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Passei por dois c�nceres e garanto: o paciente deve falar sobre a doen�a

Cuidar da sa�de mental � t�o importante quanto o tratamento oncol�gico. Apoio psicol�gico � recomendado tamb�m a parentes e amigos do doente


04/02/2021 04:00


Sobrevivente que sou de dois c�nceres que matam muita gente – na mama e no intestino –, ambos tratados no Mater Dei, com absoluto sucesso, por Henrique Salvador e Marcus Martins, aproveito ser hoje o Dia Mundial de Combate ao C�ncer para abordar o assunto, porque recebi um e-mail da neuropsic�loga Leninha Espirito Santo Wagner que aborda o que sempre achei e professei: quem tem c�ncer deve falar sem restri��es sobre a doen�a, a sa�de mental � t�o importante quanto o tratamento. Nas duas vezes em que passei pelo problema, n�o tive o menor preconceito em abordar minha situa��o.

Da primeira vez, na mama, fiz radioterapia com Miguel Torres, no Hospital S�o Francisco – �nico da cidade que, na �poca, fazia o tratamento. Saindo da aplica��o, vinha direto trabalhar no jornal. Tinha como cuidado cobrir toda a �rea com muito creme hidratante, para n�o me queimar. N�o tive a menor sequela e passei em branco sobre preocupa��o mental sobre o c�ncer.

Passados alguns anos, o danado voltou no intestino. Queria ser operada, mas pedi ao Marcus que se fosse preciso fazer colostomia, deixasse o tumor l�. N�o suportaria ficar com aquela bolsa externa, para isso n�o tinha for�a mental. N�o foi preciso, e ele me recomendou fazer quimioterapia, que era aplicada em minha casa, uma trabalheira s�.

N�o me dei bem com o tratamento, fui parar no Mater Dei, para n�o morrer em casa. N�o morri, mas tamb�m n�o quis me submeter mais � qu�mio. Preocupado, o doutor Salvador me deu um prazo para recome�ar o tratamento. N�o quis mais – e estou aqui falando para quem quiser ouvir sobre minha experi�ncia, que n�o foi pouco, mas tamb�m n�o foi traumatizante.

Por isso, resolvi transcrever hoje o e-mail da neuropsic�loga, para quem o acompanhamento psicol�gico pode ajudar a enfrentar os momentos desafiadores do tratamento. O apoio mental � recomendado tamb�m a familiares e amigos do paciente.

“O tratamento de uma doen�a grave, como o c�ncer, nunca deve ser s� f�sico. Parte da luta pela cura est� no apoio psicol�gico que pacientes e familiares precisam receber para lidar com os desafios do tratamento m�dico. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional de C�ncer, o Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de c�ncer em 2021, e, neste 4 de fevereiro, dia em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao C�ncer, especialistas ressaltam a import�ncia do atendimento psicol�gico nessa jornada”, afirma Leninha Wagner.

“Sem sa�de mental n�o pode haver sa�de alguma. H� quem tenha estrutura mental forte, inabal�vel, mas h� quem tenha estrutura mais fragilizada. Diante da not�cia do diagn�stico da doen�a, ainda que n�o seja consigo, h� pessoas que ficam t�o abaladas que se abrem a quadros de doen�as mentais”, ressalta a neuropsic�loga.

Para a especialista, al�m do atendimento ao paciente, pessoas diretamente ligadas � situa��o tamb�m devem buscar ajuda.

“Todo o sistema familiar envolvido e comboio social mais pr�ximo se tornam a rede de apoio para o paciente no processo do diagn�stico, cirurgia, p�s-cir�rgico e tratamento. N�o raro, a depender da idade, dos v�nculos emocionais, do registro da subjetividade ou dos tra�os de personalidade, o pai, a m�e, o marido ou esposa, um dos filhos ou mesmo um amigo muito pr�ximo ficam mais alterados e precisam de mais apoio que o pr�prio paciente”, salienta.

A especialista tamb�m indica que o tratamento psicol�gico se inicie junto ao oncol�gico. “Ap�s o diagn�stico, v�m o tratamento, quimioterapia, radioterapia, exames auxiliares, acompanhamento com o cirurgi�o e o oncologista. Para todo esse enfrentamento, um profissional da sa�de mental pode ser de grande valia, no sentido de acompanhar a demanda mental de cada paciente, trazer novas decis�es, executar a��es ben�ficas, retirar comportamentos delet�rios e muito mais”, finaliza Leninha Wagner.

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