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Estado de Minas COLUNA

Tempo de prova��es e aprendizado para os m�dicos

Os mais de 500 mil m�dicos brasileiros se alistaram volunt�rios na guerra contra o novo coronav�rus, sem distin��o de especialidade


20/10/2021 04:00 - atualizado 20/10/2021 07:12

Como qualquer brasileiro, esses profissionais também foram afetados psicologicamente, por causa da pressão a que foram submetidos
Pressionados, muitos m�dicos se infectaram, morreram ou perderam parentes com a doen�a (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Presa - 5/3/21)
Nesses �ltimos 20 meses, nenhum profissional esteve t�o perto do coronav�rus quanto o m�dico. Como a semana come�ou no Dia do M�dico, agora � oportunidade de lembrar que foram tempos dram�ticos, tempos de prova��es e de muito aprendizado para essa nobre profiss�o. Um amigo m�dico me diz que nunca valeu tanto a pena ser m�dico em sua inteireza, como nesses meses.

Tempos de um v�rus novo, com caracter�sticas imprevis�veis, que provocou uma doen�a nova tamb�m imprevis�vel, a ponto de se suspeitar que nem seja obra da natureza. � um v�rus que saiu de um laborat�rio e, estimulado, abriu-se em variantes de consequ�ncias e graus de cont�gio diferentes.

Desde Hip�crates, o pai da Medicina, se conhece o juramento que os formandos repetem cada ano, de buscar o bem do paciente. O C�digo de �tica M�dica traduz o juramento, estabelecendo que � vedado ao m�dico causar dano ao paciente, por a��o ou omiss�o. A Declara��o de Helsinque, da Associa��o M�dica Mundial, diz que � dever do m�dico promover e salvaguardar a sa�de de seus pacientes, e detalha os cuidados sobre a pesquisa que envolve seres humanos.

Nesses 20 meses, todos os dias foram de experi�ncias, pesquisas e descobertas, ante um novo inimigo, desconhecido e perigoso. Os m�dicos tiveram que enfrentar esse desafio em meio ao p�nico gerado e � emerg�ncia da pandemia.

Os mais de 500 mil m�dicos brasileiros se alistaram volunt�rios nessa guerra, sem distin��o de especialidade. Muitos morreram, outros foram infectados e muitos tiveram perdas na pr�pria fam�lia. Como tantos brasileiros, m�dicos tamb�m foram afetados psicologicamente, por causa das imensas press�es a que foram submetidos. Mas n�o esmoreceram, continuam no front dos hospitais, nas trincheiras das cl�nicas, experimentando, observando, pesquisando, conferindo sintomas, consequ�ncias e, sobretudo, amenizando o sofrimento e salvando vidas.

A estat�stica informa que quase 21 milh�es de infectados se recuperaram. Imagino que haja outro tanto de curados que n�o foram sequer registrados – e outro imenso grupo de brasileiros que se protegeram sob indica��es m�dicas que impediram maior a��o do v�rus.

Milhares de m�dicos trabalharam sob a press�o da pol�tica que se intrometeu na medicina; foram incompreendidos, perseguidos, injuriados, mas se mantiveram fi�is ao juramento �tico de buscar tratamento com todos os meios, aos primeiros sinais de uma doen�a, de comum acordo com o paciente. Esses t�m a consci�ncia de que a luta vale a pena, porque certamente salvaram milh�es. A esses a na��o deve o reconhecimento.

Os que mandaram o paciente para casa com dipirona, at� que sentisse falta de ar, precisam de bondosa compreens�o, porque n�o encontraram o caminho para se rebelar contra a voz corrente. Os que salvaram milh�es de vidas e evitaram sofrimento, v�o dormir cansados de tudo isso, mas com a consci�ncia tranquila.


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