
Por exemplo, atualmente de forma oficial, algumas empresas inclu�ram no C�digo de Conduta �tica da institui��o toler�ncia zero para falas e comportamentos machistas, racistas, homof�bicos, capacitistas ou transf�bicos, entre outros. A��o necess�ria e que colabora diretamente no enfrentamento de preconceitos, discrimina��es e discurso de �dio dentro do universo corporativo.
Mas infelizmente, diante dessa pol�tica, � poss�vel observar que falas e comportamentos preconceituosos s� foram reduzidos durante "momentos oficiais", como em reuni�es. Ou seja, foi reduzido apenas em momentos em que haveria uma maior fiscaliza��o e, consequentemente, mais chances de penalidades.
Em ambientes como corredores, refeit�rios e grupos de Whatsapp n�o oficiais de algumas empresas, rola solto os discursos de �dio, falas preconceituosas e discriminat�rias.
Um exemplo n�tido disso � o famoso "clube do bolinha" que ainda existe em algumas empresas. Essa express�o popular � usada para descrever um tipo de clube, grupo ou reuni�o onde s� homens (nesse caso cis), podem participar. Esse grupo pode ser constitu�do tanto por lideran�as de diferentes n�veis quanto por colaboradores.
J� falei sobre isso aqui, mas usando outro exemplo: com frequ�ncia, quando entro em um uber e o motorista me l� como um homem cis, a sensa��o que tenho � que entro um em mundo particular, um mundo onde mulheres e pessoas LGBTQIAP+ n�o valem nada e s�o motivo piada, ofensas e d�sdem. Infelizmente, em determinados ambientes corporativos (fisicos ou virtuais), alguns homens cis ("o clube do bolinha"), quando est�o entre os "seus", tamb�m se sentem confort�veis e autorizados a serem machistas e LGBTf�bicos.
Encontrar maneiras de desconstruir esses comportamentos no universo corporativo � extremamente importante! E para isso, quero destacar 3 a��es que podem colaborar diretamente nisso:
- Lideran�as - Me arrisco a dizer que muitas vezes quem alimenta e autoriza tais comportamentos machistas e LGBTf�bicos nas empresas s�o algumas lideran�as. Ali�s, muitas at� fazem parte de um "clube do bolinha". Como � poss�vel combater tais comportamentos se quem era para dar exemplo acaba legitimando tais atos?
- Programa de Diversidade, Equidade e Inclus�o - N�o adianta realizar apenas uma palestra por ano para falar sobre machismo, LGBTfobia ou sobre DE&I em geral. Para mudar a consci�ncia e ajudar na transforma��o de comportamento e a cultura da empresa, � necess�rio planejar e investir de fato em um programa de DE&I. Ou seja, a��es bem elaboradas, cont�nuas e concretas durante todo o ano (planejamento de longo prazo).
- C�digo de Conduta �tica - Como j� citei aqui, � muito importante criar canais de den�ncia (inclusive an�nimos) e tamb�m oficializar a toler�ncia zero da empresa diante de discursos de �dio, falas e comportamentos machistas, racistas, homof�bicas, transfobicas e capacitistas, entre outros.