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Estado de Minas SA�DE

Perdas auditivas complicam, e muito, a vida de adultos e das crian�as

Especialista Humberto Guimar�es alerta para o problema e d� dicas sobre pr�teses e tratamentos. O primeiro passo � consultar o otorrinolaringologista


29/11/2021 04:00 - atualizado 29/11/2021 07:46

Ilustração criada por Fernando Lopes mostra um ouvido no formato de interrogação
(foto: Fernando Lopes/CB/D.A Press)
Humberto Guimar�es, meu m�dico h� anos e anos, que consegue colocar meu labirinto no lugar quando estou t�o tonta que n�o consigo andar direito, enviou seu texto prometido h� muito tempo. Na coluna de hoje, compartilho as dicas interessantes dele com os leitores:

"Li e gostei da sua cr�nica 'Dif�cil � ouvir � TV', publicada no jornal Estado de Minas. Veio a calhar esse artigo, pois 26 de setembro foi Dia Nacional do Surdo e 10 de novembro o Dia Nacional da Preven��o da Surdez. Tendo sido por dois per�odos (quatro anos) presidente da Sociedade Brasileira de Otologia, promov�amos nessa �ltima data campanhas de �mbito nacional com atividades educativas e preventivas. Entre elas, a primeira a��o dedicada a crian�as na idade escolar, denominada 'Quem ouve bem aprende melhor', e outra para os adultos, 'Diagn�stico precoce das perdas auditivas'.

Cumprimentando voc� pelo artigo, tomo a liberdade de acrescentar algumas outras informa��es importantes a respeito das perdas auditivas, seu diagn�stico e formas de tratamento.

Nos tempos de pandemia, quando o isolamento � imperativo e for�a sobretudo idosos a ficarem em casa, temos que lan�ar m�o de �timos passatempos. Ler um bom livro, assistir a programas e s�ries na TV, ter um bom papo com familiares e amigos pelo celular distrai e ajuda o tempo passar.

Para isso � fundamental ter boa vis�o e �tima audi��o. Entretanto, � nessa situa��o que as pessoas descobrem suas dificuldades visuais e auditivas.

A cegueira nos afasta do mundo externo e a surdez nos afasta do conv�vio com as outras pessoas. Se algu�m perde parte da vis�o, percebe isso. Mas se algu�m perde parte da audi��o, quem vai perceber s�o as pessoas com quem convive.

No adulto, a defici�ncia auditiva n�o s� dificulta a comunica��o, mas gera inseguran�as no relacionamento social e profissional, perda da autoestima, depress�o, nervosismo e isolamento.

Na crian�a, altera��es auditivas produzem consequ�ncias mais s�rias em rela��o ao adulto. Elas n�o se restringem a dificuldades lingu�sticas, abrangendo altera��es comportamentais, cognitivas, emocionais, afetivas e sociais.

Que caminho deve ser seguido por uma pessoa com suspeita – ou certeza – de altera��es auditivas? O primeiro passo � marcar consulta com o otorrinolaringologista. Por meio hist�ria do paciente, do exame f�sico e de testes espec�ficos, ele vai constatar a perda auditiva, sua classifica��o e sua localiza��o, seja no conduto auditivo externo na orelha m�dia, na orelha interna, na via auditiva central ou em �reas auditivas do enc�falo.

No segundo passo, o m�dico, auxiliado por exames complementares, vai diagnosticar a causa da surdez e indicar o tratamento adequado, seja cl�nico ou cir�rgico.

No caso especifico do seu artigo, vamos aqui tecer coment�rios sobre as pr�teses auditivas utilizadas para recuperar a audi��o.

Trata se de um dispositivo eletr�nico que utiliza pilhas e funciona como amplificador e processador de sons, relacionando o usu�rio, da forma mais natural poss�vel, com o ambiente sonoro onde ele se encontra. A partir desse est�gio, � necess�ria a colabora��o do fonoaudi�logo. Esse profissional, o m�dico e o paciente v�o escolher a pr�tese que, de acordo com os exames, pode oferecer o melhor rendimento funcional, com aspecto est�tico compat�vel.

Existem v�rios tipos de pr�teses. Vamos dividi-las em dois grupos principais: as pr�teses remov�veis (Aaasi) e as pr�teses implant�veis por cirurgia.

As remov�veis podem ser retroauriculares intrauriculares, intracanais e intracanais profundas. As implant�veis por cirurgia podem ser passivas, como as ancoradas no osso temporal, ou ativas, que levam o som diretamente para a c�clea. Pertencem tamb�m a essa categoria os implantes cocleares e os implantes de tronco cerebral.

A compra da pr�tese n�o significa o fim do processo. � necess�rio um per�odo de adapta��o e reabilita��o com o fonoaudi�logo, al�m de acompanhamentos peri�dicos com o otorrino para evitar complica��es devidas ao uso.

Quais s�o as causas da recusa do tratamento? O tipo de pr�tese, o pre�o, a est�tica, a falta do per�odo de adapta��o e reabilita��o, al�m da impaci�ncia das pessoas.

Muitas vezes, o paciente com perda auditiva bilateral faz a op��o de protetizar somente um ouvido. N�o � a conduta correta. O uso da pr�tese nos dois ouvidos tem v�rias vantagens, como a melhor discrimina��o auditiva em ambientes ruidosos e, sobretudo, a facilidade de localizar a fonte sonora.”

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