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Estado de Minas REFLEX�ES

Morte de Mar�lia Mendon�a trouxe reflex�es sobre a finitude da vida

Estamos aproveitando bem o nosso tempo? Vemos felicidade no fato de respirar? De estarmos com sa�deprecisamos? valorizar as pequenas coisas


09/11/2021 04:00 - atualizado 09/11/2021 07:32

Cantora Marília Mendonça
Cantora sertaneja, mesmo num breve tempo de vida, deixou bom legado (foto: DIVULGA��O)

Uma coisa que tem me chamado muita a aten��o � como que, at� hoje, tem gente que se acha. Pessoas que n�o perceberam que o mundo mudou e ficaram paradas em sua arrog�ncia, prepot�ncia e pseudostatus. Somos todos iguais. E se antes da pandemia essas pessoas n�o tinham percebido isso, depois desse per�odo todo de reclus�o era para ter tido este insight. Para os mais antigos, era para a ficha ter ca�do.

Diante de tantos problemas vividos, de tantas perdas repentinas, o que fica de importante? O amor, a solidariedade, a compaix�o, a simpatia, a igualdade. N�o importa a posi��o socioecon�mica, importa valorizar as pequenas coisas cotidianas que, infelizmente, n�o percebemos porque estamos vivendo no piloto autom�tico.

De manh� cedo, assim que abrem os olhos, quantas pessoas agradecem por estar vivas? Por ter recebido a gra�a de mais um dia? Sim, porque somos a �nica esp�cie que sabe que um dia a vida acabar�, que somos ef�meros, finitos. Quando nascemos, recebemos uma senha, o tax�metro come�a a rodar e n�o sabemos quando essa senha ser� chamada ou quando o tax�metro vai parar.

Este texto eu escrevi na sexta-feira (5/11) pela manh�, mas fiz quest�o de abrir par�nteses nele ontem (8/11), porque na tarde de sexta o Brasil foi surpreendido com a  perda de Mar�lia Mendon�a , uma menina de 26 anos, que era um fen�meno. Uma compositora e cantora que era a mais ouvida do pa�s, que tinha nada menos que 14 bilh�es de visualiza��es no YouTube, o dobro da popula��o do planeta.

Estamos chocados. Quando vi a not�cia, achei que era mentira. Senti exatamente a mesma coisa de quanto recebi a not�cia da morte dos Mamonas Assassinas. Como isso pode acontecer com uma pessoa t�o talentosa, que estava no auge da vida, com um  beb� de menos de 2 anos ? � a finitude da vida. Era a vez da senha dela. Digo isso com profundo pesar e sentimento.

Mas, neste pouco tempo de vida, pude ver o quanto ela fez. Disse muito, se posicionou. Dias antes, cantou uma m�sica linda para seu filhinho. Sabia que ia partir? Claro que n�o. Estava saud�vel, alegre, ia fazer o que mais amava, cantar para seu p�blico. Foi v�tima de um tr�gico acidente.

E n�s? Estamos aproveitando bem o nosso tempo? Vemos felicidade no fato de respirar? De conseguir levantar da cama sem ajuda, de andar, de mover nossos bra�os? De estar com sa�de? De ter um trabalho, uma fam�lia? Amigos! Precisamos ver as coisas boas nos detalhes, e com responsabilidade, para n�o desperdi�ar nosso tempo.

Ontem, falei aqui de ditos populares, mas tem um, cert�ssimo, que vou citar hoje – “Tem tr�s coisas que n�o voltam: a palavra dita, a flecha lan�ada e oportunidade perdida” ou o tempo perdido. E temos que parar e pensar como temos agido diante dessas tr�s quest�es.

Conhe�o uma pessoa. J� est� mais velha, passou por alguns problemas na vida e est� agora com dificuldades financeiras. Foi abra�ada pela fam�lia e, com toda a ajuda e amor que tem recebido, age como se fosse a dona do mundo. Tem o rei na barriga. D� ordens de forma autorit�ria e fala com os empregados dos outros, que est�o ajudando essa pessoa, como se fossem funcion�rios dela. E o pior, de uma forma que humilha. Se algu�m entender, me explique, porque eu n�o consigo.

O que leva uma pessoa a humilhar outras com uma maneira prepotente de falar, apenas por achar que s�o inferiores. Inferiores em qu�? Por que prestam um servi�o para voc�? Pessoas que trabalham para n�s s�o importantes porque nos ajudam.

Tem coisa pior do que presenciar briga de casal? J� vi algumas. Na hora da briga, dizem coisas que n�o deveriam. Palavras ditas ficam marcadas para sempre. Ferem. A ferida pode at� curar, mas a cicatriz permanece.

E, por fim, como tem gasto o seu tempo? De forma proveitosa ou perdul�ria? J� manifestou o seu amor pelas pessoas hoje? N�o devemos perder tempo, n�o devemos deixar para amanh� o que podemos fazer hoje. Vamos viver de forma leve. A vida hoje exige leveza.

N�o estou dizendo para vivermos uma mentira, como nos posts das redes sociais, onde tudo � um mundo cor-de-rosa, “perfeito”. N�o. Temos problemas, vivemos a vida real, mas tudo depende de como encaramos todos esses percal�os pelos quais passamos. Isso � a vida, assim � a vida.

*Isabela Teixeira da Costa/Interina



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