Ataques �s elei��es e o alerta presidencial, mas do Senado nesse caso
Sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro n�o desiste, ao contr�rio, insiste. Bolsonaro voltou a insinuar que houve fraude nas elei��es
10/07/2021 04:00
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atualizado 10/07/2021 07:25
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Rodrigo Pacheco mandou recado duro para Bolsonaro: 'Todo aquele que pretender algum retrocesso ser� inimigo da na��o' (foto: Evaristo S� - 14/4/21)
“As elei��es v�o acontecer. N�o podemos tirar do povo o direito de escolher seus representantes. Nada nem ningu�m vai trabalhar contra isso. Todo aquele que pretender algum retrocesso ser� apontado pelo povo e pela hist�ria como inimigo da na��o.” Quem avisa � o presidente do Senado Federal, o mineiro Rodrigo Pacheco, que � “democrata” at� em seu partido.
Ele fez ainda quest�o de deixar bem claro e evidente, frisando as falas: “As elei��es v�o acontecer. N�o podemos tirar do povo o direito de escolher seus representantes. Nada nem ningu�m vai trabalhar contra isso.” Pacheco acrescentou ainda que “aquele que pretender qualquer retrocesso ser� apontado pelo povo e pela hist�ria como inimigo da na��o”.
“N�s vamos ter elei��es limpas, pode ter certeza. Se eu n�o participar de fraude, n�o quer dizer que eu vou ficar em casa. N�o teremos elei��es fraudadas nas elei��es de 2022.” Sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro n�o desiste, ao contr�rio, insiste. Bolsonaro voltou a insinuar que houve fraude nas elei��es. De acordo com ele, a fraude est� no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo ministro Lu�s Roberto Barroso.
“O Brasil n�o corre risco de virada de mesa, porque o povo n�o quer a virada de mesa. E todo poder emana do povo. E as institui��es est�o funcionando, isso � importante, precisamos preservar as institui��es. Acima de qualquer um de n�s, ocupantes de cargo p�blico, est� a institui��o.” Quem fez coro ao colega Barroso foi o ministro Marco Aur�lio, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Correio Braziliense.
Foi em tom de despedida: o decreto presidencial que concede aposentadoria ao ministro do Supremo Marco Aur�lio Mello foi publicado no Di�rio Oficial da Uni�o de ontem. A aposentadoria do ministro j� estava prevista pelo fato de ele ter completado 75 anos.
Voltando ao presidente, que j� estava cumprindo agenda marcada no Rio Grande do Sul, Jair Messias Bolsonaro fez uma declara��o em tom de alerta: “Quanto �s press�es que eu enfrento, fiquem tranquilos, meu couro � grosso.”
Foi durante discurso na 1ª Feira de Grafeno Brasileira, no Rio Grande do Sul. Sem m�scara, o presidente da Rep�blica ainda tirou selfes com apoiadores em meio � aglomera��o.
J� � o suficiente, n�o � mesmo? Sendo assim, basta por hoje. O fim semana chegou. Aproveite com a fam�lia.
S� rezando
A Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas amea�adas, direitos desrespeitados e para apoiar a restaura��o da justi�a, fazendo valer a verdade. A sociedade democr�tica brasileira est� atravessando um dos per�odos mais desafiadores da sua hist�ria. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta corre��o de rumos. A tr�gica perda de mais de meio milh�o de vidas est� agravada pelas den�ncias de prevarica��o e corrup��o no enfrentamento da pandemia da COVID-19.
Falta �tica
“Ao abdicarem da �tica e da busca do bem comum, agentes p�blicos e privados protagonizaram um cen�rio desolador, no qual a corrup��o ganha destaque. Apoiamos e conclamamos as institui��es da Rep�blica para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apura��o, irrestrita e imparcial, das den�ncias, com as devidas consequ�ncias para quem quer que seja, em vista de imediata corre��o pol�tica e social dos descompassos.” Assina, entre outros, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o Arcebispo de Belo Horizonte (MG).
Parou tudo
A sess�o de debates tem�ticos prevista para a manh� de ontem no plen�rio foi adiada a pedido do senador Paulo Rocha (PT-BA). A inten��o era discutir o impacto para os cofres p�blicos de projetos de lei que permitem renegocia��o de d�vidas tribut�rias e fiscais. A reuni�o havia sido requerida pelo pr�prio senador, e ainda n�o h� data definida para um novo debate. E teve mais adiamento: o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, prorrogou por 60 dias a vig�ncia de quatro medidas provis�rias que perderiam a validade na semana que vem.
A escola…
de Chicago entra em a��o. “O Imposto de Renda sobre dividendos est� entre 20% e 40% em todo mundo. No Brasil, � zero.” As declara��es partiram do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao abordar o efeito da pandemia do novo coronav�rus. Ele defendeu ainda que “o caminho mais adequado para o governo era o de promover as reformas estruturantes”. Tudo isso foi em evento da Funda��o Getulio Vargas (FGV) em homenagem ao professor Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central (BC) e que morreu em junho, v�tima da COVID–19.
Fim da novela
Trabalhadores come�aram a remover as �ltimas barreiras de alta seguran�a em torno do Capit�lio dos Estados Unidos da Am�rica (EUA). � o fim de uma novela, que traz de volta o ex-presidente republicano norte-americano Donald Trump, que n�o aceitava a sua derrota na elei��o perdida pelo atual presidente democrata, Joe Biden. Voltando ao que interessa, � aquela barreira preta com 2,4 metros de altura em torno do Capit�lio. O trecho ainda de p� ser� removido em tr�s dias.
Pinga-fogo
Sobre a Escola de Chicago, vale o registro que no evento virtual pela Funda��o Getulio Vargas (FGV), al�m de Paulo Guedes, estava tamb�m o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que pelo jeito entrou mudo e saiu calado.
Em tempo, ainda sobre o ministro Marco Aur�lio. Ele tamb�m foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral por tr�s vezes. E tem um detalhe importante. Uma delas, foi as elei��es municipais de 1996 – a primeira realizada integralmente utilizando as urnas eletr�nicas.
E tem mais: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tamb�m veio a p�blico e reagiu diante dos ataques nada democr�ticos do presidente Bolsonaro. Ele alegou que n�o ser�o admitidos atos contra a democracia e o Estado de direito.
Alexandre de Moraes fez quest�o deixar ainda mais claro ao avisar que pode configurar crimes comum e de responsabilidade. “Os brasileiros podem confiar nas institui��es, na certeza de que, soberanamente, escolher�o seus dirigentes nas elei��es de 2022”.
Depois de tudo isso, com uma avalanche de not�cias em plena sexta-feira como foi o dia de ontem… FIM!