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Estado de Minas coluna

Sem telefone, �gua e toalete. Ningu�m merece!

Passei uma semana de c�o, n�o por minha culpa. Acabou at� a �gua benta do padre Fernando, que me protege na hora dos contratempos


13/11/2021 04:00 - atualizado 13/11/2021 04:17

Desenho de um telefone tem uma cara irritada no disco

Tenho enfrentado �pocas que fragilizam qualquer pessoa, f�sica e espiritualmente. N�o fosse a vida o que �, �s vezes os trancos s�o t�o fortes que � preciso pedir aux�lio ao frasco de �gua benta que recebi do padre Fernando, que por sinal acabou.

A semana que termina hoje trouxe com ela problemas que independem de nossa interfer�ncia. Escrevo esta coluna e meu telefone da Oi est� mudo. J� recebi duas visitas de t�cnicos da empresa, que chegam, olham daqui, olham dali e n�o conseguem fazer nada.

Estive com o �ltimo cara a cara, perguntei pelas dificuldades, ele nada informou. Expliquei que preciso do servi�o e ficou por isso mesmo. Estou h� mais de 10 dias sem poder me comunicar com ningu�m – j� contei aqui antes. O t�cnico disse que avaliaria o problema na parte externa da casa e se mandou, n�o deu mais not�cias. Isso me deixa irritad�ssima, n�o tanto pela falta de comunica��o, mas pela falta de respeito com o contribuinte.

Deixando a falta de telefone de lado, n�o desejo para ningu�m a tal crise de virose que tive. � igual � Oi: finge que conserta, some e n�o conserta. Se voc� fica com fome e come, a agonia aumenta. E como a m�dica do Mater Dei que me atendeu recomendou mais de dois litros de �gua por dia, cumpro. E nada acontece. Curiosamente, parece que a desidrata��o foi embora, porque como n�o consigo me alimentar, o diabetes resolveu colaborar e baixou para menos de 100, o que � uma gl�ria.

Como sou “param�dica”, n�o estou conseguindo nem sequer avaliar os sintomas emitidos pelo corpo. � claro que vou vencer a crise – s� n�o consigo avaliar como e de que jeito.

Para completar os problemas j� t�o irritantes, fui parar no F�rum, intimada a participar de audi�ncia do caso de um amigo. N�o vou entrar em detalhes, porque n�o � legal e nem honesto. S� vou comentar � que mesmo quem vai depor enfrenta problemas que n�o consegue superar.

O F�rum, todos conhecem, � imenso. Quem entrou, entrou. E n�o tente sair, porque � complicado voltar. Resultado: fui parar l� pensando que por ser local p�blico, de grande movimento e audi�ncias demoradas, deveria contar com os confortos m�nimos que existem em todos os lugares.

Acontece que o F�rum n�o tem uma lanchonete onde se possa comprar uma garrafa de �gua – e tamb�m n�o tem �gua. Quem quiser se hidratar deve voltar � rua e comprar a mineral num bar das vizinhan�as. Como estava com muita sede, fui perguntar a um dos guardas que tomam conta do local onde poderia arrumar um pouco de �gua. Ele informou que s� teria �gua se tivesse comigo uma garrafinha. Para colh�-la no bebedouro do andar, que tem �gua, mas n�o tem copinho de pl�stico. Quem conhece o F�rum leva sempre uma garrafinha para se defender. J� pensou?

E os toaletes? S�o dois em cada andar, cada um mais distante do outro, algo complicado para a pessoa de mais idade que vai l�. Num dos momentos de maior aperto, pensei em invadir uma sala daquelas e levar a lata de lixo que fica na porta, forrada com saco pl�stico, para me satisfazer. N�o tive coragem – felizmente, fui liberada antes, depois de tr�s horas de espera.

Chegando em casa, ligo a TV para descansar e dou de cara com a hist�ria do padre de S�o Benedito, bairro de Santa Luzia, que anda abusando das fi�is. Prestei aten��o, mas, para ser leal, devo confessar: como sou da parte antiga, colonial, da cidade, n�o levo em considera��o o bairro novo, apesar de saber que a renda arrecadada por l� ajuda muito a ala antiga, que praticamente n�o tem com�rcio.

N�o estou querendo defender o padre, s� n�o consigo entender como � que a mulher que se diz abusada sexualmente deixa que isso aconte�a mais vezes, n�o caia fora. Uma das maiores gra�as que achei foi o depoimento de uma delas, que contou ao marido o que estava acontecendo e ele recomendou que ela fosse � pol�cia.

Pior ainda foi as que contaram que continuam deixando o padre fazer o que quer, porque ele paga. Como � o nome disso mesmo?


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