Cerca de quatro em cada 10 brasileiros sofrem com dores cr�nicas, aponta pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.
A artrose provoca rigidez nas articula��es, redu��o na mobilidade e dor cr�nica. Quem sofre com ela precisa do apoio e da paci�ncia de quem est� ao lado e, muitas vezes, de apoio psicol�gico para aguentar essa condi��o.
A combina��o de dor, defici�ncia f�sica e isolamento social � uma grande carga, que pode desencadear todo tipo de emo��o e sentimento.
Artrose n�o tem cura. Geralmente, ela se d� pelo excesso de peso. Quando ocorre de a pessoa emagrecer e o peso sobre o joelho diminuir, ela se estabiliza, mas n�o desaparece.
De acordo com a especialista em neuropsicologia Rosencilda Albano da Silva, a compreens�o das pessoas que convivem com o paciente � a ajuda mais preciosa que se pode oferecer. � preciso que todos entendam o motivo da dor e n�o a subestimem. Perguntar como a pessoa est� se sentindo, se a dor permanece, o que ela est� fazendo e do que ela necessita gera acolhimento.
A dor cr�nica pode resultar em dor ps�quica. Al�m do apoio de amigos e familiares, o suporte de um psic�logo ou psiquiatra pode ser fundamental. Ainda que a dor persista, a vida continua, portanto, � preciso aprender a passar por ela da melhor maneira poss�vel.
Entre os tratamentos para a fase inicial, considerados paliativos, est� o uso de medicamentos como anti-inflamat�rios, analg�sicos, pomadas e infiltra��es. Tamb�m � recomendada fisioterapia com recursos t�rmicos, aparelhos e exerc�cios. E repouso, sempre que poss�vel, para diminuir a press�o sobre as cartilagens.
No caso de quadros mais severos e avan�ados, a �nica alternativa � a substitui��o total da articula��o do joelho por pr�teses ortop�dicas (artroplastia). A boa not�cia � que com os avan�os da medicina rob�tica, esse tipo de cirurgia passou a apresentar resultados promissores, com r�pida recupera��o p�s-cir�rgica, assim como r�pido retorno � rotina de atividades di�rias, livres das dores.
O problema � que muitas pessoas t�m medo da cirurgia e, por isso, o desgaste do organismo chega ao n�vel m�ximo. Tenho uma prima que n�o tem mais cartilagem, sofre com dores hom�ricas porque o f�mur j� encontra com o osso da perna. Ela prefere sofrer a enfrentar a cirurgia. Anda com enorme dificuldade.
De acordo com o ortopedista Mois�s Cohen, com o avan�o das pr�teses, das t�cnicas e da medicina rob�tica, a recupera��o do paciente � mais r�pida. Geralmente, no dia seguinte � coloca��o da pr�tese total com o aux�lio das plataformas rob�ticas, o paciente j� consegue se sentar e ficar em p�, dando os primeiros passos com ajuda de um andador. � quando come�am as sess�es de fisioterapia para que ele possa voltar a se locomover gradativamente e realizar as atividades do dia a dia com autonomia.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)