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Estado de Minas ANNA MARINA

Trombose representa risco para 10% dos pacientes com c�ncer

Especialista explica por que o paciente oncol�gico apresenta maior probabilidade de desenvolver dist�rbios de coagula��o, como o tromboembolismo venoso


26/09/2023 04:00 - atualizado 25/09/2023 21:33
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Ilustração mostra médico examinando paciente
(foto: Mohamed Hassan/Pixabay)
 

Aqui vai o alerta sobre uma complica��o que precisa ser mais debatida: a trombose � a segunda causa de morte de doentes oncol�gicos. O hematologista Daniel Dias Ribeiro, patologista cl�nico e diretor do Laborat�rio S�o Paulo, revela que a incid�ncia do problema em pacientes com c�ncer � at� sete vezes maior que em pessoas saud�veis.


“O doente oncol�gico tem maior probabilidade de desenvolver dist�rbios de coagula��o e a trombose � um deles. Cerca de 10% dos pacientes com c�ncer ter�o trombose”, informa Ribeiro.


“Al�m de o c�ncer elevar as chances da doen�a, o tratamento oncol�gico, que pode incluir sess�es de quimioterapia, interna��o hospitalar e o p�s-operat�rio, tamb�m contribui para aumentar as ocorr�ncias da complica��o. Alguns tipos de tumor se associam ao maior risco de tromboembolismo venoso (TEV), como aqueles no c�rebro, est�mago, p�ncreas, linfomas, rins e ov�rio”, explica.


Informa��o e preven��o s�o as melhores medidas para reduzir a incid�ncia e o �bito por TEV em pacientes oncol�gicos. � poss�vel adotar medidas de profilaxia logo que a pessoa � diagnosticada com c�ncer, antes e depois de cirurgias e interna��es.


“� preciso fazer uma avalia��o individual e, em algumas situa��es, utilizar medicamentos como anticoagulantes para prevenir trombos. O TEV em pacientes com c�ncer pode exigir interna��o, atrasar tratamentos, como quimioterapia e radioterapia, e reduzir a sobrevida”, alerta o doutor Daniel.


� muito importante ficar atento aos sinais do TEV. Cerca de 70% dos casos ocorrem nas pernas, outros 25% no pulm�o e os 5% restantes em outros �rg�os, como o c�rebro.


Entre os sintomas est�o dor ou desconforto na panturrilha ou coxa; aumento da temperatura e incha�o da perna, p�s ou tornozelos; vermelhid�o e/ou palidez; sensa��es e/ou falta de ar; dor no peito, que pode piorar na inspira��o; taquicardia, tontura e desmaio.


Tratar a trombose de quem tem c�ncer n�o � simples. “O ideal seria que a pessoa n�o tivesse o primeiro evento de trombose. Muitos cuidados e preven��es s�o realizados em doentes internados ou em pr� e p�s-operat�rios, mas a maioria dos casos ocorre naqueles em tratamento ambulatorial”, explica o m�dico.


“Buscamos avaliar pacientes que est�o nos ambulat�rios, realizando processos de preven��o com anticoagulantes. Essas avalia��es s�o personalizadas e dependem do tipo e est�gio do c�ncer, da quimioterapia utilizada e de fatores individuais”, detalha.


De acordo com ele, a aten��o a poss�veis ocorr�ncias de trombose em pacientes com c�ncer come�a a ocorrer com mais frequ�ncia, o que vai trazer qualidade de vida para quem faz o tratamento.


Daniel Ribeiro tamb�m chama a aten��o para pacientes com mais de 65 anos que apresentam trombose n�o provocada, ou seja, sem fatores desencadeantes, como cirurgia ou uso de horm�nio nos tr�s meses que antecedem o evento.


“Se voc� avalia esse grupo de pacientes at� um ano p�s-trombose, h� incid�ncia maior de casos de c�ncer. � preciso fazer uma boa consulta com eles, o exame cl�nico adequado e pesquisar os tipos de c�ncer mais prevalentes na faixa et�ria de mais de 65 anos”, recomenda o especialista.

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