FIQUE DE OLHO

Diabetes mellitus pode gerar perda irreversível da função visual?

Especialista explica cuidados e formas de prevenção da retinopatia diabética e outras doenças oculares e alerta para a importância do diagnóstico precoce

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Aos poucos, a visão começa a ficar turva, enxergar à noite se torna um desafio e manchas escuras passam a ocupar o olhar. Esses sintomas podem ser um alerta para uma doença silenciosa: o diabetes mellitus. Considerada crônica, atinge cerca de 12 milhões de brasileiros e pode gerar complicações, chegando à perda de função visual, em estágios mais avançados. Para marcar a semana de conscientização sobre a enfermidade, oftalmologista do Oftalmos Hospital de Olhos, Willian Ribeiro, especialista no tema, explica sobre os cuidados e formas de prevenção.

“Muitas complicações são imperceptíveis nos estágios iniciais e o paciente não sente alterações até que o dano seja significativo e já esteja instalado. Por isso, a mensagem mais importante é que o diagnóstico precoce e o acompanhamento são cruciais”, explica Willian. O médico conta que a doença pode afetar a visão de forma relevante devido à retinopatia diabética. “Esta é uma condição no qual os níveis altos da glicemia sérica, a hiperglicemia, vão levar a problemas vasculares e microvasculares, afetando os tecidos oculares fundamentais”. Considerada uma das principais causas de cegueira evitável no mundo, ocorre em pacientes sem acompanhamento clínico ou que tenham complicações.

A enfermidade ainda acelera o desenvolvimento de outras doenças oculares. “O edema macular diabético, aquele que causa uma visão embaçada devido ao cometimento da mácula, que é a parte central da retina, é uma delas. A catarata pode aparecer de uma forma mais precoce em pacientes diabéticos e o glaucoma também, especialmente o tipo neovascular”, acrescenta.

Tratamento exige disciplina

Para evitar que o diabetes se torne um problema para a visão, é necessário manter um controle rigoroso da progressão da retinopatia. “O tratamento vai depender do estágio da complicação e pode incluir injeções intraoculares de anti-VEGF, corticosteroides, para controlar o crescimento de vasos anormais e reduzir o edema macular, tratamento a laser com fotocoagulação, e, em casos desenvolvidos, uma cirurgia de retina ainda pode ser indicada”.

Willian ressalta que a retinopatia não tem cura, mas pode ser estabilizada a depender do tipo e do estágio, com possibilidade de se evitar a perda severa da visão. Por isso, é necessário que os pacientes realizem suas consultas oftalmológicas de rotina, mesmo que não possuam sintomas. A prevenção da doença abrange ainda o controle da glicemia, adoção de uma alimentação saudável, realização de atividades físicas e avaliação clínica regular.

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