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Estado de Minas ALEXANDRE GARCIA

Elei��o e seguran�a na pauta de Bolsonaro com os embaixadores

Embaixadores querem saber agora quais ser�o as conclus�es do inqu�rito da Pol�cia Federal sobre a invas�o dos computadores do TSE


20/07/2022 04:00 - atualizado 20/07/2022 08:11

O presidente Jair Bolsonaro reuniu embaixadores no Palácio da Alvorada para falar sobre segurança das eleições
O presidente Jair Bolsonaro reuniu embaixadores no Pal�cio da Alvorada para falar sobre seguran�a das elei��es (foto: Clauber Caetano/PR/AFP Photo)

Por que Bolsonaro convidou embaixadores para ouvirem, na resid�ncia presidencial, um relato sobre quest�es dom�sticas da pol�tica brasileira? Porque – muitos embaixadores me dizem – a desinforma��o sobre o Brasil � muito grande, e fica melhor sem intermedi�rios, ouvir da fonte prim�ria.

As narrativas, com a repeti��o e sem contesta��o, viram verdade. A maioria das not�cias de depois do encontro, confirmaram isso. Estavam l� mais de cem embaixadores. Um deles me diz que sentiu falta de alguns asi�ticos, que talvez n�o tenham entendido o convite. “Foi um encontro inusitado, de falar sobre pol�tica interna em plateia internacional. Mas, afinal, quem come�ou a internacionalizar o dom�stico foi o pr�prio TSE” - observou.

Depois que terminaram os 50 minutos de exposi��o de Bolsonaro, o presidente conversou amistosamente com os embaixadores. Poucos sa�ram logo depois de cumpriment�-lo. Alguns sa�ram 20 minutos depois, outros ficaram uma hora na conversa com o chefe de Estado.

Nos relat�rios para suas chancelarias, os embaixadores certamente relataram a conversa final e informal e resumiram a argumenta��o do presidente sobre a seguran�a das elei��es. Eles querem saber agora quais ser�o as conclus�es do inqu�rito da Pol�cia Federal sobre a invas�o dos computadores do TSE. O Brasil � importante para 150 pa�ses que recebem nosso principal produto: o combust�vel para o corpo humano.

Para os vizinhos, o Brasil � a pot�ncia sul-americana e o resultado da elei��o – na pr�tica entre dois candidatos – vai definir os pr�ximos anos. V�o contar que o presidente reafirmou que quer elei��o limpa e transparente, para que n�o haja contesta��o; que os militares foram convidados para a Comiss�o de Transpar�ncia do TSE, mas suas sugest�es de seguran�a, a fim de evitar outro hacker, n�o foram aceitas. “Ainda h� tempo de adotar o que os militares da �rea cibern�tica sugeriram”, disse o presidente.

Os presidentes do Supremo e do TSE, convidados, justificaram que n�o poderiam ir por raz�es de isen��o. Imagino que os ministros do Supremo que emitem opini�es no exterior consideram que a isen��o do magistrado s� vale dentro das fronteiras do Brasil. Fachin reafirmou, no mesmo dia, que o sistema � seguro, transparente e audit�vel. Mas n�o seria mais pacificador adotar o comprovante do voto digital acoplado a uma impressora? Por mais de uma vez foi lei aprovada no Congresso e foi usado em 2002 em Sergipe e Distrito Federal. O Supremo derrubou. Dilma vetou, derrubaram o veto. E recentemente Barroso foi ao Congresso ajudar a derrubar de novo o projeto.

Por qu�? N�o seria mais f�cil ter o comprovante? Todos ficariam satisfeitos e confiantes. E por que n�o aceitar sugest�es para mais seguran�a? Seria dividir com os militares da defesa cibern�tica a responsabilidade pela seguran�a da apura��o. O eleitor, certamente, quer que o voto dado seja realmente computado para seu escolhido. E a transpar�ncia precisa dar-lhe certeza disso. Afinal, elei��o n�o � do TSE; � do povo, de onde emana todo poder. E a elei��o � para decidir em m�os de quem ficar� o poder pol�tico no Brasil. Imagino que os embaixadores observaram nos seus relat�rios que o presidente, ao final, repetiu que elei��o � quest�o de seguran�a nacional.


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