O prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (Novo), expôs um "servidor fantasma" da prefeitura do município, que fica no Centro-Oeste de Minas, nesta sexta-feira (17/10). Em vídeo divulgado em suas redes sociais, o chefe do Executivo confronta o funcionário público, que ganha cerca de R$ 14 mil por mês, após capturar imagens de sua ausência durante o expediente, apesar de o ponto já ter sido registrado.

Azevedo — irmão do senador Cleitinho (Republicanos) — indaga o servidor sobre sua localização. Ele diz que estava em fiscalização. Contudo, é contestado pelo prefeito, que revelou que o acompanhava há cerca de 15 dias.

O funcionário público de carreira ia até a prefeitura para registrar o ponto biométrico facial. Na sequência, voltava para casa. Em uma das imagens feitas por Azevedo, ele registra o caminho percorrido pelo servidor da prefeitura até a residência. No vídeo, ele também mostra os comprovantes do registro do ponto.

O prefeito afirmou que levará a denúncia ao Ministério Público. Além disso, vai instaurar um processo administrativo. "Espero que você perca seu cargo", sentenciou o prefeito durante o diálogo. O flagrante ocorreu após denúncia recebida por ele.

Sem exposição

A gravação, conforme Azevedo, não visa expor o nome do servidor específico, mas impedir que condutas semelhantes se repitam na prefeitura. O gestor destacou seu respeito à maioria dos funcionários públicos. Entre o ano passado e este, o município efetivou cerca de 1,5 mil novos servidores.

"99% prestam serviços de excelência", afirmou.

Servidor fantasma: sem tolerância

Contudo, o prefeito frisou que não tolerará desvio de conduta de uma minoria, que compromete a eficiência e a imagem do serviço público municipal.

"Precisamos mostrar produtividade e excelência com o dinheiro do povo. A folha de pagamento da prefeitura é de mais de 30 milhões por mês", argumentou o prefeito.

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Conforme Gleidson, práticas como a do "servidor fantasma" tornam a administração mais cara para toda a população. Ele disse que há denúncias contra outros servidores e que todas serão apuradas. "Esse tipo de coisa aqui na prefeitura não vai acontecer mais. Tolerância zero!", concluiu.

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