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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Mudar de opini�o faz parte do amadurecimento, do aprendizado da vida

Somos humanos, imperfeitos, erramos, mas podemos reconhecer nosso erro, arrepender, pedir perd�o e seguir em frente


03/08/2022 04:00 - atualizado 03/08/2022 09:49

 Ilustração coluna da anna marina
Lembramos das mordidas que tomamos ao longo da vida, mas nunca lembramos das mordidas que demos nos outros

Quando decidi abrir um site de cr�nicas e artigos, conversei com uma colega aqui do jornal perguntando sua opini�o. Ela me disse v�rias coisas muito legais, me incentivou, mas fez uma ressalva: n�o escreva nada sobre Deus nem sobre pol�tica, s�o temas pol�micos e os coment�rios podem ser agressivos. Evito falar ao m�ximo sobre pol�tica, at� porque esse tema, de uns anos pra c�, virou motivo de acirradas brigas entre amigos e entre fam�lia, mas n�o consigo evitar falar de Deus.

Por isso, que me perdoem os leitores ateus e agn�sticos, mas a cada dia que passa me apaixono mais por Deus e sua infinita sabedoria. Ele � de fato maravilhoso. Uma das coisas que tem me encantado bastante � a beleza da vida, que nos foi dada por Ele. Uma das coisas que acho mais lindo na vida � o fato de termos filhos, ensinarmos as coisas a nossos filhos e, com o passar dos anos, eles passam a nos ensinar coisas – e essa troca de ensinamentos, de experi�ncias � que torna a vida t�o rica.

Ontem (2/8), pela manh�, resolvi dar uma “passeada” pelo Instagram, ver o que os amigos tinham postado e vi que minha filha Luisa (@luisacarnevali) tinha postado um texto, no qual ela conta uma coisa que aprendeu aos 13 anos – e n�o foi comigo –, que achei muito bonita e vou compartilhar com voc�s.

“Talvez seja obvio para voc�, mas, �s vezes, o �bvio precisa n�o apenas ser dito, mas ser repetido. Quando tinha 13 anos uma amiga me contou uma hist�ria que repito para mim mesma de tempos em tempos.

Certo dia, uma senhora estava sentada em sua cadeira de balan�o, munida de agulha, linha e alguns tecidos. Seu netinho, ainda pequeno, sentou-se aos seus p�s enquanto brincava. Depois de um tempo, olhou para cima e viu um emaranhado de linhas. Ficou admirado sem entender nada. Por que sua av� estava dedicando tanto tempo �quela coisa embolada em suas m�os? O que era aquilo? N�o fazia sentido algum.

Foi s� depois de algum tempo que sua av� o pegou no colo e mostrou aquilo no que gastou tanto tempo para realizar. O emaranhado de linhas, na verdade, era uma linda paisagem bordada. O menino ficou surpreso com a beleza do que estava agora, diante dos seus olhos.

Um ponto de vista muda a vista toda.”

E minha filha continuou: “Os perfeccionistas querem que o avesso do bordado fique t�o lindo quanto a frente, mas ele conta a hist�ria do processo do bordado em n�s, emaranhados, espa�amentos, pontos diferentes etc.”

E a vida � assim. Somos humanos, imperfeitos, erramos, mas podemos reconhecer nosso erro, arrepender, pedir perd�o e seguir em frente. Somos teimosos, temos opini�es e as defendemos, e muitas vezes vemos que elas n�o s�o as mais certas e percebemos que opini�o pode ser mudada, faz parte do amadurecimento, do crescimento.

Seria muito f�cil de ag�ssemos assim, por�m somos orgulhosos, n�o nos dobramos facilmente. Lembramos de todas as mordidas que tomamos ao longo da vida, provavelmente os mais privilegiados lembrem do dia e da hora que foram mordidos, mas nunca lembramos das mordidas que demos nos outros. E pode ter certeza que demos, muitas, algumas propositalmente, conscientemente, outras sem nem perceber, e nem por isso deixamos de ferir o outro. E � esse orgulho que impede o perd�o, que ret�m a m�goa. S� que a m�goa e a falta de perd�o faz mais mal para quem a guarda do que para a outra pessoa, que n�o sabe o que aconteceu, e vive a vida numa boa. T� um motivo para repensar.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)




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