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Estado de Minas SA�DE

C�ncer no c�rebro ainda � desafio para m�dicos e pesquisadores

Tumores cerebrais s�o alvo de v�rios estudos, sobretudo em rela��o a suas causas. � preciso estar atento para identificar dores de cabe�a diferentes


05/02/2022 04:00 - atualizado 14/02/2022 08:53

Ilustração mostra a cabeça de um homem, de lado, tendo ao fundo tela com fundo preto, com o desenho de uma cruz

Como ontem foi o Dia Internacional de Combate ao C�ncer, vale a pena voltar ao assunto para lembrar que o c�ncer do c�rebro, muitas vezes, � confundido com uma dor de cabe�a terr�vel – poucos se lembram de procurar mais profundamente a raz�o. O excesso de �lcool est� ligado ao c�ncer no f�gado, j� o cigarro est� relacionado ao c�ncer de pulm�o. Quando s�o feitas essas associa��es, criam-se mecanismos para fornecer informa��es �s pessoas, a fim de adequar seus h�bitos.

No entanto, quando o assunto � c�ncer no c�rebro, estamos navegando no vazio. “Os tumores cerebrais ainda s�o alvo de muitos estudos, principalmente com rela��o a suas causas. Por isso, n�o existem medidas para preven��o. Tamb�m n�o existem sinais de alerta que permitem dizer ao m�dico, hoje, que o paciente tem c�ncer cerebral. Ainda n�o temos uma forma de rastreamento que compense ser aplicada em n�vel populacional para evitar essa doen�a”, explica Gabriel Novaes de Rezende Batistella, m�dico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America.

“Apesar disso, o tumor gera sintomas, a depender de onde ele nasce. Um tumor de 0,5cm que nasce no lugar errado pode colocar o paciente na cadeira de rodas, mas um tumor de 10cm longe de �reas nobres pode nem sequer gerar sintomas se crescer bem lentamente. De qualquer forma, temos que levantar suspeitas de que algo errado est� acontecendo em nosso c�rebro quando h� dores de cabe�a diferentes das habituais, mais fortes e que respondem menos aos rem�dios, fraquezas de um s� lado do corpo, crises epil�pticas, redu��o da sensibilidade em alguma parte do corpo, boca torta ou rosto torto”, afirma Batistella.

A pessoa deve estar atenta para identificar esta dor de cabe�a diferente. “A suspeita de tumores cerebrais n�o � levantada com qualquer dor de cabe�a comum, apenas quando ela apresenta algum alarme, ou seja, � diferente. O surgimento de uma dor de cabe�a nova (para quem nunca sente esse tipo de dor), a mudan�a do tipo de dor de cabe�a, a piora da intensidade (quando ela fica mais forte com o passar do tempo e de dif�cil controle), aumento da frequ�ncia (quando aparece mais vezes), ou quando a dor � fixa (toda vez aparece no mesmo lugar) s�o sinais que podem ajudar no diagn�stico”, afirma o neurologista.

Epilepsia com quadros de desmaio, fadiga, formigamento no corpo, amn�sia, confus�o mental ou outras crises convulsivas, principalmente quando o paciente apresenta a crise pela primeira vez, ou n�o tenha recebido o diagn�stico de epilepsia antes, tamb�m pode ser motivo de preocupa��o.

Outro sintoma comum � a perda de fun��es neurol�gicas, com os chamados d�ficits focais. Segundo o Instituto Nacional do C�ncer (Inca), o paciente pode apresentar perda de for�a ou do tato nos membros; perda de vis�o ou de audi��o; altera��es da fala ou da capacidade intelectual (compreens�o, racioc�nio, escrita, c�lculo, reconhecimento de pessoas); ou de comportamento (apatia, agita��o ou agressividade).

“O surgimento de uma ou mais dessas altera��es neurol�gicas deve ser sempre relatado ao m�dico para acelerar o diagn�stico”, recomenda Gabriel Batistella.

A percep��o do paciente � importante, pois n�o h� meios de rastreio efetivos para identificar tumores no in�cio do seu crescimento. “Nosso c�rebro n�o tem receptores para dor, ele � protegido pela calota craniana, muito diferente dos seios, que podem ser apalpados; dos pulm�es, que podem ser auscultados; e do intestino, que pode ser visualizado facilmente. Pedir para que todos fa�am tomografia de cr�nio seria imprudente e aumentaria terrivelmente irradia��es em pessoas saud�veis”, observa Batistella.

“Nem precisamos comentar quanto � resson�ncia magn�tica, exame caro e de dif�cil acesso para muitos pacientes. Quando encontrarmos maneiras efetivas de frear esses tumores, talvez possamos sugerir formas de gerar preven��o em n�vel populacional, salvando muitas vidas. Mas ainda � cedo”, explica. No caso do tratamento, o neuro-oncologista aponta tr�s pilares principais: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Em casos extremamente bem selecionados, podemos tentar, em car�ter de exce��o, terapias-alvo ou imunoterapias, mas ainda n�o s�o estrat�gias provadas efetivas em tumores cerebrais, apesar de os estudos estarem extremamente avan�ados”, conclui.

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