
Ao longo de 2022, apresentei aqui muitas viv�ncias e pesquisas que demonstram como a popula��o trans e travesti sofre com a transfobia de diferentes maneiras. E uma nova pesquisa que demonstra isso foi realizada pelo projeto TransVida, do Grupo Pela Vidda, com apoio do Minist�rio da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos, e condu��o do antrop�logo e ativista Fabr�cio Longo.
O levantamento colheu 147 respostas, sendo a maior parte dos participantes mulheres trans (42,9%), de cor/ra�a preta (31,3%) e com 19 a 29 anos de idade (55,1%).
- o desrespeito ao nome social (27,9%);
- tortura psicol�gica (21,1%);
- proibi��o do uso de banheiro adequado ao seu g�nero (20,4%);
- viol�ncia f�sica (15,6%) e ass�dio sexual ou estupro (16,3%)
- amigos ou conhecidos (38,4%);
- professores, coordenadores e diretores escolares (32,9%);
- pais, m�es e irm�os (30,8%);
- e outros membros da fam�lia (23,3%)
Ou seja, a pesquisa realizada pelo Grupo Pela Vidda aponta como toda essa transfobia impacta o acesso e a perman�ncia de pessoas trans e travestis no ambiente escolar e tamb�m como essa transfobia prejudica diretamente a sa�de mental dessa popula��o.
S� para voc� ter uma ideia, segundo a pesquisa do Grupo Pela Vidda, apenas 15% das pessoas entrevistadas relataram ter um trabalho com carteira assinada, enquanto 15,6% t�m trabalho aut�nomo formal e 27,2%, trabalho aut�nomo informal.
Considerado �ltimo recurso de sobreviv�ncia da popula��o trans em muitos casos, a prostitui��o era a atividade remunerada de 14,3% dos entrevistados.
Ou seja, tanto o poder p�blico como o setor privado precisam parar com discursos vazios e partirem para debates fundamentais e, principalmente, precisam partir para a pr�tica!