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Estado de Minas PADECENDO

Sex education: precisamos falar de sexo

Ao longo da s�rie , vamos nos libertando de preconceitos e aprendizados equivocados, entendendo sobre a necessidade de deixar as pessoas serem quem elas s�o


07/11/2021 04:00 - atualizado 07/11/2021 08:06

Atores que participam da série Sex education
S�rie da Netfllix aborda quest�es sobre sexualidade e diversidade (foto: Netflix/divulga��o)


Talvez voc� ainda n�o esteja preparada (o) para encarar a diversidade. Ainda assim, recomento fortemente que assista a “Sex education”, s�rie dispon�vel na Netflix.

Comecei a ver por indica��o do meu marido e assistimos juntos a todas as temporadas. Sempre achamos importante falar abertamente sobre todos os assuntos em casa e, agora que nosso filho est� entrando na adolesc�ncia, precisamos estar preparados para falar de sexo.

“Sex education” foi, em muitos momentos, um choque de realidade para mim, que tive um in�cio de adolesc�ncia bem conservador. Acontece que meu tempo n�o � aquele que passou, meu tempo � hoje, � hoje que estou criando e educando um adolescente.

A s�rie gira em torno de Otis, um adolescente inseguro, mas que sabe tudo sobre aconselhamento sexual, gra�as � sua m�e sex�loga que sempre conversou abertamente com ele sobre esses assuntos. Ele se junta � colega Maeve e eles criam uma cl�nica clandestina de terapia sexual na escola, ajudando os alunos a lidarem com suas pr�prias inseguran�as.

Ao longo da s�rie vamos nos libertando de preconceitos e aprendizados equivocados, entendendo sobre a necessidade de deixar as pessoas serem quem elas s�o. Vendo as transforma��es e as descobertas da adolesc�ncia. Entendendo que n�o adianta reprimir nossos sentimentos, cedo ou tarde eles v�m � tona, e melhor que se resolvam na adolesc�ncia garantindo uma vida adulta saud�vel.
 
A s�rie � divertida e bem realista, e aborda muitas quest�es importantes sobre sexualidade e diversidade. Sobre fam�lia e relacionamentos. Sobre amor e sexo. Sem medo de discutir assuntos que s�o tabus, como homossexualidade, quest�es de g�nero, doen�as sexualmente transmiss�veis, v�cios, constru��es sociais, masturba��o, anatomia feminina, disfun��o sexual, aborto, defici�ncia f�sica, questionamento de prefer�ncias sexuais, a descoberta da pr�pria sexualidade.

J� imagino as pessoas arregalando os olhos ao ler o par�grafo anterior, da� a import�ncia de falarmos abertamente sobre esses assuntos. Afinal, eles existem desde que o mundo � mundo e passou da hora de parar de fingir que nada disso acontece! 

O impacto de n�o abordar o tema � muito negativo e a s�rie tamb�m mostra isso. Tratando do assunto de forma realista, deixamos de idealizar o ato.

Falar e saber sobre sexo n�o significa estar sexualmente ativo, pelo contr�rio, ensina a fazer com responsabilidade e seguran�a. O que � bem melhor do que aprender � moda antiga, com meninos sendo levados para se tornarem bodes soltos em busca de cabritas, e meninas sendo ensinadas que sexo � errado, � feio, � sujo. E a� vem uma quest�o importante, a do consentimento. Sobre vontade. Sexo n�o pode ser feito por obriga��o.

Nem tudo � sexo; “Sex education” trata das rela��es familiares, da import�ncia do di�logo em fam�lia. E tamb�m explora a masculinidade t�xica, aquela que prejudica os homens, impedindo-os de elaborar seus pr�prios sentimentos, o ultrapassado “homem n�o chora”! Sororidade, o apoio entre as mulheres. Abandono materno/paterno.

Tudo isso e muito mais, incluindo muito beijo na boca e cenas de sexo. Cubra seus olhinhos sens�veis se achar que um beijo gay pode influenciar negativamente a sua sexualidade. 

Eu tive que lidar com o Pernalonga beijando o Gaguinho e outros personagens do desenho. Ali�s, ele lascou um beija�o no Michael Jordan tamb�m! Tamb�m consegui lidar bem com o fato de o Pica-Pau se travestir de mulher. Quem diria, continuo sendo mulher, heterossexual e monog�mica, apesar de toda essa “m� influ�ncia”!

Brincadeiras � parte, vale muito a pena assistir a essa s�rie. Ela vai ajudar voc� a se aproximar dos seus filhos adolescentes. Nunca � tarde para a gente aprender, para nos colocarmos no lugar do outro, para acolher e se sensibilizar. A vida � um eterno aprendizado.


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