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Estado de Minas ANNA MARINA

Transtorno bipolar e esquizofrenia s�o doen�as muito confundidas

Sinais de agita��o, desorganiza��o, sintomas psic�ticos, des�nimo e inadequa��o podem surgir em ambos os casos


02/08/2023 04:00 - atualizado 02/08/2023 07:50
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Ilustração mostra dois rostos de perfil, um cheio e outro vazio
(foto: Vecteezy/reprodu��o)

Existem diversos tipos de transtornos mentais, geralmente caracterizados por combina��es de sintomas diferentes. No entanto, alguns podem se manifestar de forma semelhante. Entre os transtornos, podemos citar a depress�o, o transtorno bipolar, a dem�ncia e a esquizofrenia, entre outros, que, somados, afetam cerca de 1 bilh�o de pessoas, informa a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).

O transtorno bipolar e a esquizofrenia, que levam muitos pacientes para a interna��o e para resid�ncias terap�uticas, s�o doen�as conhecidas, mas muito confundidas. “Agita��o, desorganiza��o, sintomas psic�ticos, des�nimo e inadequa��o podem aparecer em ambas, especialmente em momentos de crise”, comenta o psiquiatra Ariel Lipman, diretor da Sig Resid�ncia Terap�utica

Os dois transtornos podem ser graves e afetar o pensamento nos per�odos de agudiza��o. �s vezes, a doen�a pode ser indistingu�vel no primeiro momento, necessitando de mais tempo de acompanhamento para se fechar o diagn�stico, que pode nem ser fechado. Ou at� mesmo ser modificado ao longo do acompanhamento m�dico.

“H� tamb�m um diagn�stico em que as doen�as se misturam, o transtorno esquizoafetivo. Teoria aceita entre alguns psiquiatras aponta que ambas seriam a mesma doen�a, por�m, quando falamos da apresenta��o cl�ssica dos transtornos, elas possuem diferen�as”, diz o especialista. De acordo com ele, no caso do transtorno bipolar, o paciente pode ficar quase completamente assintom�tico.

O transtorno bipolar tem tr�s fases: depress�o, euforia e estabilidade, chamada eutimia. “O objetivo do tratamento � prolongar ao m�ximo a eutimia e reduzir as crises, seja de euforia ou de depress�o. J� na esquizofrenia, a fase da estabilidade costuma n�o ser isenta de sintomas, com comprometimento maior, desinteresse, embotamento afetivo e perdas funcionais mais pronunciadas”, comenta.

“Na verdade, a semelhan�a entre as doen�as aparece em evolu��es mais graves do transtorno bipolar, que pode se assemelhar � esquizofrenia. No per�odo das crises, por�m, costuma ser mais f�cil fazer a diferencia��o” completa.

De acordo com o doutor Lipman, ao falarmos de transtornos mentais, estamos falando sobre doen�as que n�o t�m exame espec�fico para diagn�stico. Por isso, o relato do paciente � importante, assim como a entrevista com os familiares.

“Como essas e outras doen�as t�m sintomas muito parecidos, cada relato, cada informa��o vinda do paciente � extremamente importante para fechar um diagn�stico certeiro e, assim, realizar o tratamento correto”, orienta.

Nos dois casos, o emprego de medica��o psicotr�pica se mostra fundamental. Na esquizofrenia, h� o uso de antipsic�ticos; no transtorno bipolar, de estabilizadores de humor.

“Em ambos os casos, podem ser necess�rias outras medica��es, como antipsic�ticos e antidepressivos no transtorno bipolar; ou antidepressivos e benzodiazep�nicos, na esquizofrenia”, explica.

Psicoterapia e hospital-dia tamb�m s�o �teis e devem ser procedimentos avaliados caso a caso. “Para as duas doen�as, os tratamentos s�o cont�nuos e t�m como objetivo a revers�o de sintomas, al�m do alargamento dos per�odos intercrises. Ambas s�o cr�nicas, ou seja, durar�o por toda a vida”, observa.

De acordo com o profissional, estes dois transtornos s�o os que mais levam pacientes para a resid�ncia terap�utica, o lar para pessoas com doen�as mentais cr�nicas.

Como em muitos casos elas precisam de cuidados intensos, dos quais nem sempre familiares conseguem dar conta, um lugar apropriado pode fazer toda a diferen�a, gerando melhor qualidade de vida para o paciente, finaliza Ariel Lipman.

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