
A hist�ria come�a entre 1993 e 1994. Rubens Ricupero foi ministro do Meio Ambiente e da Amaz�nia Legal durante o governo de Itamar Franco. Ainda em 1994, assumiu como ministro da Fazenda por alguns meses. No meio do caminho teve a conhecida e c�lebre frase: “Eu n�o tenho escr�pulos. Eu acho que � isso mesmo: o que � bom a gente fatura, o que � ruim a gente esconde”.
Foi em plena campanha eleitoral para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E se tornou, no governo, ministro da Fazenda at� que veio o esc�ndalo da parab�lica. � aquela que fez Ciro Gomes renunciar ao cargo de governador do estado do Cear� para assumir a pasta. Por que isso?
A volta ao tempo? � que o diplomata Rubens Ricupero reapareceu atirando contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Nenhum presidente brasileiro jamais fez um discurso desse tipo fora do Brasil. � como lavar a roupa suja fora de casa, de maneira escancarada”.
E acrescentou ainda Ricupero: “A chave para a compreens�o do discurso dele � a pol�tica dom�stica brasileira. Bolsonaro � um presidente obcecado pela perda de popularidade e j� est� se lan�ando candidato � reelei��o”. E deu a p� de cal: “Ele radicaliza o discurso para consolidar seu apoio no segmento que deu a ele a vit�ria”. Faz sentido a diplom�tica avalia��o.
Deixando o discurso na Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) para l�, teve uma goleada a favor do presidente Jair Bolsonaro. O placar de 68 a 10 dispensa mais coment�rios, embora fosse maior que o esperado. Ah! E teve ainda dois senadores faltosos e uma absten��o.
Cabe�as brancas do Congresso, os senadores devem ter gostado de sua, de fato, imensa sabatina, que durou mais de cinco horas na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a. Pelo jeito, foi bastante convincente o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras. O placar el�stico na CCJ j� dava sinais da sua ampla vit�ria.
J� o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) continua colecionando derrotas na Justi�a. Desta vez, foi no Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4), que negou o seu pedido, por meio de seus advogados, de incluir as mensagens obtidas pela Opera��o Spoofing, aquela que visa �s mais altas autoridades da Rep�blica.
O relator da Lava-Jato na corte, desembargador federal Jo�o Pedro Gebran Neto, j� havia negado de forma monocr�tica. Agora, foi o colegiado do TRF-4. Lula continua, por�m, tentando com o seu velho chav�o, aquele que d� esperan�a, mas desta vez os desembargadores n�o tiveram medo de negar o seu pedido.
Pol�tica e...

… futebol
Se misturaram sim na Assembleia Legislativa. O deputado Jo�o Leite (PSDB) foi o mais sabatinado ontem na Assembleia Legislativa (ALMG). Assunto? Futebol, claro. Queriam saber como ele se sentia vestindo a camisa do Galo e da Sele��o Brasileira. “Sempre com muito orgulho. Vestir a camisa do Brasil e ouvir o Hino Nacional � algo maravilhoso. Joguei 684 jogos pelo Atl�tico. � uma grande honra.” A meninada quis saber ainda o que significa ter, no painel, algumas siglas. Um deputado explicou que elas se referiam aos nomes dos partidos.
O card�pio
Em almo�o ontem com prefeitos na Confedera��o Nacional dos Munic�pios (CNM) e com representantes da Caixa Econ�mica Federal (CEF) e da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), o deputado A�cio Neves (PSDB-MG) participou da discuss�o sobre a Proposta de emenda � Constitui��o (PEC 48) que prev� repasse direto aos munic�pios dos recursos de emendas do Or�amento. Ele alegou que “a Caixa e a CGU podem ter papel extremamente importante na solu��o entre a garantia de que os recursos p�blicos cheguem � popula��o, com mais agilidade e fiscaliza��o sobre seu uso. A fiscaliza��o quando ocorre mais pr�xima do munic�pio acaba sendo mais eficaz”.
Acredite...
… Se quiser. “De jeito nenhum tem recado a Sergio Moro. Sergio Moro tem hist�ria judici�ria de sucesso, de colabora��o ao enfrentamento � corrup��o no pa�s.” A frase � de ontem, do presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ficou nisso. E fez quest�o de ressaltar que as vota��es no Congresso n�o s�o um recado ao ex-juiz da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal (PF) em conjunto com o Minist�rio P�blico Federal (MPF). E nada mais Rodrigo Maia declarou. Nem precisava, n�?
Por fim...
O procurador Augusto Aras: “Distribu�ram as pessoas mais amigas da PGR por �rg�os que mantivessem o poder da PGR bem definido... Inovou-se de tal forma que a ex-PGR queria que o futuro PGR nada gerisse, simplesmente recebesse um t�tulo, e a gest�o se fizesse nos termos da vontade da Sua Excel�ncia”. E a ex-procuradora Raquel Dodge: “Todas as portarias de nomea��o foram assinadas no pleno exerc�cio do mandato de procuradora-geral da Rep�blica e referem-se a of�cios institucionais e n�o a cargos de gest�o. Portanto, trata-se de uma cr�tica infundada”.
Pinga-fogo
No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato na mais alta corte de Justi�a do pa�s, alertou que a decis�o ir� muito al�m da opera��o. E foi com um longo voto de quase tr�s horas.
Diante disso, o tamb�m ministro Luiz Fux, que estava no exerc�cio da presid�ncia durante a sess�o, optou por anunciar a suspens�o do julgamento e a sua retomada hoje. Ou seja, o jeito � esperar para ver quanto tempo vai durar o seu pr�prio voto.
Quem n�o adiou foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi ao Congresso para uma audi�ncia na Comiss�o Mista de Or�amento (CMO). S� que a sess�o foi suspensa porque o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) bateu boca com ele.
“Quando o senhor falou, eu fiquei quieto. E mais do que isso, n�o � nem r�plica, eu n�o estou aqui para conversar sobre as minhas finan�as pessoais. Desculpe, eu estou aqui para conversar sobre or�amentos p�blicos.”
A frase � ainda do ministro Paulo Guedes. Se nem r�plica a coluna pode fazer, o jeito � tratar rapidinho de encerrar por hoje e esperar que o debate no Congresso seja mais educado. Bom dia a todos.