
O cuidado com a sa�de que obriga a um certo recesso leva a duas coisas nas horas vagas: muita leitura e muita TV. Estou nesta fase. Tenho lido e relido livros novos e guardados, aqueles que nos levam a hist�rias n�o esquecidas, mas saud�veis de lembrar. A TV aberta tem programas que n�o atraem, ou, quando atraem, deixam a gente na m�o.
Gosto dos programas que ensinam a cozinhar, mas implico com a pouca nitidez com que os temperos especiais s�o recomendados. Alho, cebola, pimenta e sal todo mundo conhece, mas h� uns temperos novos cujos nomes s�o pouco articulados. Eu, por exemplo, quase nunca entendo o que os chefs dizem. Fico imaginando se � porque n�o sabem pronunciar ou porque acreditam que devem se referir aos temperos daquela forma.
Vejo todos os notici�rios que posso para saber, dentro de casa, o que acontece pelo mundo. Estou tomando li��es com os filmes naqueles canais especiais. Grande parte anuncia que tem legendas, mas n�o tem. Outra gra�a s�o as s�ries que s� s�o mostradas em parte. Voc� acompanha at� a metade dos epis�dios listados na oferta... e o restante fica para as calendas! Ningu�m se importa em respeitar o interesse do telespectador.
Tenho a velha mania de n�o comprar contado – outro dia, encomendei a uma amiga que ia ao Mercado Central para me comprar alho, ela me perguntou se queria uma ou duas cabe�as. Achei a maior gra�a, porque, de acordo com o pre�o, o m�nimo que compro � meio quilo.
Outro lance � acompanhar a rapidez com que as f�bricas mudam seus produtos. Na semana passada, aprendi que todos os produtos de ilumina��o mudaram. Como compro sempre muitas l�mpadas para lustres de rosca fina, passei a manh� procurando, sem encontrar. Agora s� existe l�mpada do tipo LED com a metade fosca, que eu n�o conhecia. Burra, rodei v�rias lojas de l�mpadas sem achar o que procurava.
Nenhum vendedor me informou que agora as l�mpadas s�o assim, mas o faz-tudo que estava em minha casa resolveu o assunto com a maior rapidez e presteza. Aprendi que as l�mpadas novas podem custar mais caro, mas iluminam melhor.
Vez por outra, recebo incr�veis novidades, das quais nunca ouvi falar. Outro dia recebi uma jarra feita de uma folha de revista. N�o entendi o milagre. Quem produz � uma empresa que fica em Israel, chama-se Vazu. O formato � de jarra normal, onde voc� coloca �gua, flores e est� pronto o milagre.
Os produtores explicam que o milagre � reutiliz�vel. Basta tirar fora as flores, despejar a �gua, lavar com �gua morna, secar e guardar. O vaso retorna ao formato original. O �nico cuidado � n�o deixar molhar a parte exterior da pe�a. Se isso acontecer, seque delicadamente com a toalha. Achei que era pura brincadeira, mas o vaso de papel ficou na minha sala v�rios dias. Est� guardado e voltou ao formato original.
Outro lance interessante recebi dos organizadores da Feira de Malhas e Tric� do Sul de Minas. De dentro da sacola, apareciam bonitas folhas verdes. Tirei a planta para examin�-la e descobri que se tratava de uma kokedama de aspl�nio, variedade conhecida como ninho-de-passarinho. A novidade veio assinada por Maur�cio de Lima e Jean Carlos, da Pais de Plantas.
A linda folhagem nasce no centro de uma bola igual ao coco-da-Bahia, sem nenhum aparato. A conserva��o � m�nima: basta mergulhar a bola inteira na �gua, uma vez por semana, deixar escorrer e pronto.
