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Estado de Minas SA�DE

Congelamento de �vulos permite � mulher com c�ncer engravidar futuramente

Procedimento auxilia a paciente, caso sua fertilidade seja prejudicada por tratamentos como a quimioterapia ou a radioterapia


19/11/2021 04:00 - atualizado 19/11/2021 07:44

Procedimento de congelamento de óvulos
O congelamento de �vulos permite fertiliza��es bem-sucedidas (foto: Segs/reprodu��o)
O diagn�stico de c�ncer � acompanhado de muito medo e apreens�o por parte do paciente. Afinal, a doen�a, al�m de ser cercada de grandes estigmas, afeta uma s�rie de setores da nossa vida, incluindo o familiar, o social e o psicol�gico. No caso de mulheres que desejam ter filhos, outro fator importante deve ser levado em considera��o: a fertilidade, que pode ser prejudicada por tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia.

“Uma das maiores complica��es desses tratamentos � a perda da fun��o das g�nadas, como os ov�rios, o que causa infertilidade, seja ela permanente ou tempor�ria”, explica Rodrigo Rosa, especialista em reprodu��o humana e diretor da Cl�nica Mater Prime, em S�o Paulo.

Para muitos, essa quest�o pode parecer trivial em meio ao tratamento oncol�gico, mas, ap�s a cura, a fertilidade geralmente se torna uma quest�o importante para a mulher. “� muito dif�cil prever quais as chances de a paciente sofrer com infertilidade ap�s a cura, pois o impacto do tratamento oncol�gico sobre os ov�rios vai depender da gravidade do c�ncer, o tipo de qu�mio ou radioterapia utilizada e a idade”, diz o m�dico.

Mas n�o � preciso esperar para descobrir se o tratamento afetar� a fertilidade. Assim que for diagnosticada com c�ncer, a paciente pode buscar um especialista em reprodu��o humana. “Uma op��o para quem deseja engravidar � o uso de subst�ncias capazes de induzir um estado de quiesc�ncia celular, ou seja, impedir a prolifera��o das c�lulas, suprimindo assim a atividade ovariana, o que ajuda a proteger os ov�rios dos efeitos t�xicos produzidos pelos quimioter�picos”, destaca o m�dico.

Na maioria dos casos, a melhor estrat�gia � o congelamento dos �vulos, garantindo que pacientes que correm risco de les�o dos ov�rios devido ao tratamento oncol�gico possam engravidar futuramente. “A criopreserva��o consiste na conserva��o dos �vulos em nitrog�nio l�quido. Na temperatura de 196OC negativos, essas c�lulas mant�m o metabolismo completamente inativado, mas preservando seu potencial e viabilidade, o que permite que sejam utilizadas posteriormente para a fertiliza��o”, explica Rosa.

Para que �vulos ou embri�es sejam coletados, � necess�rio um per�odo de estimula��o farmacol�gica dos ov�rios, o que pode causar certa preocupa��o devido � necessidade de adiamento do in�cio do tratamento oncol�gico. Por�m, o tempo necess�rio para a estimula��o ovariana � curto – em m�dia, de 10 a 15 dias.

“No geral, o ciclo de congelamento de �vulos inicia-se com o uso de p�lulas anticoncepcionais por uma ou duas semanas para desativar temporariamente os horm�nios naturais. Em casos de urg�ncia, como antes da terapia contra o c�ncer, ignoramos essa etapa e seguimos para o processo de estimula��o hormonal dos ov�rios e amadurecimento dos �vulos, o que leva cerca de 10 dias. Ap�s amadurecerem adequadamente, os �vulos s�o removidos com uma agulha colocada na vagina sob orienta��o de ultrassom, o que � feito com seda��o intravenosa, e s�o congelados imediatamente”, diz Rodrigo Rosa.

“Quando a mulher � rapidamente encaminhada a um centro de reprodu��o humana, a criopreserva��o dos �vulos n�o retarda significativamente o in�cio do tratamento do c�ncer, sendo assim uma op��o v�lida e segura que n�o possui grande impacto sobre as chances de cura da doen�a”, afirma o especialista em reprodu��o humana.

Em seguida, a mulher pode seguir com o tratamento oncol�gico normalmente. “Com o c�ncer tratado e a paciente pronta para tentar a gravidez, os �vulos s�o descongelados, injetados com um �nico espermatozoide para obter a fertiliza��o e transferidos para o �tero como embri�es”, detalha o especialista.

A fertiliza��o n�o precisa ser realizada logo ap�s a finaliza��o do tratamento do c�ncer. “O recomendado � aguardar no m�nimo dois anos antes de tentar engravidar, para que se exclua o risco de recidivas da doen�a. Mas os �vulos podem permanecer congelados por muito mais tempo. Com base em evid�ncias cient�ficas, estamos confiantes de que o armazenamento de longo prazo de �vulos congelados n�o resulta em diminui��o da qualidade. Em um caso, o embri�o foi mantido congelado por 27 anos e ainda assim gerou uma gravidez bem-sucedida”, informa o m�dico.

O melhor de tudo � que o procedimento apresenta resultados favor�veis. “Taxas de descongelamento de �vulos e de fertiliza��o bem-sucedida de 75% s�o esperadas em mulheres de at� 38 anos. Para 10 �vulos congelados, espera-se que sete sobrevivam ao degelo e cinco ou seis fertilizem e se tornem embri�es. Normalmente, de tr�s a quatro embri�es s�o transferidos em mulheres de at� 38 anos. Portanto, recomendamos que 10 �vulos sejam armazenados para cada tentativa de gravidez. A maioria das mulheres com 38 anos ou menos pode esperar colher de 10 a 20 �vulos por ciclo”, destaca Rodrigo Rosa, lembrando que a criopreserva��o � um procedimento muito seguro, tanto para a m�e quanto para o beb�.

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