
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conseguiu o que parecia imposs�vel: uniu diferentes setores da sociedade e representantes das mais variadas cores ideol�gicas contra os juros altos. Mais do que a decis�o de manter a Selic a 13,75% ao ano, o que incomodou foi o comunicado lac�nico do BC, que n�o deu sinais sobre quedas no futuro pr�ximo. “A decis�o do BC n�o � t�cnica coisa nenhuma”, diz Luiz Alves, s�cio-fundador da Versa Asset, gestora de um dos fundos multimercados mais rent�veis do pa�s. “� uma decis�o repleta de subjetividades.” Os empres�rios engrossaram as reclama��es. “Nada justifica o Brasil seguir com o t�tulo de campe�o mundial de juros reais”, diz uma nota assinada pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp). Na pol�tica, as lam�rias vieram de todos os lados, e agora h� quem defenda at� retrocessos, como o fim da autonomia do Banco Central. Contudo, um erro n�o deveria justificar outro.

Bolsa cai, mas des�nimo n�o dever� durar muito tempo
Como era de se esperar, uma ducha de �gua fria desabou sobre a bolsa brasileira no dia seguinte � decis�o do Banco Central em manter os juros nas alturas. Ontem, o Ibovespa caiu 1,23%, interrompendo uma sequ�ncia de altas em junho. Apesar do descontentamento dos investidores, analistas s�rios acham que o movimento � apenas pontual e n�o afeta, no m�dio prazo, a perspectiva de valoriza��o dos ativos. Afinal, cedo ou tarde o BC ter� de cortar a Selic, o que dever� impulsionar a renda vari�vel.
Para incorporador, taxa Selic � indefens�vel
O setor imobili�rio tem sido um dos mais penalizados pelos juros nas alturas. “A atual taxa � exorbitante e indefens�vel”, lamenta o vice-presidente de uma das maiores incorporadoras do Brasil. “O Banco Central errou feio na condu��o da pol�tica monet�ria e isso certamente vai atrasar a retomada econ�mica do Pa�s.” De fato, o executivo tem motivos de sobra para reclamar. No primeiro trimestre, os lan�amentos imobili�rios desabaram 30,2% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado.
Brasil est� no topo de ranking sobre bioenergia
Um estudo recente realizado pela Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Com�rcio e Desenvolvimento (Unctad) constatou a for�a da produ��o bioenerg�tica no Brasil. De acordo com o levantamento, o Pa�s ocupa o segundo lugar no ranking global que avaliou dados como capacidade instalada, perspectivas de neg�cios e �ndice de inova��o no setor. O resultado chama ainda mais a aten��o considerando o n�mero de na��es que foram avaliadas para a elabora��o da lista – 166 ao todo.
Rapidinhas
A incorporadora e construtora Direcional Engenharia protocolou ontem na Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) uma oferta prim�ria de a��es que poder� chegar a R$ 431 milh�es. De acordo com a Direcional, os recursos ser�o destinados principalmente para financiar o crescimento da empresa e otimizar a estrutura de capital.
A Amaggi, maior trading agr�cola de capital nacional, lan�ou um programa para promover a agricultura regenerativa. Chamada Amaggi Regenera, a iniciativa tem por objetivo impulsionar a ado��o de pr�ticas sustent�veis n�o s� nas fazendas do grupo, mas em toda a sua rede de parceiros. O projeto nasceu com o apoio da Embrapa.

O Mercado Livre foi eleito pela revista americana Time uma das “100 empresas mais influentes do mundo em 2023.” Para justificar a escolha, a publica��o disse que a empresa teve papel vital no desenvolvimento tecnol�gico da Am�rica Latina e na inclus�o financeira. O Mercado Livre nasceu na Argentina, mas tem no Brasil sua principal opera��o.
A inten��o de consumo das fam�lias, um term�metro importante da atividade econ�mica, subiu 2,6% na passagem de maio para junho, conforme levantamento da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC). Segundo a entidade, o otimismo s� n�o � maior pelo alto n�vel de endividamento.
R$ 176,8 bilh�es
foi a soma da arrecada��o de impostos e contribui��es em maio. Segundo a Receita Federal, � o maior valor da s�rie hist�rica iniciada em 1995

“N�s estamos contratando um problema futuro com essa taxa de juros. � isso o que essa decis�o significa. Ela est� contratando uma infla��o futura ou aumento da carga tribut�ria futura”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda