INVESTIGAÇÃO

Moraes amplia prazo para PGR se manifestar sobre prisão de Bolsonaro

PGR tem até a próxima segunda-feira para se manifestar sobre as questões pendentes relacionadas a Bolsonaro, véspera do início do julgamento do ex-presidente

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ampliar para cinco dias o prazo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o descumprimento de medidas cautelares pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sobre eventual denúncia contra ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Os dois foram indiciados sob a acusação de tentar pressionar a Corte em meio às investigações da tentativa de golpe de Estado.

O prazo inicial terminaria nesta quarta-feira (27/8), após decisão tomada por Moraes na segunda (25/8), quando havia sido concedido o período de 48 horas para análise dos esclarecimentos apresentados pela defesa do ex-presidente.

No entanto, em despacho divulgado nesta terça (26/8), o mesmo em que determinou monitoramento presencial e permanente de Bolsonaro pela Polícia Penal do Distrito Federal, Moraes fixou o novo prazo, de cinco dias, para que a PGR se pronuncie “quanto às questões pendentes”.

De acordo com o STF, a manifestação da Procuradoria deve abordar três pontos: o possível descumprimento das cautelares impostas a Bolsonaro, o recurso da defesa contra a prisão domiciliar e o relatório final da Polícia Federal (PF) sobre obstrução das investigações.

A decisão passa a valer a partir da intimação, feita na segunda-feira (25/8), estendendo o prazo até a próxima segunda-feira (1º/9).

Indiciados

Relatório da Polícia Federal (PF) aponta que Bolsonaro e Eduardo atuaram de forma a interferir no andamento do processo da trama golpista. Os dois foram indiciados por coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo os investigadores, eles teriam usado das sanções aplicadas pelos Estados Unidos para tentar fragilizar a ação penal contra os envolvidos na trama golpista.

A defesa de Bolsonaro, no entanto, nega qualquer irregularidade. Os advogados afirmam que o ex-presidente não descumpriu medidas cautelares, rechaçam a versão de que ele teria planejado pedir asilo à Argentina e sustentam que nunca houve proibição expressa para o uso de aplicativos de mensagens como o WhatsApp.

Com o novo prazo, a PGR deverá decidir se apresenta ou não denúncia contra Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, o que pode abrir mais uma frente de ação penal contra o ex-presidente às vésperas do julgamento do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado, marcado para a próxima terça-feira (2/9).

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