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Estado de Minas OPINI�O

Diversidade, equidade, inclus�o e pertencimento: 'Pratique ou explique'

B3 d� sinal verde a iniciativas visando ampliar diversidade nas diretorias de empresas listadas


30/08/2023 09:29 - atualizado 30/08/2023 11:39
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mulheres trabalhando
Empresas brasileiras de capital aberto t�m a responsabilidade de assegurar n�veis m�nimos de diversidade em seus conselhos (foto: Pexels)

No m�s de julho deste ano, iniciativas propostas pela B3 e aprovadas pela Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) entraram em vigor. Estas medidas visam promover a diversidade de g�nero e a inclus�o de grupos sub-representados em posi��es de lideran�a de destaque, al�m de incentivar o relato de boas pr�ticas nos �mbitos ambiental, social e de governan�a por parte das empresas listadas na Bolsa de Valores.


Ou seja, a partir deste momento em diante, as empresas brasileiras de capital aberto t�m a responsabilidade de assegurar n�veis m�nimos de diversidade em seus conselhos (ainda que modestos em compara��o com padr�es internacionais). 


Por exemplo, a iniciativa estabelece que empresas brasileiras listadas na Bolsa devem, dentro de um per�odo de at� dois anos, nomear pelo menos uma mulher e um representante de grupos historicamente sub-representados (como indiv�duos negros, pardos, ind�genas, membros da comunidade LGBTQIAPN+ ou pessoas com defici�ncia), para integrarem seus conselhos de administra��o ou diretorias estatut�rias.


Essas  propostas fazem parte do Anexo ASG, tamb�m conhecido como "pratique ou explique".  Sob esse enquadramento, as empresas s�o obrigadas a tornar suas a��es para cumprir com essas diretrizes transparentes para o mercado ou justificar por que optaram por n�o faz�-lo. Tais informa��es devem ser inclu�das no Formul�rio de Refer�ncia, um documento de divulga��o anual obrigat�rio para todas as empresas de capital aberto. A primeira leva de relat�rios deve ser iniciada a partir de 2025.

 

 


Desta forma, por exemplo, no que diz respeito � estrutura da equipe de lideran�a s�nior, as empresas que j� est�o listadas na bolsa ter�o o prazo at� 2025 para demonstrar a nomea��o do primeiro membro – ou explicar as raz�es para n�o seguir essa pr�tica – e at� 2026 para o segundo membro.


Cen�rio atual de Diversidade, Equidade, Inclus�o e Pertencimento (DEI&P) no mercado financeiro no Brasil

Um levantamento feito pela B3 com os dados de 343 companhias listadas que entregaram seus Formul�rios de Refer�ncia at� o �ltimo dia 20 de junho deste ano,  mostrou que 55% delas n�o t�m nenhuma mulher entre seus diretores estatut�rios, e 36% n�o possuem participa��o feminina no conselho de administra��o. Em rela��o aos dados de ra�a e etnia, dessas 343 companhias, 304 declararam n�o ter nenhuma pessoa parda na diretoria estatu�ria, e 310 n�o t�m nenhuma pessoa parda no conselho. A participa��o de pessoas pretas na alta lideran�a � ainda menor: elas n�o ocupam cargos de diretoria estatut�ria em 336 companhias e n�o est�o nos conselhos de administra��o de 327 empresas.

 

 


Ou seja, � necess�rio avan�ar muito ainda! E o que � necess�rio para reverter esse cen�rio no mercado financeiro no Brasil? A pesquisa Diversidade e Inclus�o nos Mercados Financeiro e de Capitais aponta alguns passos que as institui��es financeiras podem adotar:

  • cria��o de programas de DEI&P - ou seja, entender de uma vez por todas que apenas contratar uma pessoa diversa ou realizar apenas uma palestra por ano n�o significa que a institui��o tem compromisso real com a pauta. A cria��o e desenvolvimento de um programa de diversidade e inclus�o necessita de investimento, grana mesmo, comprometimento, continuidade e tempo para realmente gerar impacto na cultura da institui��o;

  • � necess�rio tamb�m definir as metas e indicadores. � muito importante definir as a��es que v�o nortear o programa de diversidade e inclus�o; 

  • definir as m�tricas - � muito importante definir quais as ferramentas v�o mensurar os resultados e avan�os;

  • oferecer palestras e rodas de conversa sobre DEI&P para todas as pessoas contratadas pela institui��o financeira e levar letramento e conscientiza��o para toda a empresa;

  • oferecer programas de mentoria para a lideran�a sobre o assunto;

  • criar a��es de equidade;

  • a atra��o de candidatos mais diversos para processos seletivos;

  • repensar os crit�rio de contrata��o e ampliar a contrata��o de profissionais

  • firmar parcerias com fornecedores que tamb�m investem de maneira pr�tica em diversidade e inclus�o;

  • � necess�rio olhar para a diversidade e inclus�o de maneira integrada. 

Vale refor�ar que DEI&P al�m de promover justi�a social, � fundamental para aumentar o engajamento, a criatividade, a inova��o, a produtividade, a competitividade e tamb�m os lucros. Ou seja, DEI&P tamb�m precisa ser encarada como estrat�gia de neg�cios, que podem agregar muito valor para a institui��o.

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