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Estado de Minas ANNA MARINA

Pouco conhecida dos brasileiros, a neuromielite �ptica pode cegar

Doen�a autoimune, a NMO prejudica a vis�o, causando tamb�m paralisa��o das pernas, fraqueza muscular e fadiga. H� tratamento


17/03/2023 04:00 - atualizado 17/03/2023 00:36

Ilustração mostra olho azul em meio a terminações nervosas
(foto: EM/D.A Press)

A informa��o vive uma nova era. Com o uso dos dispositivos m�veis, as not�cias chegam cada vez mais rapidamente. Entretanto, ainda existem diversos temas que precisam ser disseminados, e este � o caso da neuromielite �ptica (NMO), doen�a autoimune rara que afeta o sistema nervoso central e, na maioria das vezes, causa danos irrevers�veis � vis�o.


“Nunca tinha ouvido falar sobre neuromielite �ptica. Fui pega totalmente de surpresa. Ningu�m da minha fam�lia tem, fui a premiada”, conta Tatiane. O primeiro sintoma surgiu em 2012. A forte dor no olho direito persistiu durante quatro dias. Quando completou cinco dias, Tatiane acordou sem enxergar.

“Fui ao pronto-socorro e eles me internaram, mas, at� ent�o, n�o sabiam o que eu tinha. Fiz resson�ncia e no exame apareceu o edema no nervo �ptico”, relembra.

A vis�o voltou com o uso de corticoides e pulsoterapia, procedimento atrav�s de medica��o endovenosa, no qual se administram altas doses de medicamento por curtos per�odos de tempo. Por�m, um m�s depois, a cegueira no olho direito retornou.

Ela fez novas baterias de exames. Em janeiro de 2013, Tatiane, j� cega das duas vistas, passou pela neurologista que diagnosticou a neuromielite �ptica.

Andr�a Anacleto, professora de medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), explica que o diagn�stico � baseado na combina��o de sintomas cl�nicos, exame neurol�gico e exames de imagem.

“Para diagnosticar a doen�a, s�o realizados exames como resson�ncia magn�tica da medula espinhal e do c�rebro, bem como testes sorol�gicos para detectar a presen�a de anticorpos contra a prote�na aquaporina-4 (AQP4-IgG), presentes em 70% dos pacientes com NMO”, explica a doutora.

A vis�o n�o foi a �nica �rea afetada. Mesmo ap�s o diagn�stico e o tratamento, Tatiane chegou a ficar sem andar. “Minha �ltima crise foi em 2019, quando fui levantar e ca�. Fiquei quase um ano acamada, usando cadeira de rodas”, relembra.

Al�m da cegueira, a NMO pode causar paralisia, incontin�ncia e outras complica��es. Entretanto, com o tratamento adequado, o paciente consegue melhorar a qualidade de vida.

“NMO � doen�a adquirida, a pessoa n�o nasce com ela. Embora a causa exata seja desconhecida, sabe-se que � uma condi��o autoimune. O sistema imunol�gico ataca erroneamente as c�lulas do corpo, incluindo as c�lulas nervosas da medula espinhal e do nervo �ptico”, esclarece Andr�a Anacleto.

O tratamento envolve medicamentos imunossupressores, como corticosteroides e imunomoduladores, para reduzir a inflama��o e a atividade do sistema imunol�gico. Tamb�m inclui reabilita��o neurol�gica, para ajudar a pessoa a lidar com a fraqueza muscular, a fadiga e problemas de vis�o.

“O tratamento deve ser individualizado, baseado nas caracter�sticas cl�nicas do paciente e na evolu��o da doen�a”, enfatiza a especialista.

Atualmente, Tatiane consegue ter uma vida mais tranquila. Faz parte de diversas bandas tocando instrumentos de sopro, como trompete. O amor pela m�sica nasceu ap�s o diagn�stico, quando ela come�ou a frequentar grupos de deficientes visuais.

“S�o muito importantes os esclarecimentos sobre a doen�a e o acompanhamento m�dico. Assim, todos os afetados pela NMO podem continuar apaixonados pela vida como eu, que encontrei na m�sica uma grande for�a para viver”, finaliza Tatiane Sobral.

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