote holandês, que unia espiritualidade e sabedoria popular no tratamento de enfermidades, merece atenção de médicos, farmacêuticos, biólogos e teólogos. 

Entre os participantes do simpósio, estão o médico psiquiatra, professor e um dos fundadores do curso de medicina da PUC Minas, Renato Diniz Silveira; a diretora do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da PUC Minas, Soraya de Mattos Camargo Grossmann; a professora no departamento de farmácia da PUC Minas, Marina Pereira Rocha; o vice-postulador da Causa de Canonização do Beato Padre Eustáquio, Padre Vinicius Maciel; o coordenador do programa de pós-graduação em Ciência da Religião da PUC Minas, Roberlei Panasiewicz; e o sobrinho do beato, Will van den Boomen.

LEGIÃO DE DE VOTOS

Com uma jornada iluminada pela fé, Padre Eustáquio está emprocesso de canonização, mas já é considerado “santo” por uma legião de devotos – viveu quase duas décadas no Brasil, com ação pastoral e social em cidades paulistas e mineiras e dedicação aos pobres e enfermos. Muitas graças e bênçãos, alcançadas por intercessão dele, são registradas em Poá (SP), Romaria, Patrocínio (MG) e BH, onde, por sinal, ocorreu o milagre de cura reconhecido pelo Vaticano para a beatificação.

Nascido Hubbertus van Lieshout, em 1890, em Aarle-Rixtel, no Sul da Holanda, e sepultado em BH em 1943, “Padre Eustáquio chegou ao Brasil em 1925, e parte para Água Suja, atual Romaria, no Alto Paranaíba, ficando ali 10 anos. 

Se no país ele viveu dias de plenitude, pelo terreno fértil para semear fé e obras sociais, passou também por momentos de extrema tensão, muitas vezes obrigado a se proteger das multidões, que o procuravam em busca de “milagres”, e daqueles que viam nele uma ameaça tal a força de carisma e socorro aos necessitados (era chamado de “Pai dos pobres”).

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FESTA DO BEATO PADRE EUSTÁQUIO – SÁBADO, DIA 30


- Missas às 5h, 7h, 9h, 11h, 13h, 15h, 17 e 19h
- Procissão após a missa das 17h
- Terço: 8h e 16h
- Adoração: 12h
- Confissões: De 8h30 às 11h
- Barraquinhas durante todo o dia

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