
Depois dos estudos terem sido completados, os dados foram revisados, reanalisadas, e verificados independentemente pelos t�cnicos do FDA, e posteriormente revisados de novo pelo comit� de especialistas externo ao FDA. Ambos votaram para a aprova��o.
Depois disso foi para o CDC, que atrav�s de outro comit� de especialistas diferentes do CDC, o ACIP, revisou e aprovou.
O governo americano aceitou a decis�o cient�fica do FDA, CDC, e dos outros dois comit�s externos, e prontamente come�ou uma campanha enorme de vacina��o pedi�trica com o objetivo de oferecer e facilitar o acesso a todas as crian�as vulner�veis ao Covid-19.
Neste momento, mais de 7 milh�es de crian�as j� foram vacinadas nos EUA, e o CDC continua seguindo e confirmando a seguran�a e efetividade desta vacina. Nenhuma crian�a foi a �bito pela vacina, a maioria dos efeitos colaterais foram leves e transit�rios, e nenhum efeito colateral foi mais frequente ou mais severo que os efeitos da infe��o com Covid-19.
Al�m disso, todas as sociedades m�dicas pedi�tricas e de infectologia americanas, sem exce��o, tamb�m reavaliaram os dados dos estudos, cada uma com seus comit�s de especialistas, e concordaram unanimemente com a recomenda��o da vacina pedi�trica.
Importante lembrar que todos estes comit�s que citei acima foram compostos de equipes multidisciplinares (infectologistas, epidemiologistas, virologistas, imunologistas, farmac�uticos, enfermeiras e especialistas de v�rias outras �reas), o que � muito relevante para se fazerem recomenda��es mais precisas e de maior benef�cio a popula��o numa situa��o complexa como a pandemia.
A controv�rsia (falta de dados/rapidez demais=fake news), e a arrog�ncia (negar/dificultar a vacina a crian�as vulner�veis quando a evid�ncia cient�fica j� demonstrou seguran�a e efetividade em milh�es de crian�as) s�o produtos da desinformacao.
N�o h� controv�rsia nem arrog�ncia sobre a informa��o cient�fica acurada de que a vacina pedi�trica � segura e efetiva, previne hospitaliza��es e mortes por COVID-19, alem de evitar o COVID longo que tem afetado milhares de crian�as e comprometido a educa��o e participa��o escolar.
Essa � a informa��o cient�fica ver�dica que precisa ser comunicada com transpar�ncia aos pais para que eles fa�am uma decis�o informada para o maior benef�cio das suas crian�as.
Os crit�rios para introdu��o de uma vacina num programa p�blico n�o se resumem ao n�mero de mortes relacionadas � doen�a contra a qual se deseja uma interven��o. Por exemplo, gripe, diarreia por rotav�rus, varicela, hepatite A, entre outras doen�as, faziam menos v�timas do que a COVID-19 em pediatria e n�o hesitamos em recomendar a vacinacao contra todas essas doen�as.
Vacina-se para prevenir hospitaliza��es, sequelas, uso de antibi�ticos, visitas aos servi�os de sa�de, ocupa��o de leitos em UTI, entre outros. Lembrar que a perda de uma vida de uma crian�a tem um significado muito maior que a de adulto, em c�lculos de f�rmaco economia, conceitua-se como anos de vida perdidos.
Al�m de tudo isso, o aspecto da prote��o indireta, reduzindo casos secund�rios � sempre considerado. Acho que temos justificativas �ticas, epidemiol�gicas, sanit�rias e de sa�de p�blica que justificam a vacina��o da popula��o pedi�trica, desde que, claro, com vacinas que demonstrem seguran�a e efic�cia comprovada por nossa ag�ncia regulat�ria.