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Estado de Minas ARTIGO

Balaio de gato: pandemia � mais um gato dentro desse balaio chamando mundo

'O Gato Mor tirou logo o rabo da reta. Os gatos menores n�o se entenderam momento algum. Sobrou para os ratos'


27/11/2021 06:00

Balaio de gatos
Na frase, 'o local � um balaio de gato', significa que o local � repleto de bagun�a e de desordem onde existem encrencas e confus�es (foto: Reprodu��o/Toyster)

Para facilitar o entendimento dos menos afeitos a express�es populares, comecemos pela defini��o do significado do termo "balaio de gato". "Balaio de gato" � uma express�o usada para definir um local bagun�ado, onde predomina uma verdadeira desordem. 

Na frase, "O local � um balaio de gato", significa que o local � repleto de bagun�a e de desordem onde existem encrencas e confus�es. 


Para sermos ainda mais did�ticos, passemos para o balaio. Balaio � um cesto, geralmente grande, feito de palha, vime, cip�, ou outros materiais, usado para v�rias finalidades. Na feira � usado para vender frutas e verduras. Em casa serve para guardar material de costura e bordado, como linha e l�. Eventualmente, serve de cama para os animais, entre eles o gato, que misturado � comida, l�, linha e panos, faz uma verdadeira zona no seu interior.

Trata-se de um ambiente confort�vel para uns (gatos em especial) e desconfort�vel para outros (ratos em especial). Frequentemente, gatos e ratos compartilham o mesmo balaio, a� o desconforto � para todos. Nem as pulgas aguentam!

Poder�amos transpor essa defini��o para o mundo. O mundo � um balaio de gatos. Perfeito! Ou, como disse S�o Tom�s de Aquino e depois Einstein, "a terra � o hosp�cio do Universo". Tamb�m perfeito!

A atual pandemia de COVID-19 � mais um gato dentro desse grande louco balaio chamado mundo. 

Ao longo da hist�ria, n�o faltaram malucos tentando botar ordem no balaio. Essas tentativas v�o desde teorias filos�ficas e pr�ticas pacifistas (Cristo, Gandhi, por exemplo) a incendi�rias (Nero, Hitler, Messias, entre outros).

Mas vamos ao peda�o do balaio que nos cabe chamado Brasil. Este sim, � um sub-balaio complexo. 
Falamos o mesmo idioma, ponto positivo. Mas, n�o necessariamente a mesma l�ngua, problema.
A atual pandemia colocou gatos e ratos demais nesse balaio Brasil. Caos total! 

Na tentativa de nos proteger do gatuno chefe (Gato Mor) e colocar ordem no balaio, a suprema corte superior estabeleceu que os gatinhos menores deveriam cuidar do seu micro-peda�o no balaio. Decis�o l�gica e coerente. Por�m, era mais uma vez, gatinho demais num balaio s�.

O Gato Mor tirou logo o rabo da reta. Os gatos menores n�o se entenderam momento algum. Sobrou para os ratos...

Essa f�bula expressa o que tem sido nossa realidade ao longo dessa pandemia em v�rios setores. Do governo federal aos munic�pios e at� mesmo nas sociedades cient�ficas, onde "m�dicos leigos" tentaram a todo momento assumir o protagonismo daquilo que jamais estudaram ou entenderam. Propuseram tratamentos fakes, seguindo a cartilha do Gato Mor e n�o princ�pios cient�ficos b�sicos para fazer ci�ncia.

Apesar de toda essa balburdia, a sabedoria popular tem imperado. O povo sabe o que � melhor para ele. Nossa tradi��o vacinal falou mais alto e conseguimos, ao menos momentaneamente, segurar a cat�strofe humanit�ria que vivemos.

De vinte (20 !!) Boeing  lotados caindo por dia, passamos a "apenas um"(1) e achamos que est� tudo bem. Se na realidade ca�sse apenas 1 avi�o do tipo Boeing com 300 passageiros a bordo por dia no mundo, voltar�amos para as caravelas.

Na verdade, a pandemia ainda est� longe de ser resolvida. Os per�odos de calmaria epidemiol�gica nos d�o uma falsa ideia de controle definitivo do problema. Aliado ao apelo natalino e carnavalesco, nosso desejo � quase irresist�vel de sair estourando espumante (champanhe em euro t� imposs�vel!) e abra�ando amigos.
Por�m, a realidade vinda do velho continente � um alerta fundamental. Vacina��o abaixo de 80% da popula��o e retirada precoce de medidas de barreira (m�scaras principalmente) � um tiro no p�.

Show de bola tem sido dado pelos nossos patr�cios portugueses. Mesmo com mais de 90% da popula��o com vacina��o completa, voltaram a tomar medidas de controle r�gidas para conter a quarta onda da pandemia em seu territ�rio. Eles sabem muito bem que para combater esse v�rus a palavra chave � preven��o. Como toda regra tem exce��o, aqui vale o bater antes e assoprar depois. Medidas preventivas devem ser tomadas antes que o caos se instale. Isso vale para todo e qualquer balaio.

Outro alerta fundamental veio da ï¿½frica do Sul onde foi identificada uma variante do SARS-CoV-2 com potencial enorme de romper a barreira vacinal. Alguns podem pensar que a �frica est� separada da Am�rica do Sul pelo Oceano Atl�ntico. Correto geograficamente e errado na pr�tica. Oceanos nos tempos modernos n�o passam de "corguinhos". Basta lembrar da nossa vizinha Wuhan, ali na China.  

O momento atual �, portanto, de extrema aten��o. Se quisermos ter um 2022 mais tranquilo e sem o sofrimento dos dois �ltimos anos devemos ir pela prud�ncia e canja de galinha.

Ampliar ao m�ximo a vacina��o de todas as faixas et�rias eleg�veis e manter as medidas de barreira da transmiss�o (m�scaras, distanciamento social, higiene de m�os e evitar aglomera��es) em qualquer ambiente �, mais do que nunca, fundamental para evitarmos a sequ�ncia dessa trag�dia.

Mas, e o Natal? Fa�a-o com o seu n�cleo familiar mais restrito poss�vel. Claro, todos vacinados e, se poss�vel, testados.

E o r�veillon e carnaval?! Evite. Se o foguet�rio e a batida do bumbo forem irresist�veis, ainda assim, tape os ouvidos e tente do fundo da sua consci�ncia superar a tenta��o. Se voc� fraquejar, n�o se esque�a dos adere�os fundamentais: ju�zo, m�scara, repelente e camisinha. O Aedes, o HIV e a Neisseria nunca sa�ram desse balaio.

P.S. Se for para o Rio, n�o se esque�a, vacine-se antes contra Influenza e boa sorte.

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