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Estado de Minas ANNA MARINA

N�o se culpe por n�o estar 100% presente na educa��o dos filhos

Ser m�e e ter uma carreira ao mesmo tempo n�o � algo f�cil, � uma rotina cansativa. Mas � poss�vel manter o elo com os filhos mesmo assim


28/04/2023 04:00 - atualizado 28/04/2023 00:15

ilustração mostra mulher segurando as mãos de duas crianças pequenas. à frente dela está uma estrada bifurcada e, mais acima, o sol

A coluna de hoje (28/4) � assinada por Anne Garcia, empres�ria �talo-brasileira, estilista e influenciadora:

“A chegada dos filhos a uma fam�lia representa uma importante mudan�a em todos os aspectos. Tive o meu primeiro filho aos 17 anos e vi todos os meus planos mudarem drasticamente, fiquei madura repentinamente e fui for�ada a ter mais responsabilidade. Contudo, a chegada do meu filho tamb�m foi o gatilho para a realiza��o dos meus sonhos, para conquistar todo o mundo para ele. Em rela��o ao meu segundo filho, foi mais tranquilo, eu estava mais madura e tinha consolidado uma carreira. Estava em uma fase muito fren�tica e eu preferi parar tudo e me dedicar mais ao meu lado materno. Foi –  sem d�vida – a melhor escolha que eu fiz.

A rotina da mulher que � m�e e trabalha fora n�o � f�cil, tanto que alguns pais optam em contratar bab�s para auxiliarem com esta demanda, j� que uma crian�a precisa de educa��o, disciplina, carinho e aten��o. Na minha vis�o, as crian�as que s�o educadas por bab�s t�m o comportamento totalmente diferente daquelas que s�o criadas pelos pais. As bab�s auxiliam os pais na correria do dia dia, mas eu n�o concordo em “terceirizar o papel dos pais”, entendo que as bab�s ajudam muito, � um �timo aux�lio, desde que seja um trabalho em conjunto, tendo em vista que a participa��o dos pais � important�ssima para o desenvolvimento das crian�as, principalmente na primeira inf�ncia. N�s, pais, temos que ficar atentos ao comportamento dos nossos filhos, mesmo que n�o falem atrav�s de palavras, podemos observar pelo comportamento.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a constru��o de uma sociedade produtiva e pr�spera est� diretamente relacionada com o investimento realizado nos primeiros anos de vida das crian�as, mais especialmente nos tr�s anos iniciais, incluindo a gesta��o. � neste per�odo que se estabelecem as bases do desenvolvimento f�sico, intelectual e psicossocial da crian�a e que oferecer�o condi��es para que se torne um adulto capaz de conduzir com autonomia e prosperidade a sua vida.

Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, este processo �, em parte, decorrente da determina��o gen�tica herdada pelo pai e m�e. Entretanto, ap�s o nascimento, a crian�a passa a estabelecer um relacionamento pessoal com seus cuidadores, que na maior parte das vezes s�o os pr�prios pais. � justamente este ambiente familiar que promover� e facilitar� o estabelecimento dos v�nculos iniciais do beb�.

No meu ponto de vista, ser m�e e ter uma carreira ao mesmo tempo n�o � algo f�cil, � uma rotina cansativa. Por vezes, a maternidade limita as escolhas profissionais, tendo em vista que qualquer escolha a ser tomada como, por exemplo, uma viagem profissional, envolve o lado materno. J� perdi um trabalho muito importante e tamb�m fui recusada em um concurso de beleza na It�lia por ter um filho.

Sei tamb�m que n�o � uma tarefa f�cil para as m�es estarem 100% presentes na educa��o dos filhos, e n�o se culpe por isso. Todos sabem, ou deveriam saber, da complexidade em conciliar a maternidade com a vida profissional, que – muitas vezes – s�o impactadas com influ�ncias 'externas' e pessoais. Para equilibrar a rotina, eu organizo tudo conforme os hor�rios do meu filho, uma dica que dou para as m�es que – como eu – est�o nessa dupla jornada, � criar la�os com as mam�es da escola em que o filho estuda, assim, conseguem se ajudar entre si. Estou falando de criar uma rede de apoio. Pense que, quando necess�rio, uma busca o filho da outra na escola e este suporte n�o faz bem apenas para as m�es, os filhos tamb�m aproveitam para brincar e interagir mais com outras crian�as.

O elo entre m�e e filho � algo forte, acredito que n�o tem como uma m�e desapegar de seu filho. Na minha concep��o, normalmente � o filho que se desapega da m�e, no meu caso finjo desapego para que eles se sintam seguros de si e confiantes, mas estou ali o tempo todo 'espiando'. Proteger os filhos � algo que os pais desejam fazer para sempre, mas � preciso deixar que os filhos tomem as suas pr�prias decis�es. Eu aposto muito no di�logo com os meus, essa troca � maravilhosa, pois um entra no universo do outro.

Um conselho que dou aos futuros papais � pensar bem antes de colocar uma crian�a em sua rotina, tendo em vista que � uma responsabilidade sem volta. Educar � uma tarefa �rdua. Educar � um trabalho constante, uma responsabilidade sem fim. Por outro lado, n�o existe nada melhor que um filho. Amor mais puro n�o h�! Um filho enche a nossa vida de alegria.”

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