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Estado de Minas ANNA MARINA

Reconstitui��o dos seios � fundamental no tratamento do c�ncer de mama

Lei 13.770 garante a cirurgia, mas cerca de 20 mil mulheres est�o na fila para realizar o procedimento via SUS


07/03/2023 04:00 - atualizado 07/03/2023 00:45

Ilustração mostra duas mãos femininas abaixo dos seios

 
Nova portaria do Minist�rio da Sa�de aprova recursos de R$105 milh�es para o procedimento de reconstru��o mam�ria, por meio do SUS, destinado a mulheres mastectomizadas, ou seja, submetidas � retirada do seio para o tratamento do c�ncer de mama.
 
De acordo com a m�dica Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica, trata-se de iniciativa de grande impacto social, pois quem se submete a esta opera��o tem a qualidade de vida comprovadamente melhorada.
 
“A reconstru��o mam�ria � fundamental para restabelecer as integridades f�sica e emocional da paciente ap�s o trauma. Sabemos, inclusive, que o acesso a essa cirurgia aumenta a ades�o das mulheres a tratamentos contra o c�ncer”, informa Lydia.
 
Cerca de 20 mil brasileiras est�o na fila de espera para se submeterem � reconstru��o mam�ria na rede p�blica. O n�mero � preocupante, pois a incid�ncia desse tumor no pa�s � crescente. Segundo o Instituto Nacional do C�ncer, s� em 2022, foram mais 66 mil novos casos – taxa que demonstra a magnitude do problema.
 
A nova portaria explicita a preocupa��o com o tema. Desde 2018, a reconstru��o mam�ria p�s-mastectomia, garantida pela Lei 13.770, pode ser exigida por pacientes de mastectomia.
 
A cirurgia de reconstru��o ocorre logo depois da retirada do tumor, quando h� condi��es t�cnicas. Caso n�o seja poss�vel realiz�-la imediatamente, a paciente ser� encaminhada para acompanhamento e ter� garantido o procedimento quando apresentar as condi��es cl�nicas necess�rias.
 
O protocolo mais utilizado prev� cirurgia seguida de quimioterapia e radioterapia. Em alguns casos, a quimioterapia pode ser administrada antes, mas mesmo assim a cirurgia tem de ser feita, afirma o m�dico Alexandre Piassi, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica.
 
“Mesmo quando o tumor desaparece ap�s a quimioterapia neoadjuvante, a conduta � realizar a cirurgia e retirar os tecidos da regi�o afetada pela doen�a, com uma margem de seguran�a”, explica.
Quem n�o conseguir fazer a cirurgia de reconstru��o imediatamente deve esperar um per�odo. “A quimioterapia costuma durar seis meses e a radioterapia, um m�s. S� ap�s oito meses da finaliza��o das sess�es de radioterapia � indicada a cirurgia, pois durante esse per�odo a cicatriza��o fica prejudicada”, completa o especialista.
 
O procedimento depende de v�rios fatores, entre eles o tamanho da mama, a localiza��o e o tipo do tumor e a modalidade de opera��o realizada pela equipe de mastologia. A seguir, confira as cirurgias mam�rias mais realizadas:
 
. Mastectomia poupadora de pele
O tumor � removido e quase todo tecido mam�rio tamb�m, por�m a pele da mama � poupada.

. Cirurgia conservadora
Um quarto ou menos da mama � retirado, dependendo da caracter�stica do tumor.

. Mastectomia n�o poupadora de pele
� extra�da a mama em sua totalidade, tumor, par�nquima mam�ria (conjunto de c�lulas respons�veis pela fun��o de determinado �rg�o) e uma por��o grande da pele. A reconstru��o da mama � realizada para restabelecer a forma est�tica. Restauram-se o volume e o formato e, ap�s um per�odo (de tr�s a seis meses), � realizada avalia��o para verificar se ser�o necess�rios reparos como um enxerto de gordura, por exemplo.
 
Para a reconstru��o da mama, o volume � reconstitu�do com implantes de silicone ou retalhos. Para a �rea dos mamilos, muitas vezes se recorre � tatuagem, que traz resultados bem satisfat�rios.
Mulheres de qualquer idade podem fazer a reconstru��o. S� h� contraindica��es para casos cl�nicos graves, como problemas card�acos, casos de obesidade ou doen�a muito avan�ada.
 
“H� estudos cient�ficos que comparam a retirada da mama com a mutila��o genital no homem. A reconstitui��o mam�ria ameniza essa perda, resgatando a dignidade, a autoestima e a qualidade de vida da mulher. Por isso, a cirurgia pl�stica � importante no tratamento global do c�ncer de mama”, conclui o doutor Alexandre Piassi. 

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