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Estado de Minas ANNA MARINA

Fam�lia deve estar atenta �s s�ndromes geri�ticas que mudam a vida do idoso

Juliano Burckhardt, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria, explica como lidar com os v�rios processos de envelhecimento do organismo


23/11/2021 04:00 - atualizado 23/11/2021 07:31

Ilustração mostra mulher de cabelos brancos e óculos diante de várias interrogações
O processo natural de envelhecimento (foto: Artes.EM/D.A Press)
processo natural de envelhecimento do organismo muda as coisas em nosso corpo. � claro que cada pessoa envelhece de forma diferente, mas todos notaremos algum tipo de altera��o. Alguns idosos tamb�m podem apresentar s�ndromes geri�tricas.

“Com o envelhecimento, perdemos muito da nossa reserva funcional, observamos mudan�as na locomo��o, no c�rebro, no metabolismo e na imunidade. Entendemos por s�ndromes geri�tricas as doen�as e condi��es de sa�de que t�m alta preval�ncia nos consult�rios e, de alguma forma, afetam a autonomia e a independ�ncia, interferindo na capacidade do idoso de realizar tarefas cotidianas. Em muitos casos, ele precisar� de ajuda familiar ou de um cuidador”, afirma o geriatra Juliano Burckhardt.

Cardiologista e nutr�logo, ele faz parte da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para ajudar os pacientes, o m�dico detalha aqui essas s�ndromes e seus sintomas.

• Incapacidade comunicativa. Com o passar da idade, � comum sofrer com condi��es que afetem a comunica��o, pois pode ocorrer perda de audi��o, dificuldade na fala e na compreens�o. “Isso se torna perigoso caso leve o idoso a se isolar por n�o conseguir interagir, aumentando riscos emocionais e afetando a sa�de mental”, explica o m�dico. Deve-se buscar tratamento (um aparelho auditivo pode ajudar) e meios de intera��o social, o que mant�m o c�rebro ativo.

• Insufici�ncia familiar. Uma das principais reclama��es dos idosos � a falta de aten��o da fam�lia, o que pode ter v�rias consequ�ncias: do descuido com a sa�de at� quadros de ansiedade, estresse e depress�o.

“A falta de apoio, acolhimento e aten��o familiar pode ser causa e consequ�ncia de diversos problemas, deixando os mais idosos suscet�veis a condi��es de sa�de que poderiam ser evitadas. A perda do companheiro, somada � s�ndrome do ninho vazio, traz melancolia, por isso o papel familiar � fundamental, inclusive para ajudar a manter a capacidade comunicativa do idoso”, explica Juliano Burckhardt.

• Incapacidade cognitiva. A perda de fun��es cerebrais – mem�ria, fun��o executiva, linguagem, capacidade de racioc�nio, gnosia (reconhecimento de est�mulos visuais, auditivos e t�teis) e praxia (capacidade de executar um ato motor) – merece aten��o.

“O c�rebro e o sistema nervoso s�o afetados pelo envelhecimento, pois h� diminui��o do n�mero de c�lulas cerebrais, da comunica��o entre os neur�nios e da capacidade do organismo de criar novas conex�es neuronais. O racioc�nio fica mais lento, processar informa��es se torna mais dif�cil e lapsos de mem�ria mais frequentes. Devido a altera��es no sistema nervoso, podemos notar mudan�as no equil�brio, percep��o, postura e sensibilidade”, explica o geriatra.

Aprender uma l�ngua, conhecer novos lugares, ler livros e manter bons relacionamentos sociais pode ajudar a evitar dem�ncia, doen�as mentais, delirium (confus�o mental) e depress�o.

• Instabilidade postural. Com a idade, h� diminui��o do tamanho e densidade dos ossos, que se tornam mais fracos, porosos e suscet�veis a fraturas. “� por esse motivo que algumas pessoas perdem alguns cent�metros de altura ao envelhecerem”, diz Juliano Burckhardt. Com isso, aumenta a chance de quedas, a sexta causa de morte em idosos.

Tamb�m devem ser avaliadas a acuidade visual, a capacidade respirat�ria e cardiovascular e as comorbidades (miopia, astigmatismo, labirintite, vertigens). � importante colocar barras de seguran�a nas paredes dos banheiros e tapetes emborrachados para evitar escorreg�es.

• Imobilidade. “Os m�sculos perdem for�a, resist�ncia, massa e flexibilidade, o que contribui para a redu��o da mobilidade, do equil�brio, da for�a e da estabilidade”, diz o geriatra. A incapacidade de deslocamento pode exigir que o idoso dependa de um familiar ou de um cuidador.

• Incontin�ncia urin�ria. “O processo de envelhecimento causa a redu��o da elasticidade e, consequentemente, da reserva funcional dos rins. M�sculos da bexiga e do assoalho p�lvico perdem for�a, o que pode dificultar a elimina��o total da urina e o controle da bexiga, resultando em incontin�ncia urin�ria”, explica o especialista.

De acordo com o geriatra, � fundamental levar o idoso ao m�dico. “O diagn�stico das s�ndromes geri�tricas � feito com testes e exames, mas tamb�m pode ser cl�nico”, ressalta Juliano Burckhardt.

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