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Estado de Minas ANNA MARINA

P�sdromo: a ressaca da enxaqueca

Depois da crise, pacientes podem continuar sentindo inc�modos. Cirurgia � nova estrat�gia para ajudar quem sobre com esse problema


15/08/2022 04:00 - atualizado 15/08/2022 09:42

Ilustração da coluna da Anna Marina sobre enxaqueca mostra pessoa segurando a cabeça com a mão

Quem sofre com enxaqueca sabe muito bem que, depois de um ou v�rios dias de crise com a forte dor de cabe�a, elas finalmente acabam. � hora do al�vio? Infelizmente, para muitas pessoas, n�o. Como ficar livre desse mal? 

Al�m de todo o supl�cio que conhecemos sobre os per�odos de crises de enxaqueca, que parecem verdadeiras torturas e incluem sintomas como n�useas, irritabilidade com a luz, sons e cheiros, e resultam at� mesmo em dias perdidos no trabalho, algumas pessoas ainda podem experimentar outros sintomas quando a crise finalmente termina. 

Embora esperem al�vio, o que vem a seguir � chamado de p�sdromo, ou ressaca da enxaqueca. “Essa � uma fase distinta da enxaqueca, que deixa os pacientes doloridos, cansados, atordoados e confusos, sintomas assustadoramente semelhantes a outra afli��o. Os pacientes relatam que suas cabe�as parecem ocas ou sentem que est�o de ressaca e nem sequer beberam.

Esse problema � completamente correlacionado �s crises de enxaqueca, e tratar as dores com cirurgia da enxaqueca � um m�todo eficaz e respaldado pela ci�ncia, al�m do uso de rem�dios e das sensa��es do p�sdromo”, explica o cirurgi�o pl�stico Paolo Rubez, membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca (EUA) e um dos m�dicos que realiza o procedimento no Brasil.

Um trabalho de 2019, publicado na renomada revista Neurology,' destaca que esses sintomas acompanham at� 80% das crises de enxaqueca. O p�sdromo geralmente dura entre um e dois dias e os pacientes relatam alguns problemas, como uma “n�voa” persistente com sensa��o de enjoo e exaust�o. 

“Como se acredita que a enxaqueca aja como uma esp�cie de tempestade el�trica ativando neur�nios no c�rebro, � poss�vel que a ressaca da enxaqueca resulte de alguns circuitos estarem esgotados eletricamente ou neuroquimicamente”, diz o m�dico. Para cessar esse problema � necess�rio tratar a raiz da quest�o: as dores da enxaqueca.

A cirurgia da enxaqueca, dispon�vel no Brasil, � uma das formas mais eficientes de reduzir a intensidade, frequ�ncia e dura��o da enxaqueca, segundo revis�o sistem�tica recente, publicada em fevereiro no Annals of Surgery. 

“Foram analisados 68 estudos que confirmaram os resultados e a seguran�a do procedimento, com baix�ssimo �ndice de complica��es e alto grau de satisfa��o dos pacientes. Apesar da disponibilidade de op��es de tratamento conservador, as enxaquecas resistentes est�o associadas a uma m� qualidade de vida. A cirurgia da enxaqueca, definida como a descompress�o dos nervos perif�ricos, uma ‘desativa��o’ nos locais do gatilho, � uma estrat�gia de tratamento relativamente nova, mas altamente respaldada pela ci�ncia, para enxaquecas resistentes e refrat�rias”, explica o m�dico.

Um estudo da Harvard Medical School mostrou que a cirurgia de enxaqueca, al�m de melhorar os sintomas de dor de cabe�a, tamb�m est� associada a uma redu��o significativa no uso de medicamentos, principalmente no caso de pacientes que sofrem com dores cr�nicas e debilitantes.

Segundo o m�dico, essa cirurgia � realizada por diversos grupos de cirurgi�es pl�sticos ao redor do mundo e em mais de uma dezena das principais universidades americanas. Os resultados positivos e semelhantes das publica��es dos diferentes grupos comprovam a efic�cia e a reprodutibilidade do tratamento.

Segundo o m�dico, a cirurgia age na descompress�o operat�ria dos nervos perif�ricos na face, cabe�a e pesco�o para aliviar os sintomas da enxaqueca. � pouco invasiva e tem o objetivo de descomprimir e liberar os ramos dos nervos trig�meo e occipital envolvidos nos pontos de dor.

“Os ramos perif�ricos desses nervos, respons�veis pela sensibilidade da face, pesco�o e couro cabeludo, podem sofrer compress�es das estruturas ao seu redor, como m�sculos, vasos, ossos e f�scias. Isso gera a libera��o de subst�ncias respons�veis pela inflama��o dos nervos e membranas ao redor do c�rebro, que causar�o os sintomas de migrane”, diz o dr. Paolo.

Existem sete tipos principais da cirurgia, nas seguintes regi�es: frontal, rinog�nico, temporal e occipital (nuca). Cada uma foi desenvolvida para gerar a menor altera��o poss�vel na fisiologia local. A cirurgia pode ser feita em qualquer paciente que tenha diagn�stico de migr�nea (enxaqueca) feito por um neurologista, que sofra com duas ou mais crises severas de dor por m�s; ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medica��es; ou em pacientes que t�m grande comprometimento em sua vida pessoal e profissional.

Isabela Teixeira da Costa/interina

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