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Estado de Minas ANNA MARINA

Alzheimer avan�a no mundo. Neurologista ensina a lidar com a doen�a

Em 2030, j� ser�o 74,4 milh�es de casos no planeta, informa a organiza��o Alzheimer's Disease International


21/02/2023 04:00 - atualizado 21/02/2023 00:25

Ilustração mostra cabeça de homem de perfil, com setas apontando para cima

 
Na realidade, j� vivi o problema, que s� avaliei depois que acabou. Meu marido morreu de Alzheimer, e os sintomas enganam qualquer um. Na primeira fase, �amos muito para o Mater Dei, porque ele se queixava de dores aqui e ali, sem muita defini��o. Certo dia, um dos m�dicos me alertou: “N�o volte com ele. Fique em casa”.
 
Como viaj�vamos muito, ele adorava comprar DVDs de filmes. Em uma das �ltimas viagens, tivemos de adquirir mala de bom tamanho para traz�-los. S� depois que ele se foi comecei a compreender aqueles desejos de repeti��o.
 
Um dia, ele teve de ser deitado e passou dois anos entregue a enfermeiros. No come�o, quando eu entrava no quarto, ele me acompanhava com os olhos, depois nem isso. A doen�a � um tormento, porque o paciente raramente pode se manifestar ou reconhecer os familiares. Curiosamente, n�o se registraram em sua crise os sintomas que atualmente pedem a aten��o de todos.
 
Com o passar do tempo, a doen�a foi se tornando conhecida, todos temos pessoas pr�ximas diagnosticadas com Alzheimer. �rg�os de sa�de apontam o aumento progressivo da sobrevida e a alta preval�ncia da doen�a na popula��o acima de 60 anos, o que a tornou um problema s�rio de sa�de p�blica.
 
Atualmente, 55 milh�es de pessoas t�m dem�ncia – de 60% a 80% dos casos s�o ocasionados pela enfermidade descoberta pelo psiquiatra alem�o Alois Alzheimer. Os dados s�o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Aqui no Brasil, h� mais de 1,2 milh�o de pacientes.
 
O cen�rio, que j� � alarmante, deve se agravar. A Alzheimer’s Disease International prev� crescimento exponencial de diagn�sticos em todo o mundo, chegando a 74,4 milh�es, em 2030, e a 131,5 milh�es, em 2050.
 
“� importante que esses n�meros n�o sejam recebidos com p�nico, mas utilizados para alertar a popula��o sobre o aumento da preval�ncia, refor�ando os benef�cios do diagn�stico precoce para controlar a evolu��o da doen�a”, ressalta Rosemary Moreno, neurologista do Hospital do Cora��o de S�o Paulo.
 
O diagn�stico � cl�nico e embasado em exames complementares. “Ao verificarmos dois ou mais d�ficits cognitivos, com piora progressiva e incapacita��o associadas ou n�o a altera��es comportamentais, solicitamos teste neuropsicol�gico, exames de imagem cerebral, como resson�ncia magn�tica ou PET-CT, e an�lise de l�quor com pesquisa de marcadores da doen�a, al�m da exclus�o de outras patologias, para fechar o diagn�stico”, explica Rosemary.
 
Ao perceber qualquer sintoma, � preciso procurar um m�dico. “As manifesta��es mais comuns s�o apatia, isolamento social e depress�o, mas as disfun��es cognitivas da doen�a de Alzheimer s�o chamadas de 5As (amn�sia, afasia, anomia, agnosia e apraxia). Elas se apresentam como comprometimentos da mem�ria e da compreens�o da linguagem, al�m da incapacidade de reconhecer lugares, faces, objetos e suas fun��es e de realizar atos como manusear talheres, vestir-se e caminhar”, esclarece.
 
De acordo com a especialista, � conveniente o paciente ter ci�ncia de seu diagn�stico. “Nas fases iniciais da doen�a, h� maior efetividade das medica��es dispon�veis para tratamento. � nesse momento que o paciente ainda pode ser capaz de compreender o quadro, expressar seus desejos e realizar planos financeiros e outros ajustes da vida junto de familiares”, orienta.
 
Ainda que n�o exista preven��o para a doen�a de Alzheimer, a neurologista ressalta que o c�rebro funciona melhor com cora��o e vasos sangu�neos sadios para nutri-lo.
 
“Por isso, � fundamental tratar fatores de risco como hipertens�o arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, dislipidemia, tabagismo e etilismo, al�m de outras condi��es que agravam a perda cognitiva por dificultar a socializa��o e a aten��o, como surdez, baixa acuidade visual e isolamento social”, observa.
 
Para exercitar o c�rebro, a doutora Rosemary Moreno recomenda ler, estudar, raciocinar e adquirir novos conhecimentos.

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