Al�m de serem uma altera��o est�tica, as varizes podem evoluir para problemas mais s�rios, por isso a avalia��o do m�dico � fundamental. Enquanto a pandemia for�a o home office e, em muitos casos, o sedentarismo, devemos estar atentos �s veias dilatadas e tortuosas que perderam sua fun��o. Elas causam danos est�ticos, mas tamb�m circulat�rios.
“As principais complica��es das varizes surgem em fun��o da falta de aten��o � doen�a. Ao menor ind�cio dos sintomas mais comuns, que s�o dor, incha�o, sensa��o de peso e cansa�o nas pernas, o paciente deve procurar imediatamente a ajuda de um m�dico”, afirma a cirurgi� vascular e angiologista Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
“Embora a causa seja desconhecida, fatores gen�ticos est�o ligados ao aparecimento de varizes. Quem herda veias mais finas, por exemplo, tem mais chances de desenvolver essa condi��o. Fatores como a menor produ��o de col�geno e elastina e a menor resist�ncia das paredes das veias tamb�m contribuem para o seu surgimento”, explica Marcelo Sady, p�s-doutor em gen�tica e diretor-geral da Multigene.
De acordo com os especialistas, quando o tratamento n�o � realizado o organismo pode ser afetado por v�rias complica��es. A seguir, listamos algumas delas:
Insufici�ncia venosa cr�nica – Em geral, mulheres de mais idade podem sofrer com esse problema, que tem rela��o com o n�mero de gesta��es, a obesidade e o hist�rico familiar. Dor, coceira, formigamento, queima��o, fadiga, c�ibras musculares, incha�o e sensa��o de peso s�o os principais sintomas.
�lceras venosas – Consequ�ncia do agravamento da insufici�ncia venosa cr�nica, as �lceras s�o feridas abertas que exigem cuidado especializado. Causam dor e s�o muito dif�ceis de curar. Ap�s o tratamento, cuidados e acompanhamento devem ser permanentes.
Dermatite ocre – O sangue acumulado nas veias extravasa e mancha a pele das pernas com uma colora��o acastanhada, semelhante � ferrugem. A cor tem rela��o com o ferro contido nos gl�bulos vermelhos, que se rompem, liberam hemoglobina e isso altera a colora��o da pele da regi�o.
Tromboflebite superficial – A famosa trombose se refere � condi��o na qual h� o desenvolvimento, nas veias das pernas e das coxas, de um trombo, co�gulo sangu�neo que entope a passagem do sangue. Um pequeno co�gulo pode se desprender e correr pela circula��o at� chegar ao pulm�o, o que � chamado de embolia pulmonar, causando dor no peito, tosse, cansa�o, falta inesperada de respira��o e, em casos mais graves, morte s�bita.
Como as veias t�m diferentes espessuras, o diagn�stico m�dico determinar� como tratar as varizes de acordo com o calibre de cada vaso e os sintomas da paciente.
“A gen�tica pode ser usada para prevenir e tratar o problema de maneira mais eficiente. O DNA tamb�m pode ajudar a chegar a um resultado mais satisfat�rio, al�m de evitar o surgimento de mais veias dilatadas”, informa o geneticista Marcelo Sady.
Segundo ele, a Multigene oferece um exame gen�tico espec�fico para detectar a presen�a de variantes ligadas � maior incid�ncia de varizes, determinando qual � o risco de desenvolv�-las, al�m de recomendar sugest�es baseadas na ci�ncia – e no DNA do paciente – para controlar a a��o dessas variantes por meio de modifica��es do estilo de vida da pessoa.
Para as veias que j� apareceram, h� diversas op��es no consult�rio. “Escleroterapia (subst�ncia qu�mica injetada dentro da veia), uso de lasers e radiofrequ�ncias, espuma densa ou procedimentos que combinem as t�cnicas s�o excelentes op��es”, explica Aline Lamaita.
Cirurgias tamb�m podem ser indicadas, a depender do caso. “Apenas o m�dico especialista poder� avaliar a principal fonte do problema, pois muitas vezes temos uma veia nutr�cia, uma esp�cie de veia-m�e, que precisa ser identificada por meio da tecnologia de realidade aumentada, e eliminada. Caso contr�rio, o tratamento n�o ter� efetividade”, finaliza a angiologista.