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Estado de Minas ANNA MARIA

Doen�as inflamat�rias intestinais exigem toda a aten��o da popula��o

� fundamental o diagn�stico precoce da doen�a de Crohn e da retocolite ulcerativa, que n�o t�m cura mas podem ser tratadas com efic�cia


22/05/2023 04:00 - atualizado 22/05/2023 08:19
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Ilustração mostra mulher sentada, com expressão de dor, e as mãos na barriga

 
Maio � o m�s da conscientiza��o sobre as doen�as inflamat�rias intestinais, conhecidas como Diis, que fazem parte do dia a dia de cerca de 10 milh�es de pessoas no mundo. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia mostram que a incid�ncia delas vem crescendo: no SUS, atinge 100 casos para cada 100 mil habitantes, em sua maioria homens e mulheres entre 15 e 45 anos.
 
A doen�a de Crohn e a retocolite ulcerativa s�o cr�nicas e imunomediadas, ou seja, originadas em nosso corpo quando ocorre resposta inflamat�ria anormal ap�s a exposi��o a algum gatilho. Podem atingir todo o intestino ou parte dele, da� a import�ncia da conscientiza��o da sociedade – sobretudo ind�stria, pacientes e os pr�prios m�dicos – a respeito da identifica��o de sintomas precoces, do diagn�stico correto ed o tratamento adequado.
 
“Os primeiros sinais s�o constipa��o, dores abdominais e diarreia, frequentemente levando � associa��o com outras doen�as. As Diis afetam todo o corpo humano, e n�o apenas um �rg�o. Por isso, s�o associadas a comorbidades”, afirma a gastroenterologista Cristina Flores, presidente Grupo de Estudos da Doen�a Inflamat�ria Intestinal do Brasil.
 
De 2020 a 2022, estudo liderado pela Organiza��o Brasileira de Doen�a de Crohn e Colite acompanhou 1.179 pacientes – 51% deles com retocolite ulcerativa, 48% com doen�a de Crohn e 1% com colite indeterminada. Cerca de 21% dos pacientes apresentaram doen�as associadas, como, por exemplo, as reumatol�gicas.
 
Em meio � jornada desafiadora em busca do diagn�stico e de tratamento adequados, dados da Associa��o Brasileira de Colite Ulcerativa e Doen�a de Crohn mostram que12% dos pacientes demoraram mais de tr�s anos para procurar o especialista – gastroenterologista ou coloproctologista. Cerca de 43% foram ao menos quatro vezes ao pronto-socorro antes de receberem o diagn�stico final.
 
Por isso � importante o diagn�stico precoce. Quanto antes a doen�a for descoberta, mais rapidamente poder� ser tratada, o que garante mais qualidade de vida ao paciente.
 
Embora ainda n�o haja cura para as doen�as inflamat�rias intestinais, tratamentos controlam o processo de inflama��o, reduzem sintomas e permitem a retomada da qualidade de vida.
 
“Quando o paciente recebe o diagn�stico, h� v�rias d�vidas. � importante ele n�o se acomodar. � fundamental dialogar com o especialista. Muitas vezes, vergonha, ansiedade e medo podem gerar dificuldades para a busca de informa��es e tratamento adequado”, alerta a gastroenterologista Cristina Flores.
 
A defini��o do tratamento depende dos sintomas, dos locais mais afetados, da gravidade, da evolu��o e dos tratamentos anteriores. “Temos medicamentos orais que diminuem a inflama��o, mas n�o interferem no sistema imunol�gico. Os corticosteroides, que podem interferir no sistema imunol�gico, devem ser usados por um per�odo curto de tempo. Os imunossupressores atuam no sistema imunol�gico, reduzindo sua atividade. E os imunobiol�gicos s�o resultado do avan�o da medicina na �rea das Diis”, informa a doutora Cristina.
 
A terapia imunobiol�gica � desenvolvida por engenharia gen�tica. Atua em v�rias etapas do processo inflamat�rio, bloqueando algumas subst�ncias que desencadeiam inflama��o e fazem com que a doen�a se manifeste. Como h� desequil�brio do sistema imunol�gico, o objetivo � regular essa disfun��o.
 
“Eles controlam a inflama��o intestinal e, consequentemente, previnem – ou pelo menos retardam – o dano intestinal progressivo e suas consequ�ncias”, explica a especialista. Os imunobiol�gicos s�o recomendados para casos moderados e graves.
 
“Esse material, completo e in�dito no Brasil, serve como diretriz para os m�dicos e beneficia os pacientes. Ele direciona o diagn�stico e o tratamento adequados”, afirma Cristina Flores.
 
� bom lembrar que se trata de doen�as cr�nicas e o paciente precisa utilizar a medica��o por toda a vida. Quanto maior o acesso a terapias inovadoras, mais qualidade de vida e possibilidade de remiss�o ele ter�. 

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