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Estado de Minas COMPORTAMENTO

''N�o sabemos lidar com colaboradores trans, � melhor demitir''

Infelizmente essa postura � adotada por muitas empresas no Brasil


06/07/2023 15:12
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Grupo de pessoas
(foto: Vice/Divulga��o)
O M�s do Orgulho chegou ao fim e uma das "desculpas" que mais escutei de algumas empresas durante esse per�odo, sendo um especialista e palestrante de diversidade e inclus�o, foi: "N�o queremos ofender nossos colaboradores e clientes, por isso n�o vamos investir em a��es de diversidade no M�s do Orgulho... e nem depois”. Sim, � uma postura absurda, mas ainda muito frequente no universo corporativo.
 
Essa postura demonstra a total falta de compromisso com a diversidade e inclus�o, demonstra que no Brasil o universo corporativo ainda precisa avan�ar muito na luta contra a LGBTQIA+fobia!

E te garanto mais, muitas empresas que tem esse perfil que citei acima, quando descobrem que uma pessoa que comp�e a equipe � LGBTQIAPN , mais que depressa, iniciam o processo de demiss�o. “Arthur, voc� est� exagerando!”. Infelizmente, n�o estou! Nos �ltimos meses venho acompanhando de perto 3 casos de pessoas trans que est�o carregando uma esp�cie de “aviso pr�vio” por serem quem s�o. Uma dessas pessoas at� escutou pelos corredores da empresa: “N�o sabemos lidar com colaboradores trans, � melhor demitir”. 
 
Ou seja, no lugar de investir em um programa de diversidade e inclus�o e iniciar o processo para transformar o ambiente de trabalho em uma Ilha de Acolhimento para diferentes grupos minorizados, incluindo a comunidade LGBTQIAPN , muitas empresas preferem manter uma postura transfobia, preferem n�o investir em um ambiente inclusivo. 
�s vezes, a empresa n�o demite diretamente, mas naturalizada “piadas”, “brincadeiras” e posturas LGBTQIA fobicas. Diante disso, a sa�de mental das pessoas que fazem parte da comunidade � reduzida a p�. Quando empresas mant�m essa postura, at� mesmo situa��es simples s�o negadas, exemplo: no ambiente de trabalho � imposs�vel n�o compartilhar alguma intimidade durante um cafezinho. “Meu marido est� de f�rias”, “minha namorada se formou nessa faculdade”.
 
Esses momentos s�o naturais e ajudam a manter o clima mais leve. Mas, para v�rios integrantes da comunidade LGBTQIAPN , essa conversa � evitada ao m�ximo, por medo de julgamentos e persegui��es dentro da empresa. S� para voc� ter uma ideia, segundo pesquisa da consultoria PwC, apenas 38% das mulheres atra�das pelo mesmo sexo se assumem no ambiente profissional. 
 
Ou seja, muitas pessoas n�o se sentem � vontade para falar sobre sua orienta��o sexual e/ou sua identidade de g�nero e isso acaba contribuindo diretamente no sentimento de n�o pertencimento. 
 
“Se essa pessoa n�o est� satisfeita com o ambiente de trabalho, basta pedir demiss�o”. N�o � simples assim. Vamos l�. Voc� tem no��o de como � dif�cil para uma pessoa LGBTQIAPN conquistar uma vaga de trabalho? Muitas vezes a pessoa que passa por LGBTQIA fobias no mundo corporativo, deseja sair desse ambiente, mas as contas n�o param de chegar e por n�o ter a certeza de um outro trabalho, acaba permanecendo nesses ambientes hostis e preconceituosos. 
Deixo aqui essa pergunta: Voc� � dona, dono, presidente de uma empresa? Na pr�tica, o que voc� tem feito para respeitar, valorizar e acolher a comunidade LGBTQIAPN   na sua empresa? 
 

De acordo com o artigo 23° da Declara��o Universal dos Direitos Humanos (DUDH): 

1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, � livre escolha de emprego, a condi��es justas e favor�veis de trabalho e � prote��o contra o desemprego. 
2. Todo ser humano, sem qualquer distin��o, tem direito a igual remunera��o por igual trabalho.
 

Busque orienta��o sobre seus direitos! Procure a Defensoria P�blica: 

Presencialmente: na Unidade I da DPMG em Belo Horizonte (Rua dos Guajajaras 1707, 6° andar, sala 602), de segunda a sexta-feira, de 13 �s 17 horas.
 
Online: pelo Whatsapp, conversar com o defensor p�blico Vladimir de Souza Rodrigues, que atua na Defensoria de Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, no n�mero (31) 9 9288-0353, de segunda a sexta-feira, de 13 �s 17 horas.

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