PROPAG

Projeto de federalização da MGI retorna para comissão após nova emenda

Assembleia retoma análise da proposta que transfere o controle da estatal à União; emenda busca garantir estabilidade aos trabalhadores

Publicidade
Carregando...

O projeto que autoriza a transferência do controle da Minas Gerais Participações S.A. (MGI) para a União voltou nesta quarta-feira (1º/10) à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O texto já havia recebido parecer favorável em primeiro turno, mas uma emenda apresentada pelo deputado Carlos Henrique (Republicanos), da base governista, levou a proposta novamente ao colegiado.

A alteração sugerida prevê que os 52 empregados efetivos da MGI tenham seus vínculos preservados em caso de federalização, com a garantia de absorção e realocação sem interrupção de contratos. O conteúdo é semelhante ao de uma emenda anterior, apresentada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) durante a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que acabou rejeitada pelo relator.

Com a nova emenda, a comissão deve emitir parecer específico, mas mantém válido o posicionamento favorável à transferência da MGI.

Atratividade da estatal

Diferentemente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), que, segundo o Executivo estadual, foi rejeitada pela União por ser dependente de recursos do Tesouro estadual, a MGI é vista como um ativo mais estratégico.

A companhia administra participações acionárias em empresas como Cemig, Copasa, Codemge e até na siderúrgica Gerdau, ainda que todas inferiores a 1%, além de gerir ativos imobiliários, recuperar créditos de antigos bancos estaduais, como o Bemge e a MinasCaixa, e atuar na captação de recursos no mercado de capitais.

Essa carteira diversificada é um dos fatores que tornam a empresa mais atraente para a União, dentro da estratégia de Minas de aderir ao Programa de Pleno Acompanhamento e Gestão Fiscal (Propag). O plano federal permite o parcelamento das dívidas estaduais em até 30 anos, com redução dos juros para patamares próximos ao da inflação.

Corrida contra o tempo

O governo Romeu Zema pressiona pela aprovação da proposta em ritmo acelerado, já que o prazo para apresentação dos ativos de Minas ao Propag termina em 30 de outubro. Até agora, a Assembleia autorizou a federalização da Codemge e da Codemig.

O projeto da MGI, no entanto, não é o único em debate. A Casa também discute a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode retirar a exigência de referendo popular para a privatização da Copasa, além do Projeto de Lei 4.380/2025, que trata diretamente da venda da companhia de saneamento.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Os dois textos, que tramitam em paralelo, reforçam a agenda do Executivo mineiro de avançar com a transferência de estatais e ativos públicos como forma de viabilizar o equilíbrio das contas e o pagamento da dívida bilionária do Estado com a União.

Tópicos relacionados:

almg cemig copasa minas-gerais

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay