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Estado de Minas ANNA MARINA

Mem�rias motorizadas: andar de Volks pela Afonso Pena era aventura

Modelo virou o preferido dos jornalistas de BH, mas muitos n�o sabiam dirigir direito. Nem bem o carro sa�a da revenda, era preciso voltar para o conserto


02/12/2022 04:00 - atualizado 01/12/2022 23:44

 carro fusca da volkswagen
Fusca era o carro preferido de jornalistas que tiveram acesso � linha de cr�dito para comprar o modelo da Volkswagen (foto: Thiago Ventura/EM/D.A Press)

Meu ideal de consumo quando entrei para o Di�rio da Tarde era ter um carro. Isso porque muitas vezes o fechamento do jornal acabava tarde e eu tinha de pegar o bonde na Rua da Bahia e depois, no fim da linha, subir a Rua Leopoldina altas horas. Sozinha. Bom � que a cidade era calma. L� pelas tantas, algu�m resolveu me ajudar e recomendou uma escola de dire��o para eu aprender.

A escola tinha um Jeep caindo aos peda�os, a mudan�a das marchas era feita com uma pe�a de metal comprida, que sempre parecia que ia soltar. As aulas eram dadas, com frequ�ncia, onde atualmente constru�ram a Igreja de F�tima. Fui levando at� que cansei e parei . Sa� de f�rias e, quando voltei, tive uma baita surpresa. Estava numa lista em que o Banco Nacional estava fornecendo empr�stimo para que 30 jornalistas – que se interessassem – comprassem um Volks. Foi uma dobradinha bem legal feita com a Mila, de Moacir Carvalho de Oliveira.

Naquele tempo, a reda��o do DT era formada por um grupo de colegas , todos conviviam, todos eram amigos. Quando os carros come�aram a chegar, foi uma gl�ria e um mundo de doideiras. Alguns buscavam o carro na representante, que ficava naquela avenida que vai para a Pampulha, e, em lugar de seguir a avenida buscando um retorno, achavam que podiam subir no canteiro do lado e sair em dire��o ao Centro. N�o foram poucos os Volks que, mal sa�am da representante j� tinham que voltar para consertar os problemas. Eu, com minhas aulas de Jeep, n�o sabia dar marcha a r�.

Como na �poca ajudava M�cio Athaide na constru��o do PIC, ia toda bacana de carro para o Centro. Quando havia vagas na Afonso Pena, parava entre um carro e outro e era s� sair em frente, estava salva. Quando tinha de parar em frente a uma �rvore, a� que estava criada a confus�o. A r� n�o funcionava por nada no mundo. Ent�o, ficava dentro do carro esperando algum motorista dos carros ao lado que me salvasse. Eles salvavam e n�o acreditavam como uma motorista parava em plena Afonso Pena sem saber dar marcha a r�.

Foi ent�o que aproveitei a chance de meu amigo Herm�genes Ladeira trabalhar no Tr�nsito, onde seu tio era diretor, para tirar minha carteira. Ele deu uma volta comigo pelo Centro, por ruas com pouco movimento, e fui premiada com a mesma carteira que tenho h� 60 anos, sem nunca dar uma trombada. Agora, enfrento uma desgra�a nova, resultado da queda na qual quebrei minha costela: estou proibida de dirigir. O carro est� na garagem e a tenta��o � grande. Mas evito sair guiando por a�. E como n�o gosto de ter motorista, tenho andado de t�xi.

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