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Estado de Minas ANNA MARINA

'Carne esponjosa', a hipertrofia de adenoide, deve ser tratada na inf�ncia

Pais devem ficar atentos se a crian�a dorme mal, se mexe muito � noite ou baba demais no travesseiro, sintomas acompanhados de obstru��o nasal


05/08/2023 04:00 - atualizado 04/08/2023 23:24
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ilustração de criança dormindo


Obstru��o nasal, voz anasalada, problemas de crescimento na inf�ncia, ronco, apneia, cansa�o diurno, agita��o, irritabilidade, hiperatividade, dificuldade de concentra��o, desalinhamento da arcada dent�ria, bruxismo, tosse, otites, sinusites. 

� grande a lista de consequ�ncias danosas para a sa�de que a chamada hipertrofia de adenoide – a popular “carne esponjosa” – pode causar quando n�o tratada adequadamente, ou mesmo ignorada.

Muito comum nas crian�as, essa disfun��o, que ocorre na min�scula estrutura localizada atr�s das cavidades nasais e acima do palato (c�u da boca), pode persistir durante a adolesc�ncia e na fase adulta, trazendo uma s�rie de problemas que comprometem, sobretudo, a qualidade de vida.

Portanto, � importante trat�-la o mais precocemente poss�vel. De prefer�ncia, ainda na inf�ncia.

Leila Tamiso, m�dica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, refer�ncia em sa�de do nariz, ouvido e garganta, aconselha os pais a prestarem aten��o nos filhos desde cedo.

“Crian�as que dormem mal, se mexem muito � noite ou babam muito no travesseiro – esses s�o comportamentos bastante sintom�ticos, especialmente quando acompanhados de obstru��o nasal recorrente e respira��o pela boca”, afirma a especialista.

O termo “carne esponjosa”, a prop�sito, � devido ao incha�o das adenoides ou dos cornetos nasais (estruturas da parte interna do nariz), o que dificulta a passagem do ar. Com o tempo, pode gerar consequ�ncias f�sicas, como o atrofiamento de ossos da face, al�m de problemas ortod�nticos.

“Casos cr�nicos, quando n�o tratados, resultam em problemas de denti��o na adolesc�ncia e na fase adulta, como desalinhamento da arcada dent�ria, al�m da altera��o do crescimento dos ossos da face, principalmente dos ossos maxilares, que chamamos de ma��s do rosto”, alerta a doutora Leila.

A op��o pela cirurgia, ou n�o, leva em conta o tamanho desse incha�o. Ou seja, at� que ponto a carne esponjosa interfere nas estruturas da face.

“Se for de tamanho m�dio ou pequeno, � indicado o tratamento cl�nico com medica��o, sem necessidade de cirurgia, apenas com o aux�lio de sprays nasais � base de corticoides e antibi�ticos, quando estiver associado a infec��es (adenoidites)”, explica a especialista.

Por�m, nos casos mais graves, al�m do procedimento cir�rgico, � comum haver necessidade de fonoterapia, t�cnica que trabalha problemas na fala. “Geralmente, esse paciente tem hipotonia da musculatura perioral (ao redor dos l�bios), como se fosse uma flacidez por ter respirado pela boca ao longo de muitos anos e n�o conseguir mais manter os l�bios cerrados”, observa a m�dica.

Nos dois casos, o diagn�stico se d�, inicialmente, a partir do exame f�sico, observando-se a face, a boca e o nariz, acompanhado de exames auxiliares, como raio-x de cavum e nasofibrolaringoscopia.

“Esses exames trar�o a vis�o geral sobre a qualidade da respira��o e o tamanho da adenoide, o que dar� todos os elementos que o m�dico precisa saber em rela��o � necessidade de cirurgia ou n�o”, finaliza a doutora Leila Tamizo.

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